Por que a Toyota desistiu do Corolla Cross de 7 lugares

Projeto foi engavetado na Índia por falta de demanda, mas alternativa está a caminho
FP
Por
15.02.2024 às 09:05
Projeto foi engavetado na Índia por falta de demanda, mas alternativa está a caminho

A Toyota indiana anunciou um investimento de US$ 400 milhões no país, cerca de R$ 2 bilhões, no ano passado. O aporte envolvia ampliações em fábricas e um novo projeto, um SUV médio de sete lugares com previsão de vendas na casa das 75 mil unidades por ano. A ambiciosa investida, porém, foi engavetada no começo deste mês.

Segundo a imprensa indiana, a montadora não viu uma demanda tão alta para o SUV, que seria uma versão de sete lugares para o Corolla Cross. A plataforma modular do carro seria facilmente esticada para a criação de duas posições adicionais, mas a empresa chegou à conclusão de que não valeria o risco.

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Como os planos de investimento foram mantidos, Autocar Índia diz que a marca estuda alternativas para o Corolla Cross de sete lugares. As ampliações das fábricas, que trabalham hoje acima dos 90% de suas capacidades, podem ser adiadas, o que faria a marca ganhar tempo, cerca de seis a oito meses.

Caso fosse virar realidade, uma versão de sete lugares do Corolla Cross enfrentaria carros como Jeep Commander e Volkswagen Tiguan, além de Caoa Chery Tiggo 8. Este último seria seu principal rival, já que os modelos de Jeep e VW estão com valores bem mais elevados.

Internamente, o produto seria uma alternativa mais barata ao Toyota SW4, que hoje parte de R$ 382.790, enquanto o Corolla Cross de cinco lugares mais caro custa R$ 210.990, ou seja, uma lacuna a ser preenchida.

Vale lembra que o Corolla Cross ainda está no meio de seu ciclo, tanto que foi reestilizado recentemente na Ásia com um desenho que pode desembarcar no Brasil em breve. A principal alteração visual está na dianteira, onde o utilitário trocou a imensa grade dianteira preta por outra mais integrada ao visual do SUV - tendo agora uma carinha de elétrico.

Já na traseira, temos lanternas com a parte interna ficando igual ao do europeu. Uma pena que a tal “marmita” não ganhou uma resolução completa. Em alguns mercados ela é posicionada na transversal para desaparecer no para-choque, diferente do que vemos na Índia e Brasil, onde é bem sobressalente. A alternativa foi pintar a peça de preto - algo que a Toyota já havia feito por aqui.

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