SUVs para PCD já chegam a R$ 70.000 completos, mesmo com isenções

Veja quanto custam T-Cross, Tracker, Renegade, Creta e Kicks para PCD com todos os pacotes
Renan Bandeira
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15.09.2020 às 15:27 • Atualizado em 10.11.2020
Veja quanto custam T-Cross, Tracker, Renegade, Creta e Kicks para PCD com todos os pacotes

 Os veículos destinados ao público PCD estão ganhando cada vez mais espaço no mercado nacional. Devido às isenções de impostos (IPI e ICMS), os modelos se tornaram opções legítimas para quem busca um 0 km com maior porte e status a preço mais acessível.

Exemplo da alta demanda por esse tipo de veículo é o SUV Volkswagen T-Cross, que em julho deste ano foi o mais vendido do Brasil graças à sua versão Sense, voltada ao público PCD. 

No total, o veículo registrou 10.211 emplacamentos no período, sendo que 7.113 unidades vendidas foram da versão Sense, o equivalente a 70% dos emplacamentos totais.

Marcas como Volkswagen, Chevrolet, Nissan, Hyundai e Jeep brigam por este nicho de mercado, oferecendo opções de seus SUVs compactos exclusivas a pessoas com deficiência. Eles acabam sendo muito procurados por conta do porte, do espaço interno e da posição de dirigir elevada.

As versões destinadas ao público PcD de T-Cross, Tracker, Kicks, Creta e Renegade respeitam o teto de R$ 70.000 - que está congelado há 11 anos. No entanto, para se manter nesta faixa de preço, ano a ano os modelos estão perdendo itens de série.

Tais equipamentos acabam sendo revertidos em pacotes de acessórios faturados nas concessionárias. Quando selecionados pelos compradores, elevam, claro, o valor final do produto. Que, em todos os casos, já está se aproximando dos R$ 70.000 originais.

Dessa forma, a Mobiauto listou e somou os valores dos modelos - já com isenção de IPI e ICMS - para saber quanto estão custando as opções de SUVs PCD do mercado, incluindo todos os pacotes de itens pagos à parte liberados pelos fabricantes. Confira:

Hyundai Creta 2021 - R$ 69.140

Veja quanto custam T-Cross, Tracker, Renegade, Creta e Kicks para PCD com todos os pacotes extras (e eles são cada vez mais extensos)

O SUV da marca sul coreana tem sua versão PCD avaliada em R$ 54.660 com os descontos tributários.

Equipado com motor 1.6 de 130/123 cv e 16,5 kgfm, o modelo sai de fábrica com ar-condicionado, direção elétrica, rodas de 16 polegadas com calotas, controle de tração e estabilidade, assistente em rampa e sistema de monitoramento de pressão dos pneus.

Caso o comprador queira adicionar rodas de liga leve (R$ 4.790), rack de teto (R$ 2.500), central multimídia (R$ 4.900), faróis de neblina (R$ 1.500) e vidro com acionamento um-toque (R$ 490), terá de pagar mais R$ 14.480. Dessa forma, o veículo passa a custar R$ 69.140.

Nissan Kicks - R$ 62.128

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A marca japonesa havia suspendido as  vendas devido à baixa produção durante a pandemia, mas a versão voltou a fazer parte do catálogo do Kicks. Antes da pausa, o veículo custava R$ 55.228 com as isenções e, por esse valor, saía de fábrica com piloto automático, ar-condicionado, controles de estabilidade e tração e assistente de rampa. 

Ele já havia perdido as rodas de liga leve de 16 polegadas, a central multimídia, a câmera de ré e os três anos de garantia, que podiam ser adquiridos em um pacote à parte por R$ 6.900. Com isso, o modelo passou a custar R$ 62.128 completinho. 

Chevrolet Tracker

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O Chevrolet Tracker voltou a ser oferecido na versão para PcD no início deste mês de novembro. Ausente do catálogo desde maio deste ano, o modelo volta ao configurador da marca respeitando o teto limite de R$ 70.000, possibilitando a isenção de IPI e ICMS, que deixa o veículo por R$ 58.266.

O SUV é oferecido com o pacote R8Z, e tem como principais itens: direção elétrica, ar-condicionado manual, seis airbags, controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, computador de bordo com tela TFT de 3,5 polegadas. luz de condução diurna em LED e faróis com projetores, partida por botão, central multimídia MyLink de 8 polegadas compatível com Apple CarPlay e Android Auto, câmera de ré, sistema Start/Stop, piloto automático e volante multifuncional. 

