Mercedes fecha fábrica e encerra produção de carros no Brasil

Esta é a segunda vez que fabricante alemã tenta (sem sucesso) investir na fabricação local de automóveis
LF
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17.12.2020 às 16:05
Esta é a segunda vez que fabricante alemã tenta (sem sucesso) investir na fabricação local de automóveis

A Mercedes-Benz anunciou nesta quinta-feira (17) o encerramento das atividades da fábrica de Iracemápolis (SP), onde fabricou o sedan Classe C e o SUV GLA entre os anos de 2016 e 2020. O complexo será desativado e o destino de seus 370 funcionários ainda é incerto.

Segundo o comunicado da marca, “a decisão está sendo tomada com base em vários fatores, incluindo a atual situação do mercado brasileiro”. Tanto a nova geração do GLA, a ser lançada no começo de 2021, quanto a do Classe C, ainda sem data para aparecer, passarão a ser importadas.

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Sobre os profissionais que atuavam no local, a companhia declarou que “irá buscar alternativas, incluindo a possibilidade de um programa de demissão voluntária e outras possibilidades que serão avaliadas em um futuro próximo”.

“A situação econômica no Brasil tem sido difícil por muitos anos e se agravou devido à pandemia da Covid-19, causando uma queda significativa nas vendas de automóveis premium. Aumentar nossa eficiência, otimizando a nossa capacidade de utilização, é um facilitador importante”, afirmou Jörg Burzer, Membro da cúpula da Mercedes-Benz AG, Produção e Cadeia de Suprimentos, no comunicado.

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Tampouco é certa a destinação da construção de 93 mil m², localizado em um terreno que chega a 2,5 milhões de m², que também engloba um campo de provas (este deve seguir ativo). “Nesse momento, a companhia está buscando a melhor perspectiva de futuro possível para o local”, limitou-se a dizer a empresa.

Esta é a segunda vez que fabricante alemã tenta (sem sucesso) investir na fabricação local de automóveis

Vale rememorar que a antiga fábrica da Ford em São Bernardo do Campo (SP) foi vendida para uma construtora, que transformará o espaço (ou pelo menos parte dele) em centro logístico. Além das duas, recentemente a Audi suspendeu suas operações fabris em São José dos Pinhais (PR), ainda sem estimativa de retorno (se é que haverá um).

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Seguindo as diretrizes do programa Inovar-Auto, do governo Dilma Rousseff, o complexo de Iracemápolis foi inaugurado em março de 2016, após investimento de R$ 600 milhões da fabricante. A meta seria montar 20 mil veículos ao ano no local. 750 profissionais foram contratados à época, o que significa que mais da metade já havia sido dispensada.

Com o encerramento da unidade, a Mercedes segue produzindo apenas caminhões e ônibus no Brasil. As cabines são confeccionadas em Juiz de Fora (MG), enquanto os chassis e a montagem ocorrem em São Bernardo do Campo (SP).

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Apesar de consolidada no mercado de pesados, esta não é a primeira vez que a Mercedes tenta embalar com a fabricação local de veículos leves e dá fim precoce ao projeto. Entre 1999 e 2010, ela produziu em Juiz de Fora o monovolume Classe A (de 99 até 2005) e montou, em CKD, o Classe C hatch.  

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