Renault Emblème: como SUV do futuro usa hidrogênio e energia elétrica para rodar
A Renault vai apresentar no Salão do Automóvel de Paris o Emblème, um conceito que leva a sério o desejo da fabricante de descarbonizar a sua frota até 2040 na Europa e até 2050 em todo mundo. Para isso, o ponto de partida da montadora foi uma parceria com a Ampere para combinar hidrogênio e energia elétrica.
Você pode se interessar por:
- Renault Niagara, futura rival da Toro, tem produção confirmada na Argentina
- Renault Kardian: problemas no câmbio fazem donos voltarem às concessionárias
- Novo Renault Duster: o que podemos esperar do SUV no Brasil
- Renault Arkana é SUV cupê que roda no Brasil escondendo segredo
Além do visual futurista, a Renault busca entregar eficiência energética no conceito. Seu coeficiente de arrasto aerodinâmico é de apenas 0,25. Entradas de ar no capô e difusores de ar funcionais na traseira estão para auxiliar nesse quesito.
Mas nenhum outro detalhe chamou tanta atenção no exterior que a ausência dos retrovisores. No lugar disso, a marca posicionou câmeras nas caixas de roda, mas não disse por onde elas serão transmitidas.
O Emblème seria encaixado no segmento de SUVs médios. Afinal, são 4,80 metros de comprimento, 1,52 m de altura e 2,90 m de entre-eixos. A Renault informa um peso total de 1.750 kg. Medidas de um Toyota SW4.
Completam o visual a assinatura luminosa, tanto do novo logo da Renault como o nome da marca por extenso na traseira.
Como roda o Renault Emblème
Na prática, o Renault Emblème é como um veículo elétrico. O SUV possui um motor elétrico, o qual é o responsável por tracionar e que recebe energia elétrica da bateria e também da célula de combustível de hidrogênio, essa última atua como uma extensora de autonomia com entrega de 350 km a mais por tanque.
O motor elétrico oferta 215 cavalos de potência e é alimentado por uma bateria de 40 KWh de níquel-manganês-cobalto (NMC), além da célula de combustível de hidrogênio de 40 KW, que transforma em energia elétrica o hidrogênio do tanque de 2,8 kg.
Nesse sistema, o Emblème em viagens mais longas utiliza mais de 75% da eletricidade fornecida pela célula de hidrogênio. A fabricante não deixou claro os números de autonomia, mas são 1.000 km com duas paradas para reabastecimento do hidrogênio. Ou seja, nesse padrão, o modo elétrico indica 300 km de autonomia.
Com uso do hidrogênio, em vez de gases nocivos, o escapamento expele apenas água (H²O). O sistema também permite o reabastecimento mais ágil, semelhante ao que já ocorre com veículos movidos a GNV (gás natural).
A Renault atesta que o Emblème representa 90% na redução de emissão de poluentes. Isso contando desde a extração de materiais do veículo até o fim do seu uso, que pela fabricante é de 200.000 km rodados.
A Renault calcula que um Megane E-Tech emita 24 toneladas de CO2 na atmosfera, que é metade de um veículo movido a combustível fóssil. A meta com o Emblèle é de 5 toneladas de CO2.
Repórter
Encontrou no jornalismo uma forma de aplicar o que mais gosta de fazer: aprender. Passou por Alesp, Band e IstoÉ, e hoje na Mobiauto escreve sobre carros, que é uma grande paixão. Como todo brasileiro, ainda dedica parte do tempo em samba e futebol.