Flagra: Citroën C3 elétrico chega ao Brasil para ser trunfo contra BYD

Stellantis traz protótipo do indiano eC3 para rodagem e o deixa na mira para roubar clientes de Renault Kwid E-Tech e BYD Seagull
LF
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10.10.2023 às 12:01
Stellantis traz protótipo do indiano eC3 para rodagem e o deixa na mira para roubar clientes de Renault Kwid E-Tech e BYD Seagull

A Citroën já declarou que pretende desbravar o mercado brasileiro de carros elétricos em breve. Além de lançar em breve o quadriciclo Ami e estudar a vinda do sedan cupê ëC4 X nos próximos anos, a marca francesa trouxe ao Brasil para teste uma variante elétrica do hatch compacto C3.

O Citroën C3 elétrico ou eC3 foi flagrado no aeroporto de Viracopos por Marcos Paiva Pontes, que enviou as fotos para o jornalista JoãoAnacleto no Instagram. O sulfite colado no vidro traseiro entrega a especificação do protótipo: CC21E BEV. CC21 é o código de projeto do C3 de terceira geração vendido em mercados emergentes. E significa elétrico e BEV é a sigla para veículo elétrico a bateria.

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Ainda de acordo com o papel, o protótipo veio da Itália e serve para desenvolvimento de rodagem e dirigibilidade. No entanto, apesar da relação com o país da bota na folha A4 colada ao vidro traseiro, trata-se do projeto do C3 indiano. O código CC21 confirma isso.

A carroceria é exatamente a mesma do nosso C3, incluindo estampagens de portas laterais e porta-malas, além de agregados como lanternas, para-choque traseiro, olhos de gato traseiros e maçanetas.

Vale lembrar que a própria Citroën anunciou, recentemente, que pretende vender um C3 elétrico abaixo de 25.000 euros na Europa. Tendo em vista que um Dacia Spring, o nosso Renault Kwid E-Tech, é vendido lá por mais de 22.000 euros, pode ser que a variante elétrica do hatch indiano esteja sendo preparada para lançamento lá.

Ou, ainda, pode ser que a Stellantis tenha decidido apostar no eC3 para enfrentar os BYD Dolphin e Seagull no Brasil. Ou... As duas premissas podem ser verdadeiras e a fabricante esteja matando dois coelhos em uma cajadada só ao testar esse protótipo nas condições extremas e de calor do território brasileiro.

Seja como for, o eC3 vendido na índia possui um motor elétrico dianteiro com apenas 57 cv de potência e bons 14,6 kgfm de torque. Já o conjunto de baterias possui 29,2 kWh de capacidade, perfazendo uma autonomia declarada oficialmente de 320 km na Índia, número que certamente cairia nos padrões mais rígidos do Inmetro.

Como comparação, um Kwid E-Tech é mais potente, 65 cv, mas gera menos torque, 11,5 kgfm, e tem 26,8 kWh de baterias. No PBEV (Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular), o elétrico da Renault produzido na China registra apenas 185 km de alcance. Ou seja, o eC3 dificilmente passaria de 200 km nos mesmos critérios.

Ainda falando sobre o C3 elétrico, seu tempo de recarga varia entre 57 minutos, em um carreador rápido com corrente contínua, e mais de 10 horas, em uma tomada bifásica doméstica. Seu foco é em clientes ou frotistas que farão uso estritamente urbano do veículo, especialmente a trabalho.

Caso seja lançado no Brasil, o que não deve acontecer antes de 2025, o Citroën eC3 deve ser posicionado na faixa de R$ 120.000 a R$ 140.000.

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