Fiat Pulse: entenda como será o primeiro SUV nacional da marca

Derivado do Argo, modelo será lançado entre fim de setembro e começo de outubro estreando um motor 1.0 turbo com cerca de 130 cv e cheio de mimos
LF
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13.08.2021 às 10:18
Derivado do Argo, modelo será lançado entre fim de setembro e começo de outubro estreando um motor 1.0 turbo com cerca de 130 cv e cheio de mimos

O visual do Fiat Pulse já não é mais segredo para ninguém. O painel também não. Afinal, a própria Stellantis já revelou essas imagens do primeiro SUV a ser produzido pela marca italiana no Brasil. A fabricação ocorrerá em Betim (MG), junto do irmão Argo, da picapinha Strada e do subcompacto Mobi.

Sim, o Pulse deriva do Argo. Por mais que a Fiat diga que não, ao afirmar que o modelo estreia uma teórica nova plataforma, chamada MLA, fica nítido ao olhar para as chapas de estamparia do SUV que ele herda praticamente toda a estrutura do hatch. A Mobiauto já explicou em detalhes o que muda e o que será comum entre os dois modelos neste outro artigo.

Seu objetivo será brigar no segmento de VW Nivus e Caoa Chery Tiggo 3X, porém numa faixa de preço aparentemente inferior à do Nivus, entre R$ 80.000 e R$ 100.000 (pelo menos em um primeiro momento das vendas). 

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Estrutura e heranças do Argo

Derivado do Argo, modelo será lançado entre fim de setembro e começo de outubro estreando um motor 1.0 turbo com cerca de 130 cv e cheio de mimos

Para-brisa, para-lamas, portas laterais, colunas A, B e C, teto e caixas de roda... Quase toda a “casca” do Pulse é compartilhada com o Argo. Só que o SUV terá uma dianteira diferente, com para-choque, grade, faróis e capô exclusivos. Da mesma forma, a tampa do porta-malas muda, dando a ele novas peças internas para as lanternas traseiras.

Estruturalmente, a Stellantis concentrou as mudanças no chamado underbody do monobloco, que ganhou novos desenhos de travessas e longarinas, linhas de carga mais baixas e seções 50% maiores que as do Argo, a fim de aumentar a rigidez estrutural e melhorar a segurança do SUV em testes de impacto como os do Latin NCAP.

Por isso mesmo, o Pulse conta com maior percentual de aços de alta e ultra alta resistência: são 66% de aços de alta resistência e 20% de ultra alta resistência, nas contas da fabricante, isso falando apenas da base do chassi. A má notícia é que, diferentemente dos dois rivais, que já usam discos nas quatro rodas, os freios traseiros do Fiat devem ser sempre a tambor.

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A fabricante afirma, ainda, que o Pulse terá bancos, sistema de direção e ar-condicionado totalmente novos, o que inclusive permitirá a adoção de saídas de ar na fileira traseira do SUV, que o Argo não tem. Até os pedais serão trocados e as suspensões receberão novos componentes no comparativo com o hatch.

As arquiteturas McPherson na dianteira e por eixo de torção na traseira são as mesmas, porém com substituição de travessas, barras, bandejas e buchas por outras que deixarão o conjunto mais alto e robusto. Tudo isso vai alterar ângulos, posicionamento e curvatura de travessa, além de demandar novos pontos de fixação e torção.

Assim, o Pulse terá 1,1 cm de ganho na distância entre eixos em relação ao Argo, subindo de 2.521 mm para 2.532 mm. A empresa ainda não abriu as dimensões de comprimento, largura, altura e bitolas, mas espera-se que o Pulse seja um pouco mais largo e alto do que, inclusive com um vão livre do solo maior.

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Motorização: 1.3 Firefly e 1.0 GSE turbo

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Na parte de motorização virão outras novidades. As versões de topo estrearão no Brasil o propulsor 1.0 três-cilindros 12V turboflex da família GSE, dotado dos mesmos predicados do 1.3 GSE quatro-cilindros dos novos Fiat Toro e Jeep Compass: injeção direta, quatro válvulas por cilindro e sistema MultiAir de variação inteligente do comando de admissão.

Este motor deve vir sempre acoplado a uma caixa automática. Resta saber se será com conversor de torque, como o 1.3, ou do tipo CVT com simulação de marchas. Também falta descobrirmos os dados de potência e torque, que devem ficar perto da casa de 130 cv e 21 kgfm com etanol, segundo a Quatro Rodas.

Já as configurações de entrada devem contar com o conhecido 1.3 naturalmente aspirado quatro-cilindros 8V flex da família Firefly, que já empurra o próprio Argo e a Strada, além do sedan argentino Cronos. Ele rende 101/109 cv e 13,7/14,2 kgfm (gasolina/etanol). Será gerenciado por câmbio manual ou CVT com simulação de marchas.

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Interior e equipamentos

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As primeiras imagens oficiais da cabine do Fiat Pulse mostram alguns dos equipamentos e as soluções de acabamento que o inédito SUV trará em sua versão de topo, incluindo chave com sensor presencial e partida do motor por botão.

Os principais destaques do habitáculo vão para a central multimídia flutuante enorme, de 10,1 polegadas, o quadro de instrumentos digital de 7” herdado da Toro e o volante inédito com direito a botão “Sport” (que será vermelho nas versões 1.0 turbo e preto nas 1.3 aspiradas). 

A régua de comandos do ar-condicionado digital é igualmente inédita e abriga ainda o botão TC+, indicando que o Pulse terá o bloqueio eletrônico do diferencial dianteiro, chamado eLocker, assim como as novas Strada e Toro.

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Já um flagra do painel da versão de entrada mostra um cluster mais simples, com mostradores analógicos e um computador de bordo digital de 3,5” herdado do Argo, sistema de entretenimento um pouco menor, de 8,4”, embora em tela também flutuante, e partida do motor convencional por giro da chave. Mas já há tomada USB tipo C junto de outra USB-A.

Voltando a falar do Pulse mais caro, ele deve contar com carregador de celular por indução, Apple CarPlay e Android Auto sem fio, Wi-Fi a bordo (pago à parte, com planos entre R$ 30 e R$ 100 por mês da operadora Claro) e a plataforma Fiat Connect Me.

Esta última permite visualizar informações em tempo real ou executar funções do veículo como destravamento das portas e partida do motor de maneira remota, através de aplicativo no celular ou da Alexa, o assistente por comando de voz da Amazon. Veja mais sobre o novo Fiat Pulse em mais um vídeo do quadro O Que Vem Pra Pista:

 

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