Brasileiro cria “Vacina Contra Roubo” e quer eliminar furtos de veículos

Ex-funcionário do Detran desenvolveu tecnologia que impede a revenda de peças furtadas e roubadas
LF
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17.04.2025 às 15:42 • Atualizado em 25.04.2025
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Ex-funcionário do Detran desenvolveu tecnologia que impede a revenda de peças furtadas e roubadas

Os furtos e roubos de carros, motos, caminhões e ônibus assustam os brasileiros. Além das “travas” comuns que são colocadas por proprietários de veículos em seus carros, há o seguro automotivo, que dá a segurança de recuperar o valor investido naquele bem. Mas um brasileiro, ex-funcionário do Detran (Departamento de Trânsito), criou um método para que os criminosos não tenham sucesso nessa prática.

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É de conhecimento geral que roubos e furtos de carros, motos e todos os outros tipos de veículos servem para o comércio ilegal de peças. Pensando nisso, Sinval Pereira da Silva, ex-funcionário do Detran, criou a empresa Vacina Contra Roubos, que já atua há mais de 20 anos em nosso país, e tem por objetivo evitar essa prática.

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Enquanto trabalhava no órgão público, a especialidade de Silva era descobrir veículos roubados. Quando o veículo é furtado, normalmente os modelos têm sua placa alterada e o chassi raspado ou modificado.  

Contudo, com uso de uma técnica e apoio de produtos químicos era possível voltar a ver as informações originais do veículo, sendo assim revelado o original chassi do veículo. Isso acontece, pois, a numeração original é gravada de forma molecular, então a peça fica registrada em uma espécie de DNA do metal. Com esse tipo de descoberta, era possível devolver o veículo à vítima.

Sinval trabalhava justamente nesse setor, de devolução dos carros para as vítimas. Pensando nisso, ele teve a ideia de desenvolver uma máquina computadorizada e pneumática, portátil, capaz de gravar o chassi original em diversas peças dos modelos. Assim surgindo a Vacina Contra Roubos.

Solõn Pereira, diretor da empresa, esclarece como o procedimento ajuda os clientes. “Com isso, a gente consegue impedir a revenda das peças, ou que ele seja clonado. Hoje 90% dos roubos de caminhão são para vender peças, já que as peças valem mais que o próprio caminhão. Se você comprar peça por peça, você chega a pagar três vezes o valor do caminhão. Quando você tem o produto que impede venda de peças, você acaba tendo algo que de certa forma impede o roubo.”

Vale ressaltar que junto da gravação realizada nas peças é aplicado um adesivo refletivo, dessa forma indicando ao possível assaltante que o modelo é protegido. O mesmo ocorre me algumas partes da carroceria do veículo que venha a ganhar o serviço da empresa.

Pereira ainda comenta sobre o benefício ao dono, além do não furto: “O principal de tudo é a questão da violência, hoje quem mais sofre durante um roubo é o motorista. Que muitas vezes é levado e pode ficar até dois dias sequestrado até que o caminhão inteiro seja desmontado.”

No site da empresa é possível identificar que o Vacina Contra Roubo já conta com mais de 15 transportadoras parceiras e que já “vacinou” mais 30.000 caminhões no Brasil. É fácil de identificar os modelos que contam com o serviço da empresa, afinal um adesivo colado no veículo com o escrito “Vacina contra roubo” é fácil de ser visto.

O serviço custa entre R$ 1.400 e R$ 3.000, e a variação se dá pelo tamanho do veículo e o volume de peças que serão registradas. O tempo para conclusão varia entre 3 horas e 5 horas, com possibilidade de atendimento remoto.

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