Como este VW Golf acumulou mais de R$ 1,2 milhão de dívida em estacionamento
Difícil encontrar um vaga para estacionar em locais de grande movimento como aeroportos, que costumam cobrar um valor alto em estacionamentos - ou acelerar os motoristas em áreas de embarque e desembarque. Mas um dono ou dona de um Volkswagen Golf de quinta geração parece não ter se importado.
O Golf em questão está há mais de um ano estacionado em uma vaga na entrada principal do aeroporto de Berlim, na Alemanha. Para piorar, o espaço é uma vaga temporária, gratuita nos primeiros 10 minutos, mas que depois cobra 23 euros por hora (R$ 137) - o que dá uma diária de 552 euros (R$ 3.291). Por ano, esse valor ultrapassa a casa dos R$ 1.200.000.
As autoridades da capital alemã até tentará encontrar a quem pertence o Golf estacionado, mas sem sucesso. O hatch tem placa de Hannover, na Alemanha, e por dentro, demonstra que a pessoa saiu as pressas do veículo, deixando resto de comida e até uma garrafa de água pela metade.
A empresa que administra o aeroporto acionou a polícia, que em contrapartida disse que o veículo não está em via pública e, por isso, não pode intervir.
Em outros países, como no Brasil, criminosos costumam deixar veículos roubados em estacionamentos. Tudo para despistar a polícia e ver se há um rastreador para localizar o veículo. Passado algum tempo, o criminoso retorna ao local e retira o carro.
São muitas hipóteses, como até mesmo ter sido usado como veículo de fuga. Porém, o real motivo para o Golf MK5 ter sido abandonado no local ainda continua um mistério.
Essa cena seria difícil de acontecer do Brasil. Não pelo abandono, mas pela geração do Golf. O Brasil recebeu até a quarta geração do hatch médio, após isso, houve um hiato por aqui. Assim, os brasileiros ficaram com uma versão 4,5 do Golf até a chegada da sétima geração.
Da mesma forma que o Brasil ficou sem alterações no visual do Golf, os funcionários e frequentadores do aeroporto de Berlim devem ficar um bom tempo vendo a unidade do Golf Mk5 na entrada principal do local.
Imagem: Olaf Selchow/ Bild
Repórter
Encontrou no jornalismo uma forma de aplicar o que mais gosta de fazer: aprender. Passou por Alesp, Band e IstoÉ, e hoje na Mobiauto escreve sobre carros, que é uma grande paixão. Como todo brasileiro, ainda dedica parte do tempo em samba e futebol.