Exclusivo: Renault Alaskan enfim virá ao Brasil renovada ao estilo S10

Picape produzida na Argentina com plataforma da Nissan Frontier voltou ao radar da divisão brasileira, que agora vê seu lançamento como “mandatório”
LF
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26.07.2023 às 08:00
Picape produzida na Argentina com plataforma da Nissan Frontier voltou ao radar da divisão brasileira, que agora vê seu lançamento como “mandatório”

A Renault Alaskan, picape média produzida na Argentina sobre a plataforma da Nissan Frontier, foi um modelo que a marca francesa chegou a confirmar para o Brasil, mas depois desistiu. Agora, a Mobiauto pode afirmar que o projeto foi retomado e ela, enfim, fará sua estreia em nosso País nos próximos anos.

Diversos fatores contribuíram para a mudança de rota e decisão de lançar, enfim, a Renault Alaskan aqui: crescimento do mercado de picapes; estabilização e até queda na cotação do dólar em relação ao real; retomada na sinergia da aliança Renault-Nissan em âmbito global; desejo de renovar o portfólio e investir em segmentos de maior valor agregado.

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Contudo, só a presença no Brasil, o mais importante mercado da América do Sul, justifica o volume de investimento necessário para que a Alaskan seja fortemente renovada. Por isso, sua presença no portfólio brasileiro a partir dessa atualização é considerada “mandatória”, conforme apurado por nossa reportagem.

As projeções da nova Renault Alaskan, meramente ilustrativas, foram produzidas com exclusividade para a Mobiauto por Kleber Silva.

Projeção de como pode ficar a traseira da Renault Alaskan renovada (Kleber Silva/Mobiauto)

Reestilização com ares de nova geração

Para lançar a Alaskan no Brasil, a Renault prepara um pacote robusto de atualização do projeto, lançado na Argentina em 2016 e que, portanto, já está há sete anos à venda sem ter passado por nenhum tipo de modificação.

A Mobiauto apurou que a Renault prepara uma “forte reestilização” da Alaskan, em trabalho que vem sendo liderado pelo time brasileiro de design e engenharia. A atualização ocorrerá não apenas no visual externo, que deve adotar a atual identidade estética da marca, como também no interior, com mudanças importantes nos painéis e no acabamento.

A estratégia será muito parecida com o que a GM fará com a Chevrolet S10 e a Toyota com a Hilux: um facelift profundo, com ares de nova geração, porém sem trocar a plataforma ou a carroceria.

Protótipos da Alaskan renovada devem começar a ser flagrados na Argentina e no Brasil até o fim deste ano ou, mais tardar, começo de 2024. O lançamento está previsto para ocorrer entre o final do ano que vem ou primeiro trimestre de 2025.

O visual dianteiro atual da Alaskan (Divulgação/Renault)

Motor de até 190 cv

O motor não deve mudar. A Alaskan utiliza o propulsor M9T turbodiesel de origem Renault, importado da França, um 2.3 quatro-cilindros em linha com 16 válvulas. Ele é oferecido em duas especificações: turbo único, com 160 cv de potência e 41,4 kgfm de torque (dCi 160); biturbo, com 190 cv e 45,9 kgfm (dCi 190)

No primeiro caso, o câmbio é manual de seis marchas. No segundo, automático de sete. A novidade é que o conjunto será atualizado para os parâmetros de emissões do Proconve L8, que entrará em vigor em 2025 e equivalerá ao padrão Euro 6. A configuração atual do Renault M9T está adequado ao Euro 5, ciclo anterior.

O visual traseiro atual da Alaskan (Divulgação/Renault)

Renault Alaskan: dimensões e capacidades

Por outro lado, a forte renovação da Alaskan não deve acarretar mudanças substanciais em suas dimensões, que atualmente são: 5.318 mm de comprimento; 3.150 mm de entre-eixos
1.850 mm de largura; 1.815 mm altura (sem contar os retrovisores externos). Seu comprimento é 0,7 cm menor que o da Hilux e o entre-eixos, o mesmo da Frontier.

A Alaskan deve ser comercializada sempre com cabine dupla (exceto em projetos para frotistas), com capacidade de carga entre 1.040 kg e 1.115 kg, a depender da versão e da motorização, e peso em ordem de marcha entre 1.920 kg e 2.075 kg.

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