Chevrolet Celta é usado valente e fácil de manter a preço de iPhone

Ágil e econômico, compacto tem manutenção descomplicada e barata, mas peca no excesso de simplicidade

12.06.2025 às 00:57 • Atualizado em 24.06.2025

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Compacto, econômico e fácil de manter, o Chevrolet Celta é sempre lembrado por quem precisa de um carro valente e robusto, mas está com o orçamento apertado. Pelo preço de um celular de última geração (um iPhone 16 Pro Max tem valor médio de R$ 12 mil), é possível colocar na garagem o popular que consolidou a GM no segmento de carros de entrada no começo dos anos 2000.

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Baseado na plataforma da primeira geração do Corsa brasileiro, o Chevrolet Celta estreou em 2000 para brigar contra o Fiat Uno e o Volkswagen Gol Special pelo título de carro popular mais barato do Brasil. Para isso, o seu projeto foi simplificado para reduzir os custos de produção na então recém-inaugurada fábrica de Gravataí (RS).

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O resultado é um hatch compacto de apenas 3,78 metros de comprimento, 1,62 m de largura, 1,40 m de altura e 2,44 m de entre-eixos. O porta-malas comporta somente 260 litros.

Apesar do desenho externo muito bem acertado e que rapidamente caiu no gosto do público, o Celta pecava pela simplicidade do acabamento da cabine e de soluções aplicadas para economizar, como bancos dianteiros com encostos fixos, marcador de combustível digital, botão da buzina na haste da seta e para-choques sem pintura, além da ausência de itens de conforto que são comuns atualmente. Ar-condicionado e direção hidráulica, por exemplo, eram oferecidos como opcionais.

O motor Família I 1.0 de 8 válvulas a gasolina, também oriundo do Corsa, gerava 60 cv de potência e 8,3 kgfm de torque, combinado ao câmbio manual de cinco marchas. O desempenho era modesto, embora o peso em ordem de marcha fosse de apenas 834 kg.

O Celta ganhou fôlego renovado a partir de 2003, quando o motor foi atualizado com taxa de compressão elevada, passando a ser chamado de VHC (sigla para Very High Compression) e a entregar 70 cv e 8,8 kgfm, associado a um câmbio manual com relações encurtadas para favorecer as arrancadas. O ganho de desempenho foi notável, tanto que o Celta com motor VHC até hoje é lembrado pela agilidade no trânsito urbano.

Dois anos mais tarde, em 2005, o Celta ganhou a tecnologia flex para poder ser abastecido com etanol. Em 2009, o motor VHC flex foi novamente atualizado para melhorar a sua eficiência e elevando a sua potência para até 78 cv e 9,7 kgfm.

Durante algum tempo, o Chevrolet Celta foi comercializado na rara versão Energy com motor 1.4 8V a gasolina de 85 cv. Além de ser mais potente, essa configuração era um pouco mais equipada.
Visualmente, o Celta pouco mudou além do facelift aplicado em 2005, ano em que ganhou grade frontal e para-choques redesenhados, faróis maiores e lanternas atualizadas com luzes de ré dos dois lados. A tampa do porta-malas passou a abrigar a placa, que antes posicionada no para-choque. O interior foi revisto com novo painel, quadro de instrumentos com conta-giros e marcador de combustível analógico, além de novos revestimentos nas portas.

Em 2014, o Celta passou a ser equipado de série com airbags frontais e freios com ABS para atender à lei que obriga a inclusão desses equipamentos em veículos novos vendidos no Brasil. O hatch saiu de linha em 2015 após 1,5 milhão de unidades produzidas, pois a GM passou a priorizar a fabricação do Onix, modelo mais moderno e competitivo diante dos novos concorrentes.