GWM terá Brasil como “carta na manga” para tentar dominar América do Sul
A GWM irá começar a produzir nacionalmente seus veículos no segundo semestre de 2025. A unidade fabril de Iracemápolis (SP) iniciará a montagem do GWM Haval H6, o que será uma carta na manga para os futuros planos da fabricante chinesa em nosso continente.
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A informação foi confirmada por Diego Fernandes, que é COO (Chief Operating Officer) da GWM no Brasil. Segundo o executivo, o Haval H6 começará a ser produzido nos moldes do CKD, onde as peças do modelo serão enviadas para cá, e apenas a montagem do veículo será feita aqui.
Com o passar do tempo, a ideia é que a fábrica de Iracemápolis ganhe mais autonomia e comece a produzir as peças do Haval H6, e é justamente sobre isso que a “carta da manga” da GWM se trata.
Com a maior autonomia da planta, o modelo terá a maior parte de sua montagem feita aqui no Brasil, com o intuito de chegar aos 60% de nacionalização de sua fabricação, mas por quê?
Isso porque o BNDES-Exim exige um índice mínimo de 60% de nacionalização de um produto para que ele seja exportado, como é o caso de carros. Assim, caso chegue a esse percentual, a GWM poderá exportar o Haval H6 fabricado no Brasil para países vizinhos.
A ideia da fabricante, então, é conquistar o mercado da América do Sul a partir da fabricação no Brasil. Ainda não se sabe quais serão os exatos países destinados à exportação, a montadora falou apenas em nações que compõem o bloco do Mercosul.
Híbrido flex fica para depois
Apesar da GWM se programar para iniciar sua produção nacional já no ano que vem, o modelo híbrido flex prometido para o Brasil ficará para mais tarde. De acordo com Diego Fernandes, a marca planeja criar um centro de pesquisa e desenvolvimento por aqui, com intuito de testar modelos flex em nosso mercado.
Segundo o executivo, essa estrutura deverá ser construída ao longo de 2025. Assim, os testes deste sistema híbrido flex devem se iniciar só no ano que vem também, o que deve adiar a produção do GWM Haval H6 híbrido flex só para 2026.
Por Davi Rocha
Contribuiu com Mobiauto como redator estagiário. Estudou jornalismo na Cásper Líbero.