Ford F-150 é registrada no Brasil e quer dar dor de cabeça à Ram 1500

Enquanto marca tenta se livrar dos 100 anos de história como fabricante local, picapona pode fazer parte do futuro enquanto importadora
LF
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16.03.2021 às 17:21
Enquanto marca tenta se livrar dos 100 anos de história como fabricante local, picapona pode fazer parte do futuro enquanto importadora

A Ford continua enfrentando muitos problemas para se desvincular de uma história de mais de 100 anos como fabricante de veículos instalada no Brasil. O processo vem incluindo o desmanche de suas fábricas e de carrocerias inacabadas de Ka e EcoSport, e pode deixar até 120 mil desempregados direta e indiretamente, segundo estudo do Dieese.

O imbróglio é tamanho que a marca ainda não chegou a acordos de rescisão com os funcionários dos complexos de Taubaté (SP) e Camaçari (BA), que serão dispensados em breve, nem com mais da metade de sua rede de concessionárias, que será descredenciada nos próximos meses. As negociações estão duras e aparentemente longe de um final feliz.

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Enquanto marca tenta se livrar dos 100 anos de história como fabricante local, picapona pode fazer parte do futuro enquanto importadora

Enquanto o inevitável destino não se consuma, a empresa segue preparando o futuro como mera importadora de veículos no país, com especial foco em modelos de maior valor agregado. Um deles deve ser a lendária picape grandalhona F-150, que ganhou nova geração recentemente na América do Norte e tem chances de chegar ao nosso país em 2022.

Tanto que a companhia registrou diversos componentes do modelo no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), conforme divulgado nesta terça-feira (16). Dois tipos de grade e de faróis, três de lanternas traseiras, várias opções de roda e elementos como partes dos para-choques, retrovisor externo e tampa de caçamba foram patenteados.

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Conforme a Mobiauto contou em setembro do ano passado, a F-150 viria para competir com a Ram 1500 no segmento de picapes grandes com PBT (Peso Bruto Total) abaixo de 3,5 toneladas, o que ainda lhe permitiria ser conduzida por motoristas dotados de CNH tipo B.

Ficaria, portanto, entre as médias Toyota Hilux, Chevrolet S10, Ford Ranger e cia, e a grandalhona Ram 2500 – que, apesar de exigir habilitação tipo C, está vendendo mais do que a VW Amarok em 2021, conforme contamos nesta outra reportagem.

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Ainda não se sabe quais versões a nova F-150 teria no Brasil, mas a gama deve ser enxuta como a da própria 1500. Uma candidata é a opção Lariat Luxury, já oferecida na Argentina, e que traz sob o cofre o motor V8 a gasolina de 400 cv e 55,2 kgfm. Seria uma opção muito similar à da 1500 Rebel, também V8 a gasolina, de 400 cv e 56,7 kgfm.

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Outra opção seria apelar de vez à icônica configuração Raptor, que em fevereiro chegou à nova geração trazendo sob o cofre o mesmo V6 3.5 EcoBoost da geração passada, porém recalibrado para superar os atuais 456 cv de potência.

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Ainda, a divisão brasileira poderia esperar pela chegada da aguardadíssima versão Raptor R, que deve aproveitar o motorzão V8 5.2 com compressor do Mustang GT500, que chega a absurdos 770 cv de potência e 86,4 kgfm de torque. Em todos os casos, o câmbio seria automático de dez marchas.

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Talvez a Ford prefira ousar um pouco mais e reservar o nosso mercado para a futura configuração 100% elétrica da F-150, que estreará apenas no ano que vem nos EUA e deve ter uma potência acima de 500 cv, embora não haja informações oficiais a respeito.

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Seja como for, o espantoso sucesso da 1500, esgotando uma pré-venda com 100 unidades por mais de R$ 400.000 cada em apenas 18 horas, mostra que o retorno da Série F ao Brasil pode ser uma aposta segura da Ford para se refazer dos cacos em que o renome da companhia se quebrou no país.

 

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