Qual Honda HR-V 2023 comprar: a emoção do turbo ou a razão do aspirado?

São duas versões com cada motor. EX e EXL, tabeladas em R$ 143.900 e R$ 151.400, respectivamente, usam o propulsor aspirado. Já Advance e Touring, vendidas por R$ 176.800 e R$ 184.500, adotam o motor turbinado. 

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O que o HR-V aspirado e HR-V turbo têm em comum 

A lista de equipamentos de segurança é comum a todos os HR-V. Todas as versões possuem o pacote Honda Sensing, que contempla os seguintes equipamentos: 

• ACC – Controle de cruzeiro adaptativo

• CMBS – Sistema de frenagem autônomo para evitar ou mitigar uma colisão 

• LKAS – Sistema de assistência de permanência em faixa 

• RDM – Sistema para mitigação de evasão de pista 

• AHB – Ajuste automático de farol

Além desse pacote, todas as versões possuem seis airbags (frontais, laterais e do tipo cortina), controles de estabilidade e tração (VSA), LaneWatch (assistente para redução de ponto cego por câmera no espelho retrovisor do lado do passageiro), assistente de partida em rampa (HSA), sistema de acionamento de luzes de emergência em frenagens severas (ESS), sistema Isofix (fixação de assentos infantis), alerta de baixa pressão dos pneus (TPMS) e câmera de ré multivisão. 

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Portanto, não acreditamos que a lista de equipamentos fará grande diferença na hora da escolha. Claro, quanto mais subirmos na hierarquia do HR-V, mais itens de comodidade encontraremos. 

No entanto, acreditamos que a partir da EXL são detalhes que agregam, mas não necessariamente decidem a compra. Nessa versão já há sensores de estacionamento, rodas de liga de 17 polegadas, bancos em couro, paddle shifts pra troca de marchas, chave presencial e retrovisor antiofuscante. 

A versão Advance ganha sensor de chuva, sensor de estacionamento dianteiro, ar-condicionado de duas zonas, carregador de celular por indução, modos de direção e detalhes estéticos. Além do acesso ao MyHonda Connect, que explicamos nesse texto. 

A topo de linha, Touring, ganha banco do motorista com ajustes elétricos, abertura elétrica do porta-malas e partida remota do motor. 

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Ficha técnica HR-V aspirado:

Motor: 1.5, dianteiro, longitudinal,4 cilindros em linha, aspirado, flex, duplo comando de válvulas no cabeçote acionado por corrente
Taxa de compressão: 11,5:1
Potência: 126 (A/G) cv a 6.250 rpm
Torque: 15,8 kgfm (A) 15,5 kgfm (G) a 2.750 rpm
Peso/potência: 10,4 kg/cv
Peso/torque: 82,8 kg/kgfm
Câmbio: CVT de 7 marchas
Tração: 4x2 dianteira
0 a 100 km/h: 3,9 s
Velocidade máxima: 175 km/h
Consumo Inmetro: Cidade 8,8 km/l (A) 12,7 (G) – Estrada 9,8 km/l (A) 13,9 km/l (G)

Visuais diferentes 

O novo HR-V manteve a plataforma e o porte da geração anterior, mas agora as versões turbo e aspirada serão distinguidas pelo visual. A EX Honda Sensing e EXL Honda Sensing têm grade com filetes horizontais, enquanto nas configurações Advance e Touring a peça é composta por múltiplos elementos em cascata e acabamento em preto brilhante.

Todas as versões possuem faróis full-LED, mas só na Touring o acabamento é cromado na moldura interna do bloco do facho alto, enquanto nas demais a moldura é preta.

Na traseira, todas as versões têm lanternas com LED nas luzes de posição e freio. Elas são unidas por uma barra horizontal de LED que também cumpre a função de luz de posição e, exclusivamente na Touring, recebe acabamento fumê.

Particularmente, a configuração Touring agrada mais visualmente. Seja pela grade ou pelo acabamento fumê que agrega sofisticação na parte traseira. No entanto, isso não justifica os mais de R$ 34 mil de diferença, nem os equipamentos. Partimos para o motor então. 

