Como os opcionais podem decretar o sucesso ou o fracasso de um carro
Por William Marinho, Podcast Perda Total
Seja você um entusiasta automotivo ou simplesmente um usuário ou comprador, os opcionais e acessórios sempre têm papel importante na sua decisão ao optar pelo modelo A ou B.
E já há algum tempo as montadoras vêm lançando mão dos acessórios para posicionar seus veículos no mercado, tanto para enobrecer aquele modelo de mecânica e construção simples quanto para simplificar o pacote daquele carro maior e mais potente. E você tem que aprender a navegar nesse mar de itens!
Foi-se o tempo que os acessórios eram itens simples, como calotas
Nos tempos modernos, essa lista de opcionais cresceu exponencialmente, impulsionada pelo avanço da tecnologia. Há dez anos, ainda se encontrava carros “pés de boi”, que tinham como opcionais calotas decorativas, tapetes, luz de cortesia e alças de segurança.
Hoje, desde os modelos mais básicos, os veículos já saem dotados de no mínimo vidro elétrico, travas elétricas e ar-condicionado, fazendo com que a lista de penduricalhos pagos seja sofisticada e cara!
Embora alguns equipamentos sejam comuns na maioria dos modelos, eu destacaria três como os mais populares: teto solar, bancos em couro e central multimídia. Esses são tão cobiçados que as montadoras estenderam a experiência e cada uma oferece o produto com a sua “cara”.
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Fiat Stilo Sporting com o raro e problemático teto skywindow
Quem não lembra do skywindow que veio no Fiat Stilo? Aquele teto com diversas “folhas” de vidro, que se estendia até os bancos traseiros. Era a inovação daquele teto aberto egoísta só para os passageiros da frente que, agora, era comum a todos os ocupantes.
No quesito inovação o som, que antes se limitava a uma conectividade por bluetooth, evoluímos para quase um tablet, com projeção da tela do celular, internet via Wi-Fi, acesso a dados do carro em tempo real….
Cada fabricante “atacou” uma funcionalidade e uma apresentação para conquistar o público, assim como os bancos, que, além do requinte do revestimento em couro, ganharam mimos como ventilação e resfriamento para compensar o calor gerado pelo tecido animal!
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Sistemas de conectividade estão cada vez mais parecidos com tablets ou smartphones
Mas nem tudo são flores. Existem opcionais que determinam a falência de um modelo, como o maravilhoso e problemático skywindow. Por um lado, uma revolução no uso do teto; por outro, uma fonte de problemas, infiltrações e dores de cabeça para os donos dos modelos dotados desse sistema.
Com o passar dos anos, carros com opcionais problemáticos foram rejeitados pelo público e, consequentemente, desvalorizados.
Também existem os modelos que foram a exceção e saíram sem nenhum opcional clássicos, como é o exemplo dos Chevrolet Corsa GSi sem teto solar (sim, existiram), ou os primeiros Fiat Uno Turbo sem teto solar nem ar-condicionado, entre outros modelos que hoje estão supervalorizados, mas, nessas versões raras¨, perdem o brilho do mercado.
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O maravilhoso interior xadrez do Golf GTI Mk7: revestimento começou custando mais barato que o couro, mas logo virou ícone
Outro exemplo inverso é o do VW Golf GTi que saía com bancos de couro ou em tecido xadrez. Nesse caso, o opcional de tecido animal era motivo de recusa e desvalorização do modelo, mesmo sendo mais caro quando saía da concessionária.
E você com isso? Bom, o que estou querendo dizer é que você deve buscar um carro que te atenda e que você goste, sem deixar os acessórios brilhantes ofuscarem sua visão, ou a falta deles transformar um bom carro em algo extremamente pobre.
Novamente: não caia nos modismos só por estar na moda. Afinal, qual a diferença entre dois modelos iguais, mas um com teto solar, bancos em couro, central multimídia etc e outro básico? Eu respondo: A experiência a bordo.
Então, busque um carro no qual você se encaixe, que tenha tudo o que você julga útil, necessário ou mesmo legal. Mas não foque só nisso... Agora, me diz aí nos comentários, qual o acessório que não pode faltar no seu motorizado? Qual o opcional que foi o maior mico?
Imagens: Divulgação e Acervo histórico
Este texto contém análises e opiniões pessoais do colunista e não reflete, necessariamente, a opinião da Mobiauto.
William Marinho, engenheiro mecânico e entusiasta do mundo automotivo.
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