Prestes a chegar no Brasil, BYD Dolphin Mini vende mais que Strada na China

Compacto elétrico vendeu mais de 250 mil unidades no outro lado do mundo
Diego Dias
Por
02.01.2024 às 14:35
Compacto elétrico vendeu mais de 250 mil unidades no outro lado do mundo

Previsto para desembarcar em terras tupiniquins neste ano, o novo BYD Dolphin Mini tem tudo para ser um dos principais lançamentos de 2024, afinal, o hatch deverá ostentar o posto de carro elétrico mais barato do Brasil. Enquanto isso não acontece, o ano de 2023 fechou e as vendas do compacto da BYD na China (onde é chamado de Seagull) foram de vento em popa.

De acordo com o site Car News China, o BYD Dolphin Mini emplacou nada menos do que 280.217 unidades em todo o ano de 2023, número que fica ainda mais surpreendente quando lembramos que o primeiro mês de vendas do hatch elétrico por lá foi abril. Ou seja, todo esse volume de carros vendidos foi alcançado somente em oito meses, o que nos dá uma dimensão do tamanho do mercado chinês.

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Quando pegamos as vendas mês a mês, em abril o BYD Dolphin Mini emplacou por lá somente 1.500 unidades (quando estava começando sua comercialização), enquanto no mês seguinte suas vendas subiram para 14.300 carros. Já de setembro até novembro foram mais de 40 mil carros ao mês, enquanto apenas em dezembro o hatch elétrico vendeu 50.525 unidades.

Para efeito de comparação, o BYD Dolphin, carro elétrico com maior sucesso comercial no Brasil, emplacou até novembro nada menos do que 4.561 carros. A previsão é que o hatch bata as 6 mil unidades quando o balanço de dezembro ser divulgado pela Fenabrave no Brasil, algo que será divulgado ainda nesta semana. E já que estamos em Dolphin também, vale mencionar que o modelo foi o elétrico mais vendido da BYD na China, com o total de 341.043 carros emplacados em 2023.

BYD Dolphin Mini

Esperado para ser lançado em breve, o novo BYD Dolphin Mini ficará posicionado abaixo do Dolphin e será o quarto veículo elétrico da marca no mercado nacional, isso considerando o Dophin, o SUV Yuan Plus e o D1- vendido exclusivamente para a empresa 99 de motorista por aplicativo.

Enquanto o Dolphin tem 4.290 mm de comprimento e entre-eixos de 2.700 mm (equivalente a um Toyota Corolla), o novo BYD Dolphin Mini será menor. Com isso, terá seus 3.780 mm de comprimento, 1.771 mm de largura, 1.540 mm de altura e surpreendentes 2.500 mm de entre-eixos. Ou seja, é um hatch com porte compacto e balanços dianteiro e traseiro curtos, o que revela um bom aproveitamento de espaço interno como o irmão menor.

No mercado asiático, o Dolphin Mini conta com duas configurações de motorização. Quando chegar no Brasil, é provável que desembarque em sua configuração mais básica, que entrega até 74 cv de potência e 13,8 kgfm de torque, sendo um motor basicamente para uso urbano, assim como sua autonomia.

Por falar em alcance, o novo BYD Dolphin Mini, deverá contar com uma bateria de 38,8 Kwh de capacidade. No ciclo NEDC sua autonomia declarada supera os 400 km, mas na homologação do Inmentro esse número deverá cair para os 315 km – o que ainda é muito bom.

Embora seja um veículo de entrada da gigante chinesa, o BYD Dolphin Mini se destaca nos itens de série ao trazer em seu país de origem quatro airbags, controles eletrônicos de tração e estabilidade, faróis de LED, assistente de estacionamento com câmera de ré e quadro de instrumentos 100% digital. Nas variantes de topo conta até com ACC (controle de cruzeiro adaptativo), carregador de celular por indução, frenagem autônoma de emergência e alerta de mudança de faixa. A dúvida é se esses itens também irão chegar para o modelo que será vendido no Brasil.

Com preço esperado para a faixa dos R$ 100.000, o BYD Dolphin Mini será a carta na manga da marca chinesa para brigar com os hatches compactos a combustão consagrados no país, como VW Polo, Chevrolet Onix e Hyundai HB20.

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