Avaliação: Citroën Basalt 2025 é SUV com alma de sedan e bom para família
Viajar em família cobra por espaço interno e porta-malas dos carros. E o Citroën Basalt se torna uma ótima opção para essa situação - e para as demais que acontecem no dia a dia também.
Sendo puxado por um motor 1.0 turbo flex de até 130 cv de potência e 20,4 kgfm de torque, sempre gerenciado pela caixa automática do tipo CVT - que simula sete marchas -, o Citroën Basalt surpreendeu a redação da Mobiauto durante os sete dias de testes.
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Ele, de longe, é o melhor veículo da família C-Cubed, composta ainda por C3 Hatch e C3 Aircross. Tal feito acontece mesmo o SUV tendo mesma plataforma, equipamentos e motorização.
Dos irmãos citados acima, o Basalt ganha uma característica interessante: suspensão. A calibração do conjunto, mesmo sendo convencional McPherson, na dianteira, e eixo de torção, na traseira, é boa para uso diário, sem sofrer com as imperfeições da via. Lombadas e valetas também não são problemas.
Durante os testes, o Basalt foi colocado à prova com uma viagem ao interior de São Paulo, mais precisamente. No total, ida e volta, foram 250 km. O SUV estava abastecido com etanol e garantiu as seguintes marcas de consumo:
7,7 km/l na cidade, com etanol, capacidade máxima de pessoas e peso e ar-condicionado ligado. De acordo com Inmetro, o SUV roda 8,3 km/l na cidade e 9,6 km/l na estrada com etanol. Com gasolina, os números são melhores: 11,9 km/l na cidade, e 13,7 km/l na estrada.
Os números estão dentro do esperado para um SUV compacto 1.0 turbo. Na prática os 130 cv de potência e 20,4 kgfm de torque vão bem para tracionar o Basalt, mas sofrem com o carro carregado e ar-condicionado ligado em alta intensidade.
Nessa circunstância, as retomadas são mais demoradas e a prática da direção tem de ser mais pensada, diferente de quando o carro está vazio, momento em que é bastante ágil.
Também com o carro carregado, a suspensão mostrou um comportamento diferente do esperado. Com lotação, fim de curso se tornou uma ação quase que obrigatória em valetas e lombadas. Ainda que tenha mostrado boa estabilidade, há um certo incômodo com o trabalho da suspensão.
Mas foi mostrando suas características de sedan que o Basalt se tornou uma opção mais interessante que Nivus e Fastback para viajar em família. São 2,64 metros de entre-eixos bem aproveitados, com painel frontal recuado e bancos ancorados mais a frente, dando espaço de sobra os joelhos para quem vai na fileira de trás.
A queda no teto prejudica o espaço para a cabeça, e faz os passageiros das extremidades deitarem o pescoço para evitar o contato. Para os ombros, vão três adultos com os braços colados.
Mas isso não tira o brilho do espaço interno que é melhor que o dos outros SUVs compactos do nosso mercado. E o Basalt ainda oferece 490 litros no porta-malas, que permite levar bastante bagagem, como dá para ver nas imagens. Características para aqueles que gostam dos sedans.
Ainda que seja melhor que os irmãos Citroen C3 Hatch e C3 Aircross, falta carinho com o acabamento interno. Os bancos mais finos não são confortáveis, os painéis de porta e frontal de plástico rígido têm rebarbas e poderiam oferecer acabamento melhor.
Painel de instrumentos e multimídia cumprem o papel. A segunda tela ainda conecta sem fio os sistemas Android Auto e Apple CarPlay, que é uma boa facilidade para o dia a dia. No Basalt o ar-condicionado é automático e digital.
O preço sugerido enche os olhos. Até por isso não há como sentir falta de assistentes de segurança e condução, tendo apenas o kit básico de segurança à disposição dos usuários: ABS, Airbag e assistente de partida em rampa. Por R$ 117.100, o Basalt Shine Turbo 200 se torna um compra bastante racional.
Gerente de conteúdo
Formado em mecânica pelo Senai e jornalismo pela Metodista, está no setor há 5 anos. Tem passagens por Quatro Rodas e Autoesporte, e já conquistou três prêmios SAE Brasil de Jornalismo. Na garagem, um Gol 1993 é seu xodó.