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Motor: 1.5, dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16V, turbo, flex, injeção direta, duplo comando variável de válvulas com variação inteligente na admissão
Taxa de compressão: 10,6:1
Potência: 177 cv (G/E) a 6.000 rpm
Torque: 24,5 kgfm (G/E) de 1.700 a 4.500 rpm
Peso/potência: 8,03 (G/E) kg/cv
Peso/torque: 58,04 kg/kgfm (G/E)
Câmbio: automático CVT, 7 marchas simuladas
Tração: dianteira
0 a 100 km/h: 8,9 s (G/E)
Velocidade máxima: 200 km/h (G/E)
Consumo Inmetro: Cidade: 7,9 km/l (A) e 11,3 km/l (G); Estrada: 8,8 km/l (A) e 12,6 km/l (G)

Comportamentos muito distintos 

Obviamente, o comportamento das duas motorizações é muito diferente. A diferença é de 51 cv e 8,7 kgfm de torque em prol do sobrealimentado. A configuração turbo realmente anda muito bem. O casamento com o câmbio CVT é muito bom. 

No entanto, ainda é possível ouvir o motor gritar em kickdowns ou retomadas mais longas. Isso acontece primeiro por uma característica desse tipo de transmissão e segundo pelo isolamento acústico, que poderia ser muito melhor nessa faixa de preço. 

Já a configuração aspirada, sacrifica o desempenho para ter melhor consumo. Em nosso primeiro contato, conforme contamos aqui, o modelo chegou a registrar 20 km/l, mesmo que o consumo oficial seja de até 13,9 km/l com gasolina na estrada.

O desempenho é realmente modesto e no máximo suficiente. Claro, você certamente conseguirá viajar e fazer ultrapassagens com segurança, mas isso é facilitado na versão turbo. Se o uso for quase sempre urbano, optar pelo aspirado pode ser uma boa solução. 

Outra diferença, mas que é pouco notada no comportamento dos carros, é que há mudanças nos ângulos de ataque e o vão livre entre os dois. Isso acontece graças as mudanças no para-choque e do abafador maior nas versões turbo. 

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Qual comprar? 

É muito difícil justificar a compra do HR-V sob a perspectiva do preço. Independente da versão. A grande motivação pode ser a lista de itens de segurança e auxílio ao condutor. 

De fato, na entre R$ 143.900 e R$ 151.400, praticados nas versões aspiradas, é difícil encontrar todos esses equipamentos. O normal é encontrar parte deles, como os seis airbags, frenagem de emergência e alerta ou assistente de permanência em faixa. 

Já o controle de cruzeiro adaptativo se faz presente apenas no Volkswagen T-Cross nessa faixa de preço. No entanto, boa parte dos rivais possuem motorizações com desempenho melhor, enquanto outros acompanham no espaço. 

Já as configurações turbo, que resolvem a questão do desempenho e preservam boas qualidades, como o espaço, invadem outra faixa de preço: a de SUVs médio. Aí a briga fica mais desigual. 

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Em relação ao Compass, por exemplo, o HR-V vai entregar espaço e desempenho similares, mas uma lista mais robusta em relação a versão Longitude, que é a intermediária. No entanto, consegue ser R$ 5 mil mais caro que um SUV médio, que é mais sofisticado, mais bem acabado e trata melhor seus ocupantes. 

Já em relação ao Toyota Corolla Cross, o desempenho é superior ao 2.0 aspirado, mas não é uma diferença absurda. E a lista de equipamentos é bem parelha, exceto itens como a abertura elétrica do porta-malas. 

Só que o HR-V custa R$ 12 mil a mais que a versão topo de linha com motor 2.0 do Corolla Cross, a XRE. Vale lembrar que a Toyota vende também o GR-Sport, mas que tem os mesmos itens da XRE mais adereços visuais e acerto mais esportivo de suspensão. 

Se você está decidido pelo HR-V e ainda em dúvida sobre qual versão, neste caso, temos de partir para analisar o seu uso e necessidades em um carro. Caso você use o carro mais na cidade e não se importa tanto com o desempenho, o HR-V aspirado te atenderá muito bem. 

Agora, se viaja muito, se preocupa com desempenho e quer um carro com muitas comodidades no uso, o HR-V turbo te atenderá melhor, especialmente a configuração Touring.

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