Estes Fiat usam luz solar para poupar combustível, e não são híbridos!
Já pensou em combinar um carro com energia solar? E não estou falando de painéis em casa para recarregar o carro, mas sim instalados no teto do veículo para captação de energia enquanto você estiver dirigindo. O que talvez você não saiba é que isso já existe, inclusive em pesquisa no Brasil.
O Projeto Girassol não é exatamente novo, ele está em desenvolvimento desde 2015, mas segue em fase de pesquisas, segundo a Fiat. Ele foi criado em parceria com a CSEM Brasil, que fabrica as células.
Aliás, as células fotovoltaicas merecem uma explicação a parte. No caso da tecnologia presente no Argo da foto que abre a matéria, estamos falando de um composto orgânico impresso na superfície do teto do veículo.
Essas películas podem ser aplicadas diretamente na lateria ou até mesmo nos vidros, com a vantagem de fazer a função de película solar, reduzindo a temperatura interna dos veículos e ajudando a otimizar o ar-condicionado.
O protótipo do Argo em questão não possui motor híbrido nem elétrico. Sob o capô está o 1.8 E.torQ, uma das opções que o hatch tinha à época, mas sem qualquer alteração em relação ao seu funcionamento. A energia solar é usada diretamente para alimentar a bateria de 12 Volts do veículo.
Resultados encorajadores
Os últimos relatórios divulgados pela marca foram em 2018 e apontam para a principal utilidade da tecnologia: redução no consumo de combustível. Segundo a Fiat, houve economia de 3,5%. O teste também foi feito na Europa, onde a redução foi de 2%.
Isso se explica pelo grande nível solar existente no Brasil. O potencial solar da terra tupiniquim é 70% maior do que o velho continente. Por aqui, há um potencial para gerar 205 Watts por metro quadrado contra 120 W/m² da Europa. No sol do meio-dia, no verão, o potencial brasileiro sobe para 1.100 W/m².
Até onde se sabe, os testes foram realizados em 30 veículos, incluindo o Fiat Uno, mas não há previsão para que viabilizem produtos comerciais. A energia captada vinha sendo utilizada nas luzes do painel, faróis, vidros elétricos e ar-condicionado.
Corrida solar
Juntar carro e energia solar não é algo exatamente novo. Desde 1992 é realizada uma Corrida Solar no autódromo de Suzuka. Os modelos movidos a energia solar precisam dar voltas durante 5 horas no autódromo.
Na Austrália, é realizado o Desafio Solar Mundial, ao menos desde 1987 a cada dois anos. Os competidores precisam percorrer 3.021 km utilizando apenas energia solar. A prova costuma levar mais de 70 horas para a conclusão.
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Jornalista Automotivo
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