Caoa Chery registra novo Arrizo 6 no Brasil à la Toro: com duas caras

Sedan médio reestilizado oferece duas opções de frente, e ambas estão patenteadas no INPI. Qual delas vem ao nosso mercado, ou será que teremos ambas?
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21.04.2021 às 08:00
Sedan médio reestilizado oferece duas opções de frente, e ambas estão patenteadas no INPI. Qual delas vem ao nosso mercado, ou será que teremos ambas?

A Chery, marca chinesa com a qual o grupo Caoa mantém uma parceria para produção e comercialização de veículos no Brasil sob a nomenclatura Caoa Chery, registrou no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) uma reestilização de meia vida do sedan médio Arrizo 6.

Uma reestilização? Na verdade, duas. O modelo, vendido no gigante asiático como Arrizo 5 Plus, passou a oferecer duas frentes distintas desde que foi atualizado, no finalzinho do ano passado. É uma tática parecida com a que Stellantis adotará com a Fiat Toro na linha 2022.

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Sedan médio reestilizado oferece duas opções de frente, e ambas estão patenteadas no INPI. Qual delas vem ao nosso mercado, ou será que teremos ambas?

Novo Arrizo 6 em opção de visual dianteiro com grade tipo carretel registrado no INPI

E é aí que vem a surpresa, porque as duas opções foram patenteadas em nosso país, deixando aberta a possibilidade para que a Caoa venda aqui o novo Arrizo 6 com qualquer uma das novas caras, ou talvez com as duas simultaneamente.

Sedan médio reestilizado oferece duas opções de frente, e ambas estão patenteadas no INPI. Qual delas vem ao nosso mercado, ou será que teremos ambas?

Novo Arrizo 6 em opção de visual dianteiro com grade tipo hexagonal registrado no INPI

O curioso é que, diferentemente da nova Toro, que mudará apenas o desenho da grade, mantendo todo o conjunto óptico dianteiro e o para-choque padronizados, o Arrizo 6 renovado promove modificações que afetam também o para-choque e até o posicionamento das luzes diurnas dinâmicas de LED.

Sedan médio reestilizado oferece duas opções de frente, e ambas estão patenteadas no INPI. Qual delas vem ao nosso mercado, ou será que teremos ambas?

Arrizo 6 conforme é vendido hoje no Brasil. E aí, as duas novas frentes são mais bonitas ou mais feias do que a atual?

Na primeira solução, a grade possui formato de carretel, contornada por uma faixa cromada nas bases. A parte superior tem divisórias em forma de cascata, enquanto três grandes linhas horizontais alinhadas aos apliques das falsas tomadas de ar laterais, que integram os DRLs, e intercaladas por outras linhas mais finas compõem o desenho inferior da peça.

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Sedan médio reestilizado oferece duas opções de frente, e ambas estão patenteadas no INPI. Qual delas vem ao nosso mercado, ou será que teremos ambas?
Esta opção de frente do novo Arrizo 6 é mais agressiva

Nesta formatação, as luzes diurnas ficam mais para cima, apesar de serem iguais às do conjunto que aparece no segundo tipo de frente, munido de uma grade hexagonal com linhas mais convencionais e seis divisórias horizontais cromadas apenas no miolo. 

Sedan médio reestilizado oferece duas opções de frente, e ambas estão patenteadas no INPI. Qual delas vem ao nosso mercado, ou será que teremos ambas?
Já esta é mais classuda

Nesta opção alternativa, mais classuda e menos esportiva, as falsas entradas de ar laterais do para-choque ainda existem, mas foram achatadas e alargadas. Dentro delas, dois filetes cromados formando um Y deitado acasulam os filetes de LED que formam os DRLs dinâmicos.

Sedan médio reestilizado oferece duas opções de frente, e ambas estão patenteadas no INPI. Qual delas vem ao nosso mercado, ou será que teremos ambas?
Lateral do novo Arrizo 6 com grade tipo carretel registrada no INPI

O que não muda em ambas as configurações são os faróis full-LED com projetor e outros dois guias de luzes diurnas integrados. A diferença entre os DRLs é que a iluminação dos filetes abaixo dos faróis é dinâmica, ou seja, possui fachos direcionais durante o contorno de curvas. 

