RS e-tron GT, o Audi mais potente já criado, vem ao Brasil em 2021
A Audi tem adotado uma estratégia de eletrificação diferente de outras marcas. Em vez de transitar pelos híbridos, sejam convencionais, com recarga externa ou leves, tem apostado na convivência direta entre modelos ainda totalmente movidos por motor a combustão com outros 100% elétricos.
Em 2020, a marca lançou no país a dupla e-tron (SUV) e e-tron Sportback (SUV cupê). O e-tron, em específico, tem sido atualmente o carro elétrico mais vendido no país. Levantamento exclusivo da Mobiauto aponta que 164 unidades da dupla foram emplacadas entre janeiro e novembro deste ano.
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No esteio desta onda positiva, a fabricante alemã das quatro argolas já havia confirmado para 2021 a chegada de dois novos elétricos ao nosso mercado, o e-tron S Sportback (uma versão um pouco mais potente do e-tron Sportback) e o cupê de quatro portas e-tron GT.
Pois nesta semana a empresa anunciou que trará ainda um terceiro modelo, o RS e-tron GT, configuração (ainda mais) esportiva do modelo. Se no GT “bonzinho” a potência é de 598 cv, no RS ela será de 693 cv, 82 cv a mais do que um R8.
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De toda esta cavalaria, 238 cv serão liberados para as rodas dianteiras e 455 cv para as traseiras. O torque deve ficar próximo de absurdos 90 kgfm. Isto porque o RS e-tron GT será dotado de dois motores elétricos, um postado sobre cada eixo.
Assim, a tração integral quattro é gerida de maneira independente entre cada par de rodas, através de unidades eletrônicas de controle. A distribuição de torque prioriza a traseira em modos de condução mais esportivos, e a dianteira quando o objetivo é consumo eficiente.
Construído sobre a mesma plataforma do Porsche Taycan, o e-tron GT possui um conjunto de baterias com quase 400 células, posicionado no assoalho do carro, Isso ajuda a reduzir o centro de gravidade, aprimorando a dinâmica esportiva de condução.
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As baterias têm capacidade bruta de 83,7 kWh e chegam a até 270 kW de potência de carregamento, o que permite recargas a velocidades extremamente rápidas para os padrões atuais. O peso ficará em torno de 2,3 toneladas.
Com tanta força, a aceleração de 0 a 100 km/h do RS e-tron GT deve ser homologado muito próximo da casa de 3 s cravados. A máxima, porém, tende a ser limitada eletronicamente a 250 km/h.
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Outro destaque do cupê de quatro portas será o conjunto de suspensões pneumáticas, capazes de aumentar a altura do solo em até 2 cm para transpor obstáculos, ou então reduzi-la em 1 cm nos modos mais esportivos e até 2,2 cm quando o intuito for aprimorar a eficiência aerodinâmica.
Embora a marca não diga quando o elétrico chega nem quanto custará, é possível estimar que o lançamento será no segundo semestre e as etiquetas ficarão acima de R$ 600 mil. Vale lembrar que o modelo ainda não teve seus detalhes nem o visual definitivo revelados.
Outra curiosidade é que o esportivo vem sendo desenvolvido pelo piloto brasileiro Lucas di Grassi, campeão da Fórmula E (categoria de monopostos disputada só por veículos 100% elétricos).
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Leonardo Felix
Jornalista Automotivo
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