Honda City hatch, turbo e com bancos mágicos, vai matar o Fit no Brasil
A Honda revelou nesta terça-feira (24), na Tailândia, a inédita configuração hatchback derivada da sétima geração do City. O sedan, que ainda está na sexta plataforma no Brasil, já ganhou uma nova carroceria na Ásia no final do ano passado.
A chegada do City hatch já era aguardada. O modelo foi desenvolvido com foco em mercados emergentes, o que significa (voilà!) que será produzido e comercializado no Brasil. Sua estreia deve ocorrer no segundo semestre de 2021, junto com a nova geração do irmão três-volumes.
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Muito se especula sobre como o City hatch será posicionado em nosso mercado. A Mobiauto pode afirmar que já foi tomada a decisão: o modelo vai substituir o monovolume Fit em nosso país, tornando-se um concorrente mais direto a VW Polo, Peugeot 208, Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e Fiat Argo no segmento de hatches compactos com pitada premium.
Para tanto, a Honda matará vários coelhos numa cajadada só. Ao criar um hatch derivado do City, otimiza custos com o compartilhamento de componentes da carroceria, visto que ambos serão idênticos da ponta do nariz à coluna C.
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Por sua vez, o City hatch tentará reproduzir a modularidade e o aproveitamento de espaço interno tão conhecidos do Fit. Por exemplo, ele terá a bordo os “bancos mágicos” já conhecidos do monovolume, com múltiplas possibilidades de rebatimento tanto para a fileira dianteira quanto traseira.
Como acabamos de dizer, o novo City hatch terá o mesmo balanço dianteiro do sedan. O visual valoriza as linhas horizontais, tem faróis grandes integralmente de LED e grade proeminente, remetendo ao atual Honda Civic (que, curiosamente, abrirá mão desse estilo nos próximos anos).
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Só que sua relação com o City sedan será ainda mais íntima do que a de VW Polo em relação ao Virtus e do que a de Chevrolet Onix e Onix Plus. Isso porque a fabricante japonesa manteve os 2.589 mm de distância entre os eixos já existente no novo City sedan.
Com isso, pôde replicar também toda a lateral dele no hatchback até a coluna C, aproveitando inclusive as portas laterais traseiras. O que muda é que o teto do hatchback está mais comprido, visto que o caimento do vidro traseiro será menos angulado.
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O balanço traseiro bem estendido e cheio de músculos lembra o do penúltimo Mercedes-Benz Classe A, mas a assinatura em LED das lanternas lembra a do próprio City sedan.
Em comprimento geral, o novo City hatch mede 4.345 mm, sendo 208 mm mais curto do que a variante com terceiro volume. Ainda assim, é quase 30 cm mais comprido do que Polo e Onix. Junte a isso o entre-eixos também maior e já podemos prever o concorrente mais espaçoso do segmento.
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A largura é de 1.748 mm e apenas a altura, de 1.488 mm no mercado tailandês, pode sofrer mudanças no Brasil devido à calibração do conjunto de suspensões.
Outra aposta da Honda será (finalmente) na estreia do motor 1.0 três-cilindros turboflex, dotado de injeção direta e da tecnologia VTEC (comando variável de válvulas com modulação de tempo e amplitude de abertura).
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Na Ásia, todas as versões do novo City hatch (e também do sedan) vêm equipadas com esta usina, que rende 122 cv de potência e 17,6 kgfm de torque. Por aqui, com a preparação para ser flex, os números podem aumentar. O câmbio será sempre CVT com simulação de marchas.
A produção do novo City ocorrerá em Itirapina (SP), junto do novo City sedan e também do WR-V e do HR-V. O Civic deve passar a ser importado a partir de 2022, enquanto o Fit deve seguir em linha em sua antiga geração por mais um tempo até ser definitivamente descontinuado.
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