Exclusivo: Renault Clio deve voltar ao Brasil com base do novo Sandero
Na última semana, o fórum cochespias.net surpreendeu ao vazar uma imagem do que seria a versão Renault do novo Dacia Logan. O que mais chamou a atenção foi a presença da inscrição “Taliant” na tampa do porta-malas, indicando uma mudança de nome do sedan.
A Mobiauto foi atrás da informação e apurou que sim, o Logan vai trocar de nome nos mercados em que é vendido como Renault. Por quê? No caso do Brasil, para poder conviver com o modelo vendido atualmente, que continuará em linha.
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Se o sucessor do Sandero deve se chamar Clio, o do Logan se chamará Taliant
Mas a grande sacada é que o três-volumes não fará essa troca de identidade sozinho. Nossa reportagem pode afirmar que a nova geração do Dacia Sandero também deve chegar ao Brasil com outra alcunha, muito possivelmente ressuscitando o nome Clio.
Tal mudança seguirá a cartilha recentemente anunciada por executivos globais da marca, que afirmam que os modelos que usam a marca Renault não mais se relacionarão com os Dacia. “A Renault daqui vai sempre tentar seguir, de alguma forma, o que for feito na Europa”, contou uma das fontes consultadas.
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Novo Clio brasileiro até terá a plataforma do Clio europeu, mas com carroceria do Dacia Sandero
Aí bastou juntar os pontos: o atual Clio comercializado no Velho Continente surgiu em 2019 usando a plataforma CMF-B, mesma base dos novos Dacia Sandero e Logan recentemente apresentados. E receberá um facelift em 2022, mesmo ano para o qual está prevista a chegada dos substitutos de Logan e Sandero no Brasil. Bingo!
A Renault deve proceder assim como fez com o Captur nacional em relação ao gringo, lançando o nosso novo Clio com o mesmo visual do Clio V europeu reestilizado, porém usando emprestada a carroceria do Dacia Sandero de terceira geração, mais simples e barata. E trazendo como irmão gêmeo o Taliant, derivado do novo Dacia Logan.
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Visual é inspirado no do Clio V, mas antecipará o facelift dele
Com isso, as dimensões do nosso Clio serão maiores que as do oferecido na Europa. Enquanto o hatch gringo mede 4.048 mm de comprimento, 1.798 mm de largura e 2.583 mm de entre-eixos, o brasileiro manterá os 4.088 mm, 1.848 mm e 2.604 mm, respectivamente, do Dacia Sandero III.
No caso do Taliant, cujo projeto será exclusivo para mercados como Brasil e Rússia, serão 4.396 mm de comprimento e 2.649 mm de entre-eixos.
Vale observar que tanto os nomes Clio quanto Taliant estão registrados no Brasil, mas ainda não foram ratificados pela matriz para uso nos modelos de produção, embora sejam os grandes favoritos para tal. A batida de martelo deve ocorrer apenas em 2021, mas uma coisa é certa: eles não se chamarão nem Sandero nem Logan. Por enquanto, os projetos são conhecidos pelos códigos internos XJF (hatch) e XJI (sedan).
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Estrutura será aproveitada dos novos Dacia Sandero e Logan
Como serão os novos Clio e Taliant
O colega Renato Aspromonte, do @overboostbr, preparou projeções exclusivas para a Mobiauto de como devem ficar os novos Clio e Taliant, baseadas nas imagens vazadas pelo cochespías.net. A produção ocorrerá em São José dos Pinhais (PR), junto com os atuais Sandero e Logan nacionais.
Por fora, o visual tanto dianteiro quanto traseiro dos novos Clio e Taliant terão forte inspiração no Clio V, com faróis contornados por guias de LED na forma de ganchos e lanternas bipartidas.
Esboço do futuro Renault Taliant vazado pelo site cochespias.net
Por dentro, o painel será basicamente o mesmo de Dacia Sandero e Logan novos, mas com o volante do novo Duster brasileiro. A central multimídia deve ser uma evolução daquela encontrada no Duster, incluindo projeção sem fio de celulares.
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Em termos de motorização, a grande novidade ficará por conta da estreia do motor 1.0 TCe, um três-cilindros turboflex com injeção direta. Em nosso mercado, deve vir na configuração 110, com 110 cv de potência e cerca de 20 kgfm de torque quando abastecido com gasolina. Ele virá acoplado sempre a uma caixa tipo CVT com simulação de marchas.
Esboço traseiro denuncia a troca de nome
Já as configurações mais básicas devem aproveitar os conhecidos 1.0 (três-cilindros) e 1.6 (quatro-cilindros) SCe aspirados, também flexíveis, de respectivos 82 e 118 cv quando abastecidos com etanol. A primeira vertente deve ser usada exclusivamente pelo hatch e sempre manual, enquanto a segunda estará também no sedan, com opção de caixa CVT.
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Outro projeto, de código HJD, dará origem a um SUV compacto abaixo do Duster e com os mesmos 2,60 m de entre-eixos do novo Clio. Deve chegar em 2023. Entre seus possíveis nomes, um que já está registrado no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) e é forte candidato a ser usado por ele é Kardian.
Painel será o mesmo da nova família de compactos da Dacia, mas com volante dos nossos Sandero, Logan e Duster
Os velhos Sandero e Logan, conforme já dito, seguirão em produção no país por mais alguns bons anos, pois são projetos já pagos e com força no mercado de frotistas, tendo especial apelo nas vendas para locadoras e uso por motoristas de aplicativos. Trazem, assim, bom potencial de rentabilidade para a empresa.
O grande mistério segue em torno do Stepway, sobre se seguirá à venda com a plataforma atual ou se trocará de geração em 2022, seguindo os passos do Dacia Sandero Stepway oferecido em mercados europeus.
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Jornalista Automotivo