Chevrolet Cruze vai sair de linha e sepultar hatches médios no Brasil

Sedan e hatch darão adeus no final de 2023, quando deixarão de ser produzidos na Argentina

12.06.2023 às 13:27

Depois de 12 anos, o Chevrolet Cruze vai nos deixar. A confirmação é da própria fabricante, que anunciou o fim da produção no último trimestre deste ano. Vendido nas versões sedan e hatch (Sport6), o modelo dará adeus para a linha de montagem da fábrica da GM em Santa Fé, na Argentina.

Com o anúncio do encerramento da produção no final de 2023, o Cruze fechará seu ciclo no portfólio da Chevrolet no mercado da América do Sul depois de 12 anos de produção, sendo que por oito anos o modelo foi feito na fábrica do país vizinho. Nos primeiros quatro anos o Cruze e o Cruze Sport6 eram feitos na fábrica da GM em São Caetano do Sul (SP).

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Vale lembrar que o Cruze era comercializado somente nos mercados na América do Sul, já que ele era produzido somente na Argentina em todo o mundo. Em outros países o modelo já havia saído de linha definitivamente e era questão de tempo para que o anúncio de sua aposentadoria ocorresse.

O fim dos hatches médios para as massas

O anúncio do fim do Cruze pela General Motors também traz uma má notícia para o mercado brasileiro: além de a Chevrolet não contar mais com um sedan médio, segmento este que é dominado pelo Toyota Corolla, o fim do Cruze Sport6 jogará a pá de cal no segmento de hatches médios no país.

Desde que os SUVs começaram a se popularizar em terras tupiniquins, os hatches médios foram perdendo espaço na preferência dos consumidores. Isso ocorreu mesmo com a qualidade construtiva e acabamento dos hatch médios sendo melhores.

Primeiro foi o Hyundai i30 que nos deixou em 2017 (sem o mesmo sucesso da 1ª geração, vale dizer), depois o Ford Focus em 2019 e o Volkswagen Golf em 2020, cuja última fornada foi das poucas unidades importadas da versão híbrida GTE. Agora no final de 2023 será o fim do Cruze Sport6.

Com esse cenário, os hatches médios que sobram no mercado nacional ficam disponíveis somente no segmento premium. Ou seja, com valores acima dos R$ 295 mil e mesmo assim as opções são bem escassas.

Entre os modelos à venda, temos os conhecidos Audi A3, BMW Série 1 e Mercedes-Benz Classe A. Podemos citar ainda elétricos como o Nissan Leaf ou mesmo esportivos como o recém-lançado Honda Civic Type R.

Tracker ocupará lugar

Com o fim da linha para o Cruze no final de 2023, a GM anunciou também que vai aumentar a produção do Tracker, que como previsto vai acabar ocupando o espaço deixados pela dupla. É importante dizer que o SUV compacto já era feito desde 2022 no complexo fabril argentino.

Além da produção do Tracker na Argentina aumentar o número de unidades disponíveis do SUV compacto, inclusive no mercado brasileiro, o SUV compacto ampliou o leque de exportações da filial argentina, tanto que começará a ser enviado também para a Colômbia.

Apesar do comunicado de que o Cruze dará adeus, a GM garante que continuará fabricando peças de reposição para ambos os modelos (sedan e hatch) por ao menos 10 anos – o que inclui o motor 1.4 turbo de 153 cv e 24,5 kgfm de torque.