Novo Jeep Compass diesel de 200 cv será assim, mas só chega em junho
O grupo Stellantis aproveitou o dia do 4x4 (4 de abril) para anunciar uma série de novidades relacionadas à marca Jeep, como um novo sistema de entretenimento com Wi-Fi a bordo e conexão com o sistema Alexa.
Outra foi a confirmação da chegada do novo Compass até o começo de maio, com motor 1.3 turboflex de 185 cv e 27,5 kgfm. Porém, apenas a configuração movida a gasolina e/ou etanol foi revelada. Ela já está em pré-venda na série especial de 80 Anos, oferecida a R$ 162.990 e com sinal de R$ 3.000.
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Mas os amantes de um SUV raiz com motor a diesel e tração 4x4 podem ficar sossegados: o Compass 2022 não descartará o uso do 2.0 MultiJet turbodiesel nas versões mais caras, e com novidades: ele será recalibrado para entregar mais de 200 cv de potência e quase 40 kgfm de torque. O câmbio seguirá automático de nove marchas fornecido pela ZF.
No entanto, o lançamento não ocorrerá no mesmo momento do turboflex e ficará para junho. Por quê? A resposta é um mistério, mas o fato é que os engenheiros tiveram de adaptar um tanque de Arla 32 no SUV (um composto concentrado de ureia) para deixar o motor nos conformes com as normas de emissão do Proconve L7, que entrará em vigor no ano que vem.
De qualquer forma, o visual do Compass 2022 diesel já não é mais segredo, porque na Europa a marca revelou como ficará a versão de topo do modelo, Trailhawk, renovada. Podemos esperar por um visual praticamente idêntico no Brasil, com uma diferença singela: enquanto esta configuração é híbrida no Velho Continente, por aqui ela será movida só a diesel mesmo.
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Como grande diferencial para o novo Compass flex teremos o para-choque dianteiro, que continuará ostentando um caimento exclusivo, desprovido de saia aerodinâmica, a fim de aprimorar o ângulo de ataque. Além disso, os arranjos internos da peça são bem diferentes, culminando até em um reposicionamento dos faróis de neblina mais para baixo.
O visual confere maior destaque às tomadas de ar do radiador, embora estas tenham tamanho similar ao do SUV turboflex. Na parte traseira, o para-choque também recebe tratamento exclusivo, em preto fosco e não na cor da carroceria, enquanto o aplique na base é prata. As rodas e os pneus de uso misto serão igualmente mimos específicos dessa versão.
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Uma particularidade do SUV brasileiro é que a saída de escape nas versões turbodiesel foi realocada ao lado esquerdo, justamente para comportar o tanque de Arla 32 no assoalho do balanço traseiro, conforme este acidente com um protótipo em Belo Horizonte (MG) deixou muito claro há algumas semanas.
Internamente, o padrão de acabamento será muito parecido, mas é claro que a versão Trailhawk, em especial, receberá elementos específicos de estilização. Na Europa, os revestimentos recebem costura pespontada vermelha, o nome da versão vem bordado no encosto lombar dos bancos dianteiros e o painel possui textura exclusiva na faixa central.
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Compass Trailhawk 4x4 brasileiro vs Compass Trailhawk 4xe gringo
O novo Compass Trailhawk europeu é movido pelo mesmo propulsor 1.3 GSE T4 da variante flex brasileira, porém só a gasolina (com 180 cv) e auxiliado por um propulsor elétrico de 60 cv. A potência combinada é de 240 cv. Em versões mais baratas, a calibração do 1.3 é de 130 cv, gerando 190 cv combinados, mas o torque fica sempre em 25,5 kgfm no modo elétrico ou 27,5 kgfm a partir da combustão.
Se a tração do Compass diesel nacional é 4x4 “raiz”, com uso de cardã e diferencial traseiro blocante, no irmão do outro lado do Atlântico ela é o que a Jeep chama de “4xe”, cujo funcionamento é bem simples: enquanto o propulsor térmico segue posicionado à frente, o elétrico fica sobre o eixo posterior, alimentando apenas as rodas traseiras.
A conexão entre eles ocorre através de um segundo motor elétrico, que opera como gerador, recebendo energia tanto do 1.3 turbo quanto da bateria de 11,4 kWh, distribuindo-a para a própria bateria ou para o outro propulsor elétrico. Assim, a tração nas quatro rodas do Compass 4xe só existe quando o motor térmico está alimentando as rodas dianteiras. Quando a tração é 100% elétrica, ela ocorre apenas no eixo traseiro.
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Jornalista Automotivo