Novo Renault Kwid elétrico tem câmbio joystick e funciona como tomada

Subcompacto recebeu reestilização visual e ainda ganhou funcionalidades como fornecer energia para outros objetos
Vinicius Moreira
Por
23.02.2024 às 09:54
Subcompacto recebeu reestilização visual e ainda ganhou funcionalidades como fornecer energia para outros objetos

Enquanto o Renault Kwid E-Tech sofre com a concorrência no Brasil, a marca francesa resolveu fortalecer o modelo na Europa. Por lá, o modelo, recebeu há pouco uma reestilização considerável, além de acréscimo de equipamentos. Com nome de Dacia Spring, uma subsidiária romena da Renault, o modelo chega revigorado e com fôlego para competir no segmento.

Não é só o oceano Atlântico que aumenta a distância entre os elétricos Kwid E-Tech e Spring. A versão europeia vendeu quase 60 mil unidades em 2023, enquanto o subcompacto comercializado aqui no Brasil somou apenas 276 emplacamentos contra 6.806 do BYD Dolphin no ano passado, líder no segmento de elétricos compactos.

Internamente, o Spring é semelhante ao Renault Duster, o subcompacto ganhou equipamentos internos e um refinamento, como saídas de ar e painel redesenhados. Em comparação com o irmão brasileiro, o modelo europeu recebeu uma nova central multimídia, com direito a tela flutuante.

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Além disso, tem quadro de instrumentos e ar-condicionado digitais. Tudo que a versão única vendida por aqui ainda não tem. Um alento, ao menos a central multimídia integrada no painel do Kwid tem pareamento de Apple Carplay e Android Auto sem fio, assim como o irmão francês.

Ainda no interior, o Spring foi equipado com um seletor de câmbio ao melhor estilo joystick no console central, semelhante à manopla que equipa o novo Renault Kardian que chegou ao Brasil. Na mesma posição, mas com o console mais baixo, o Kwid tem um seletor giratório mais simples.

No exterior, o Spring traz um visual bem diferente em relação a versão anterior. Tanto faróis como lanternas são de LED. Para-choque e parte traseira foram remodeladas, dando um aspecto mais musculoso para as formas do subcompacto. Agora, as lanternas são interligadas por uma barra preta.

Embaixo do capô, o Spring ainda revela um pequeno compartimento de carga, que lembra o do VW Fusca, para guardar pequenos objetos, tamanho é o espaço poupado no cofre pelo conjunto elétrico.

Gerador de energia

O Spring também adota um item polêmico do Kwid, o bocal de recarga. Localizado logo atrás do logo da Dacia na parte frontal, da mesma forma que o Kwid, a parte boa é que o modelo vendido da Europa pode funcionar como um gerador de energia e abastecer outros objetos. Basta inserir um adaptador no conector para inverter o fluxo de energia da bateria e o Spring funcionar como uma tomada.

Vale citar que tanto o Spring como o Kwid elétrico são fabricados na China. Entretanto, eles já tinham algumas diferenças como a potência. Na geração anterior, o Spring tinha 45 cv de potência, agora o subcompacto tem 66 cv de potência, um cavalo a mais que a versão brasileira que rende 65 de potência e 11,5 kgfm de torque.

Quando se fala em autonomia, o Kwid fornece até 185 km capacidade de acordo com o Inmetro. Já conforme o ciclo WLTP, o Spring tem até 183 km de autonomia.

A previsão é que o Dacia Spring seja lançado na Europa ainda no segundo semestre desse ano. E quando essa mudança chega ao Brasil? Ainda não há nenhuma confirmação. Porém, com o baixo número de vendas por aqui e as sucessivas remarcações no preço do Kwid E-Tech.

Atualmente, o elétrico de entrada custa R$ 99.800, mas a Renault vai precisar de mais para competir com a chegada iminente do BYD Dolphin Mini até o fim deste mês.

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