Apenas 7 montadoras de carros chinesas vão sobreviver nos próximos 10 anos
A indústria automotiva chinesa está prestes a passar por uma transformação significativa nos próximos anos. Segundo He Xiaopeng, CEO da XPENG, por meio de um comunicado aos funcionários, entre 2025 e 2027, o mercado enfrentará uma “rodada de eliminação”, na qual muitas das montadoras locais não conseguirão sobreviver.
Não é a primeira vez que o executivo diz algo deste tipo. Em março do ano passado, em uma entrevista à CNA de Singapura, He Xiaopeng ressaltou que “nos próximos dez anos, terão apenas sete grandes montadoras automobilísticas.”
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A previsão do CEO não foi atoa, e está diretamente relacionada à intensa competição no segmento de carros elétricos. Nos últimos anos, diversas novas montadoras surgiram, visando aproveitar a “alta maré” de veículos elétricos. O problema é que, com tantas opções no mercado, as empresas começaram a recorrer as estratégias agressivas de preços para atrair consumidores, deixando de lado o lucro.
Esse cenário de competição de preços vêm sendo discutido até pelos gigantes da indústria. Em 2024, o CEO da Mercedes-Benz, Ola Källenius, já havia alertado sobre os riscos, segundo ele, “é uma guerra de preços darwiniana, um abalo no mercado. E muitos dos players que existem agora não existirão mais em cinco anos.”
Mas como as marcas vão se destacar, e quem tem chance de sobreviver? As montadoras que conseguirem crescer em volume de vendas em relação aos seus concorrentes e, ao mesmo tempo, manter sua rentabilidade, serão as que dominarão o mercado nos próximos anos. A BYD, a maior montadora chinesa de carros elétricos do país, é uma das que certamente não deve se preocupar, já que no ano passado, se consolidou como líder, superando a SAIC em vendas.
Na visão da XPENG, a sua meta de se tornar uma empresa lucrativa está próxima de ser alcançada, em 2024, a marca viu um aumento de 35% nas vendas, chegando a 190.068 carros, cerca de 50 mil unidades a mais que em 2023, com um destaque especial no último trimestre, quando as vendas dispararam para mais de 90.000 unidades, em comparação com os 50.000 carros vendidos no trimestre anterior.