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Sedan médio reestilizado oferece duas opções de frente, e ambas estão patenteadas no INPI. Qual delas vem ao nosso mercado, ou será que teremos ambas?
Lateral do novo Arrizo 6 com grade tipo hexagonal registrada no INPI

Curiosamente, as rodas aro 16 ou 17 são iguais entre as duas opções, o que significa que lateralmente os dois Arrizo 5 Plus ficam idênticos. A traseira também é padronizada, mas foi muito remodelada em relação ao Arrizo 6 que conhecemos no Brasil

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Seja qual for a frente escolhida, a traseira terá sempre este visual

As lanternas foram totalmente redesenhadas e agora são integradas por uma larga barra em preto brilhante que as une pelo topo e não mais pelo centro, como ocorria com o discreto filete cromado do antecessor. 

Sedan médio reestilizado oferece duas opções de frente, e ambas estão patenteadas no INPI. Qual delas vem ao nosso mercado, ou será que teremos ambas?
Aqui a traseira de verdade, com todos os traços da lanterna, no Arrizo 5 Plus chinês

E Em vez do logotipo da marca, é o nome Chery que aparece inscrito ao centro e dentro dessa régua. Além disso, o nicho da placa foi transferido do para-choque para a tampa do porta-malas, o que significa que os dois componentes tiveram seus traços substancialmente revistos. 

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Com as modificações, a traseira do novo Arrizo 6 ficou quase irreconhecível e chega a lembrar vagamente a do Volvo S60 (recentemente avaliado pela Mobiauto), embora com muito menos harmonia.  Talvez seja mais certeiro associá-la à primeira geração do Hyundai Azera vendida em nosso mercado, de 2006 a 2011. Nesse sentido, a traseira do Arrizo 6 ainda à venda no Brasil é mais elegante.

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Esta é a traseira do atual Arrizo 6 nacional, mais limpa e elegante

Por conta das mudanças nos para-choques e para-lamas, as dimensões do três-volumes foram ligeiramente alteradas: 4.680 mm de comprimento (+2,5 cm) e 1.825 mm de largura (+1,1 cm). A altura deve permanecer na faixa de 1,49 m e o porta-malas, em 570 litros.

O curioso, porém, é que o entre-eixos cresceu 2 cm, para 2.670 mm, provavelmente por conta de ajustes na suspensão, como a Hyundai fez com o novo HB20 em relação ao antigo mesmo sem trocar a plataforma ou a base estrutural

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Lateral do novo Arrizo 6: sedan ficou ligeiramente maior em comprimento, largura e entre-eixos

De qualquer forma, o Arrizo 5 Plus chinês é vendido com o mesmo trem de força do nosso Arrizo 6, formado pelo motor 1.5 turbo com injeção indireta de combustível aliado a um câmbio CVT com simulação de nove marchas. Porém, ele está mais forte: 156 cv de potência e 23,5 kgfm de torque com gasolina, contra 147 cv e 12,4 kgfm do nosso.

Lá, o modelo ainda possui versões 1.5 aspiradas de 115 cv usando o mesmo propulsor do nosso Tiggo 2, que não tem qualquer chance de vir ao nosso mercado. 

Sedan médio reestilizado oferece duas opções de frente, e ambas estão patenteadas no INPI. Qual delas vem ao nosso mercado, ou será que teremos ambas?
Cabine do novo Arrizo 6 traz alguns elementos novos, outros idênticos ao antecessor

Por dentro, o sedan vendido na China mantém o painel, os bancos e as guarnições de portas como outrora, porém com um novo volante de base achatada, uma central multimídia com tela maior e a mesma manopla de câmbio tipo “joystick”, que emula modelos da Volvo, vista no Tiggo 8

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Por outro lado, a tela digital estilo Land Rover para o ar-condicionado foi abandonada em detrimento de uma régua de comandos mais convencional, com dois seletores giratórios e botões físicos.

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Manopla de câmbio tipo joystick será novidade na linha, mas ar-condicionado com comandos digitais tipo Land Rover ficará no passado

Quando esse novo Arrizo 6, ou melhor, os dois novos Arrizo 6 devem chegar ao Brasil? Ainda é difícil cravar, mas não deve passar de 2022, visto que a Chery encerrou a produção do sedan com visual antigo na China e a montagem em Jacareí (SP) ocorre via CKD. O mais provável é que o facelift seja lançado em nosso país até o ano que vem.

Agora vem a informação entristecedora. Enquanto no Brasil o Arrizo 6 atual é vendido por R$ 116.990 em versão única de acabamento, a GSX, na China o Arrizo 5 Plus existe em quatro versões (duas aspiradas, duas turbinadas) a preços equivalentes à faixa de R$ 60.000 a R$ 85.000, na conversão direta do yuan, moeda local, para reais.

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