KTM pode correr risco de ir à falência se não encontrar investidor a tempo
A KTM enfrenta uma situação financeira alarmente. Há alguns meses o grupo controlador da marca vem tentando renegociar dívidas, mas simplesmente não há faturamento suficiente para amenizar os prejuízos acumulados, que podem atingir quase US$ 2,5 bilhões, incluindo dívidas com credores, fornecedores, empregados e ex-funcionários. As informações são do site Road Racing World.
De acordo com o escritório de advocacia AKV Europa, que acompanha as batalhas judiciais da dívida da KTM, até o momento, foram contabilizadas 3.534 ações de cobrança em juízo contra a KTM, sendo 2.347 de funcionários e 1.187 de outros credores. Contudo, dos cerca de US$ 2,3 bilhões que somam os valores totais destas ações, menos de US$ 1,7 bilhão foi devidamente reconhecido. E, ainda segundo os advogados, ainda há mais ações sendo registradas contra a KTM, portanto o montante total da dívida pode aumentar.
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Além dos problemas financeiros, as vendas da KTM não vão bem, com estoques cheios de motos paradas nas concessionárias pela Europa e Estados Unidos, principalmente. Com isso, a produção da marca está praticamente interrompida e os pagamentos aos funcionários contratados e aos custos de programas de layoffs dependem até da liquidação de ativos e patrimônios da empresa. Somente neste mês de janeiro, 146 pessoas foram mandadas embora da companhia, que hoje conta com 550 empregados.
Os auditores da AKV afirmam que a KTM consegue honrar com seus custos atuais apenas até a oitava semana do ano, isto é, até cerca do final de fevereiro. No dia 25 de fevereiro está marcada uma reunião entre diretores, sócios e representantes dos credores para discutir um novo plano de ação de recuperação da marca. Porém, este plano depende exclusivamente do surgimento de novos investidores para financiar a operação da empresa.
A imprensa internacional especula que nomes como a indiana Bajaj (que já possui participação da KTM) e a chinesa CFMoto estariam entre os 23 possíveis investidores que demonstraram interesse em assumir a marca austríaca.
Mesmo em meio a esta situação crítica, a KTM afirmou que manterá seu calendário de competições, incluindo a fabricação das motos da MotoGP.