Volkswagen seguirá passos da Fiat para nova geração da Amarok
A Volkswagen Amarok foi renovada recentemente, mas a marca alemã já tem planos para um futuro próximo: uma nova geração. Os mais atentos devem lembrar da parceria entre Ford e VW que deu vida as novas Amarok e Ranger. Pois bem, a picape da marca do oval azul chegou aqui, mas a da fabricante alemã ficou pelo caminho.
Para o mercado sulamericano, a Volkswagen desistiu do projeto da Amarok irmã da Ranger – o que é uma grande pena. E com isso, restou apenas esperar para entender qual seria o futuro da picape média por aqui. Com baixo volume de vendas no Brasil, até se aventou a possibilidade de ela ser descontinuada. Mas não é isso que acontecerá.
A Volkswagen aplicou um facelift na Amarok recentemente, o que a manteve forte em outros mercados, como, por exemplo, o argentino, onde é produzida. Neste mês, a marca alemã reuniu jornalistas especializados para informar o investimento de US$ 580 milhões para produção da nova geração dapicape média.
Junto disso, um teaser com uma foto do esboço do desenho que terá a picape chamou atenção. Principalmente pela robustez das linhas, as medidas que parecem mais encorpadas e o visual futurista, principalmente pela luz de LED que cruza toda a dianteira da picape.
Mas uma estratégia, parecida com a da Fiat, pode estar por traz do projeto. Como dissemos acima, a Volkswagen Amarok não terá nada a ver com a Ford Ranger, como em outros mercados, mas ela poderá buscar base de outro modelo para ser produzida. Ao que tudo indica, o modelo chinês Maxus Interstellar X, da SAIC, lançado recentemente na China é o escolhido.
Para ter uma picape média para chamar de sua a Fiat fez algo parecido, mas menos rebuscado. A Titano é uma Peugeot Landtrek, construída a partir da Changan Kaicene F70, que ainda deu vida a Ram 1200 – esta última vendida no México. Sim, ela também tem origem chinesa, assim como será o futuro da Amarok.
No entanto, a picape da Volkswagen deve receber um cuidado maior. Enquanto o modelo da Fiat se concentrou na troca de emblemas e outras pequenas mudanças estéticas para se diferenciar das demais, a picape média da marca alemã deve ter alterações mais profundas.
Com isso, podemos esperar pela manutenção do bloco estrutural, mas com mudanças de carroceria, parte interna, visual e também motorização. A boa notícia é que a picape chinesa tem capacidade para ter conjuntos elétricos, híbridos e só a combustão.
Além disso, é uma picape de medidas avantajadas. Ela mede 5,50 metros de comprimento, 2 metros de largura, 1,86 metro de altura e 3,30 metros de entre-eixos. Em todas as medidas, ela supera o que oferece a Amarok atual, mas tem um detalhe que chama atenção.
A tal picape da SAIC é construída em estrutura monobloco, comum de SUVs e carros de passeio. Ela é menos parruda para que sistema chassi-cabine usado no mercado de picapes médias, mas mais confortável para usar no dia a dia, com guiar parecido com o de um SUV.
Resta saber se a Amarok perderá o apetite para o mundo fora da estrada e se tornará uma picape citadina, mesmo com dimensões grandes. Ou então, se a Volkswagen alterará ainda mais o projeto chinês da SAIC para dar mais personalidade a picape.
Projeções: KDesignAG
Gerente de conteúdo
Formado em mecânica pelo Senai e jornalismo pela Metodista, está no setor há 5 anos. Tem passagens por Quatro Rodas e Autoesporte, e já conquistou três prêmios SAE Brasil de Jornalismo. Na garagem, um Gol 1993 é seu xodó.