Drone elétrico gigante vira arma do agro para transportar sêmen de suínos
Em vários filmes futuristas, a entrega de produtos, encomendas, compras online no geral é feita sem a necessidade de um ser humano presente no local da entrega, com drones, por exemplo.
No ramo rural-alimentício do país esse futuro já é uma realidade, isso porque drones elétricos gigantes que suportam até 2 kg de carga viraram arma do agronegócio brasileiro para transportar sêmen de suínos entre fazendas no interior do Brasil.
A BRF (empresa criada pela fusão entre Sadia e Perdigão) está utilizando esse drone para transportar material genético entre suas próprias granjas e assim aumentar a produtividade.
Como é o drone
A responsabilidade de todo percurso é da Speedbird Aero, startup brasileira com sede em Franca, interior de São Paulo, especializada nesse tipo de drone, o utilizado no projeto é o DLV-1 que opera somente em um raio de quatro quilômetros e é o mais leve de todos
O DLV-1 contém ao todo seis hélices que conseguem voar até 120 metros de altura, o equivalente a um prédio de 44 andares. Os voos são realizados somente em condições climáticas favoráveis já que são previamente programados, logo não há a necessidade do drone ser controlado durante o percurso
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A capacidade de carga dos drones permite transportar 40 doses com 23 viagens diárias, fazendo assim em uma semana a média de 900 doses por semana.
Além da grande eficiência de agilidade, é claro que a tecnologia tem eficiência ecológica, para fazer o mesmo trajeto do drone, os veículos da empresa andavam antigamente andavam 40 mil quilômetros o que iguala uma volta completa no globo terrestre.
Outros Drones
Além do modelo de drone utilizado no processo, a startup brasileira conta com outros dois modelos.
O DLV-2 é ideal para cargas mais pesadas, e consegue suportar 8 kg de carga com um raio de 10 km.
O DLV-4 acaba sendo o modelo intermediário em questão de quilos suportados, com 5 kg a função dele cabe por distâncias mais longas, conseguindo ligar cidades o modelo atinge até 100 km de distância.
Segurança e planejamento de voo
Com um sistema próprio chamado Cloud Control Station (CCS), a Speedbird Aero garante ser capaz de criar corredores aéreos, lógicas de segurança e rotas pré-definidas para conectar droneports, que podem ser posicionados em hospitais, armazéns e afins.
A operação, como citado, acontece de forma automatizada, mas acompanhada por um operador para eventuais intercorrências. O sistema é 100% online e utiliza a rede 4G.
Por fim, ao chegar ao destino, o drone conta com um sistema de pouso automatizado e assistido por visão computacional. O operador pode interagir com o sistema e autorizar ou não a entrega. Ao finalizar o voo, o sistema gera um relatório detalhado da missão com dados de consumo e tempo de entrega.
Imagens: Reprodução/SpeedBird Aero
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Por Lucas Frasson
Jornalista Automotivo
Formado em jornalismo desde 2024, sempre gostou muito do mundo automotivo, além de esporte e velocidade. Tem o prazer em se comunicar e levar informações para as pessoas.