O Tracker PcD perdeu rodas de liga-leve, auto-falantes e entradas USB traseiros, sistemas OnStar, sensor de estacionamento traseiro, lanterna de neblina, e Wi-Fi, em comparação a última geração.

Para suprir a ausência dos itens, a marca disponibilizou três pacotes de opcionais: Conforto, Aparência e Básico - que ainda seguem sem os valores adicionais.

O Conforto oferece sensor de estacionamento e alto-falantes traseiros e revestimento premium para os bancos. O Aparência, dá rodas de liga-leve de 16 polegadas, estribo lateral, extensor de para-choques e ponteira de escapamento. Já o Básico, conta com jogo de tapetes em carpete ou PVC, tapete, rede e tampão para porta-malas, e friso lateral com nome do carro cromado.

O modelo é equipado com motor 1.0 turbo de 116 cv e 16,8 kgfm, aliado a câmbio automático de seis marchas. Além disso, tem um ano de garantia, mas a revisão de um ano ou 10.000 km é paga pelo proprietário. 

T-Cross e Renegade fora do combate

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O campeão de vendas em julho já esteve envolvido em um polêmico processo de possível venda casada apurado em primeira mão pela Mobiauto. Na linha 2021, o modelo perdeu equipamentos de série como a central multimídia para seguir abaixo do teto de R$ 70.000. Com a isenção de IPI e ICMS, ficava R$ 57.630, mas teve as vendas suspensas.

De acordo com a marca, todos os pedidos recebidos até 30 de outubro serão atendidos. No dia seguinte a esta data, os novos pedidos para o SUV estarão suspensos, por conta da versão Sense ter batido 100% do volume de produção planejado.

A linha 2021 do T-Cross PcD é equipada com com rack de teto, faróis de neblina, câmera de ré, vidros one touch, volante multifuncional, seis airbags, banco do passageiro rebatível, luzes de condução diurnas em led, lanternas traseiras em led e um ano de garantia.

Mas, para contar com roda de liga leve (R$ 4.050), kit com central multimídia (R$ 5.373) e mais dois anos de garantia de fábrica (R$ 1.899), é preciso desembolsar mais R$ 11.322, deixando o carro por R$ 68.952.

O veículo é movido pelo motor 200 TSI da VW com 128 cv de potência e 20,4 kgfm de torque, aliado a câmbio automático de seis marchas.

Veja quanto custam T-Cross, Tracker, Renegade, Creta e Kicks para PCD com todos os pacotes extras (e eles são cada vez mais extensos)

O Renegade foi o segundo SUV mais vendido no Brasil entre janeiro e agosto de 2020, com 30.655 emplacamentos, segundo a Fenabrave (associação brasileira dos concessionários).

A versão PcD da linha 2021 já foi comercializada nas concessionárias das marcas, mas terá as vendas suspensas a partir de 1 de novembro, segundo comunicado enviado aos concessionários.

O Jeep oferecia de série: controle eletrônico de estabilidade e tração; rodas em liga leve aro 16; freio de estacionamento eletrônico; assistente de partida e rampa; direção elétrica. O motor é o já conhecido 1.8 flex de 139 cv e 19,2 kgfm, ligado a uma caixa automática de seis velocidades.

Caso quisesse incrementar um "recheio" ao veículo, o comprador teria de pagar: R$ 2.950 pelo rack de teto; R$ 4.950 pela central multimídia; R$ 2.600 para ter faróis de neblina; R$ 980 para ter alarme antifurto; R$ 2.652 para subir a garantia de um para três anos.

Com isso, é acrescido o valor de R$ 14.132 à fatura do Renegade PCD, passando do valor de R$ 54.600 - com os descontos - para R$ 68.772. Mesmo que por pouca margem, acaba sendo o SUV para PCD mais barato da categoria.

O SUV era o mais barato da categoria somando os pacotes de opcionais. Ainda não se sabe quando ele volta - e se ele volta - ao catálogo da Jeep.

Para suprir a ausência da versão, a marca passou a oferecer o Renegade STD automático de R$ 81.590, que com as isenções de IPI baixa para R$ 73.505. Ele ainda pode ficar por R$ 64.684, com bônus de 12% oferecidos pela fabricante.

*Assim que suas vendas forem retomadas, com novos pacotes, esta reportagem será atualizada.

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