Fiat 147 GLS foi o primeiro compacto premium da linha Fiat

Hatch era equipado com motor 1.3 de 55 cv e 11,5 kgfm de torque e pioneiro com etanol
LA
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27.03.2024 às 18:05
Hatch era equipado com motor 1.3 de 55 cv e 11,5 kgfm de torque e pioneiro com etanol

O 147 foi o primeiro modelo de automóvel produzido pela Fiat do Brasil entre 1976 e 1986, baseado no 127 italiano. Foi, portanto, o carro que inaugurou a FIAT no Brasil. O excelente aproveitamento de espaço interno, a economia e a então inédita estabilidade, fez dele um carro que definitivamente entrou para história.

Em 1978 ganhou o título de Carro do Ano pela Revista Auto esporte, e em 1979, inaugurou o carro movido a Etanol no Brasil, inaugurando na linha a versão com 1.300 cilindradas. Este motor tinha 62 cv SAE* (55 cv ABNT) a 5.200 rpm, 11,53 kgfm de torque a 3.000 rpm, fazia de 0 a 100 km/h em 18 segundos e atingia 139 km/h de velocidade máxima. Seu consumo era muito bom para o primeiro motor a etanol fabricado no Brasil: 6,95 km/l na cidade e 10,15 km/l na estrada. Com um tanque de 38 litros de capacidade, sua autonomia era de 385km em estrada. O motor a etanol era disponível para qualquer versão da linha.

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Ainda em 1979, eram lançadas as versões Rallye e GLS, e é da GLS que falaremos hoje. Dotado do mesmo conjunto motriz a etanol, e a gasolina. Na versão a gasolina, este motor tinha 61 cv SAE* (54cv ABNT) a 5.400 rpm, 9,9 kgfm de torque a 3.000 rpm, fazendo de 0 a 100 km/h em 17s e atingindo 140 km/h de velocidade máxima. Seu consumo era de 9,85 km/l na cidade e 14,84 km/l na estrada. Com um tanque de 38 litros de capacidade, sua autonomia era de 563 km em estrada.

O carrinho impressionava por seu acabamento esmerado, trazendo novidades como para-brisas laminado degrade, encosto de cabeças no banco traseiro, interior monocromático todo acarpetado, bancos com forração também em veludo, cobertura interna do porta-malas, para-sol dos dois lados, farol de milha na parte superior dos para-choques, friso emborrachado lateral, desembaçador elétrico de vidro traseiro, vidros laterais basculantes, painel completo com conta-giros eletrônico, marcador de combustível, temperatura do motor e velocímetro com marcação até 180 km/h, manômetro de pressão do óleo e relógio analógico no painel, volante esportivo de 3 raios similar ao modelo Rallye, além cintos de segurança de 3 pontos para os bancos dianteiros e um desempenho bastante arisco àquele tempo.

Com a evolução da linha em meados de 1980, o modelo passava por evoluções, recebendo novas cores, novos revestimentos ainda em veludo monocromático, para-choques de plástico e grande também monocromáticos, retrovisor do lado direito, spoiler dianteiro do modelo Rallye, além do design mais moderno com uma frente mais baixa, dotada de faróis e grade inclinados, no estilo que a marca chamou "Europa" em 1980. O modelo básico continuou com a aparência antiga até o final de 1981.

Em 1981, houve um realinhamento da linha e o modelo GLS era descontinuado para dar lugar a algumas edições especiais, como o Fiat 147 500.000, modelo que comemorava as 500mil unidades fabricadas no Brasil, e em 1982, o Fiat 147 Top, este dotado de evoluções no interior que já eram conhecidas no Fiat Panorama.

Ainda em 1982, o modelo básico, rebatizado de 147C ganhava a frente Europa, como o restante da linha, mas mantinha o antigo anterior.

No final do mesmo ano, era apresentada a segunda reestilização como linha 1983, que foi chamada de "Spazio", incorporando para-choques de plástico envolventes no estilo alusivo a modelos contemporâneos da marca.

Em 1984 o Spazio era descontinuado com a chegada do Uno, e o 147C ganhava a frente do Spazio na linha 1985, mas mantinha o mesmo anterior, traseira e os para-choques de ferro.

Em 1986, ano de despedida, o 147C ganhou a traseira do Spazio, mantendo ainda o mesmo anterior e os para-choques de ferro. Permaneceram em linha o Fiorino Baú e o Fiorino Pick-up até 1988, quando enfim a linha 147 se despediu de vez do mercado nacional.

Há quem diga que o Fiat 147 GLS foi o mais bonito da linha 147, sem considerar o Fiat Spazio, considerado pelos puristas um outro carro.

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Este texto contém análises e opiniões pessoais do colunista e não reflete, necessariamente, a opinião da Mobiauto.

Leonardo França é formado em gestão de pessoas, tem pós-graduação em comunicação e MKT e vive o jornalismo desde a adolescência.  Atua como BPO, e há 20 anos, ajuda pessoas a comprar carros em ótimo estado e de maneira racional. Tem por missão levar a informação de forma simples e didática. É criador do canal Autos Originais e colaborador em outras mídias de comunicação.

https://www.instagram.com/autosoriginais

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