Novo Honda WR-V: como é o sistema híbrido flex que SUV usará no Brasil

Agora SUV em vez de aventureiro, modelo vai estrear tecnologia híbrida flex da marca em terras brasileiras
Vinicius Moreira
Por
22.04.2024 às 11:33
Agora SUV em vez de aventureiro, modelo vai estrear tecnologia híbrida flex da marca em terras brasileiras

A Honda é mais uma fabricante a anunciar um investimento bilionário no Brasil. A montadora irá investir R$ 4,2 bilhões no ciclo 2024 a 2030 no país. A princípio, parte do montante será direcionado para a produção nacional do novo Honda WR-V e a introdução da tecnologia híbrida flex por aqui.

O WR-V, que agora vem como SUV, tem o início da sua produção programada para o segundo semestre de 2025 na fábrica de Itirapina (SP). O modelo será o primeiro da marca no Brasil a utilizar o sistema híbrido flex, o qual iremos detalhar seu funcionamento mais abaixo.

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Além da introdução da tecnologia híbrida flex e produção do WR-V, o investimento também contempla as atualizações de CityCity Hatch e HR-V.

Vale lembrar que não só o primeiro híbrido flex do Brasil como do mundo foi o Toyota Corolla, em 2019. Recentemente, a Toyota também revelou um conjunto híbrido flex plug-in (com recarga externa), que rende 300 cv de potência e já está em testes.

Mas voltemos ao novo Honda WR-V. O retorno do modelo, agora definitivamente como um SUV, não é à toa. A Honda lançou o modelo em 2017, como um modelo à parte do Fit, de proposta mais aventureira e que, querendo ou não, antecipou a moda dos SUVs compactos derivados de hatch, como Argo/Pulse e Polo/Nivus. O visual compacto foi mantido no WR-V antigo, mas a dianteira e traseira eram bem diferentes, apesar de algumas proporções ainda lembrarem o Fit. Porém, o WR-V não caiu no gosto e foi retirado do catálogo da marca.

O novo Honda WR-V é baseado no Honda Elevate, que já é vendido com esse nome no exterior. Aqui no Brasil, o modelo rebatizado resgata a conhecida nomenclatura WR-V e será uma resposta da montadora japonesa para se posicionar no segmento de SUVs entre R$ 130.000 e R$ 160.000, principalmente contra o novo Toyota Yaris Cross, que deve chegar ainda este ano.

Outro indicativo desse cenário são as dimensões do WR-V: 4.312 mm de comprimento, 1.790 mm de largura, 1.650 mm de altura e 2.650 mm de entre-eixos.

Como será o sistema e:HEV flex da Honda?

Com base nos modelos asiáticos que já equipam modelos da Honda, a principal diferença para o conjunto híbrido motriz que virá ao Brasil é o uso da tecnologia flex, assim o novo WR-V híbrido flex poderá ser abastecido com etanol e gasolina, seja qual for a proporção. O motor a combustão é o 1.5 quatro cilindros 16V, bem conhecido do público brasileiro por equipar as versões de entrada do HR-V e do City e City hatch.

Já o conjunto elétrico é composto por dois motores elétricos. O primeiro vai atuar como propulsor de fato, enquanto o segundo como gerador de energia, ou seja, um híbrido pleno que não precisa de recarga externa.

O sistema e:HEV do WR-V é semelhante ao que já é usado nos híbridos Accord e no importado Civic. Nesse sentido, o novo SUV da Honda não terá uma caixa de câmbio. Funciona assim, a combinação motriz híbrida atua como propulsora por estar conectada ao diferencial do veículo.

A usina a combustão só deve atuar em velocidades mais altas, enquanto o conjunto elétrico vai ser responsável por saídas e acelerações em baixas velocidades. A expectativa é que o motor térmico entregue 98 cv de potência, enquanto o elétrico deverá ficar na casa dos 109 cv.

Por fim, combinados, eles devem render 131 cv e 25,8 kgfm de torque. Vale lembrar que são números baseados no que temos hoje com gasolina, com isso o modelo brasileiro poderá ser até mais potente por também beber etanol.

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