10 carros que passaram longe de fazer sucesso no Brasil

Lista tem desde SUV médio, que anos depois passou a vender bem, até conversível com teto retrátil e alma luxuosa
Diego Dias
Por
03.08.2023 às 19:00
Lista tem desde SUV médio, que anos depois passou a vender bem, até conversível com teto retrátil e alma luxuosa

Há poucos dias saiu de linha no Brasil mais um sedan médio, o Kia Cerato. Sua quarta geração estreou aqui no fim de 2019 e não teve um número expressivo de vendas. Ele foi mais um carro que não fez sucesso por aqui, e a Mobiauto relembra agora outros modelos que passaram longe de um final feliz no Brasil.

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Como deve imaginar, exemplos no mercado nacional não faltam. São diversos veículos com história um tanto diferentes, desde modelos que foram prometidos por muito tempo e chegaram sem impactar, até aqueles que demoraram para entender qual a receita para vender bem no Brasil. Dito isso, vamos à lista.

Kia Cerato (4ª geração)

Como antecipamos no início desta lista, o Kia Cerato desta atual geração não caiu no gosto do brasileiro, já que ao longo de 2023 o sedan teve apenas 15 unidades vendidas. Seu melhor ano mesmo foi em 2019, quando foram contabilizadas 1.848 unidades (misturando carros da geração anterior).

Em 2020 tivemos a pandemia e os números foram caindo para 1.246 carros, depois 978 (2021) e 339 unidades do ano passado. A marca teve limitações no número de importações do sedan devido à falta mundial de componentes.

Kia Rio

Eis aqui mais um modelo da marca sul-coreana: o Kia Rio. Sem dúvidas o hatch compacto premium da empresa foi um dos carros mais prometidos da indústria nacional.

Depois de dar as caras em diversas edições do saudoso Salão do Automóvel de São Paulo, ele fez sua estreia no início de 2020 e deu adeus já no fim de 2021, chegando a nem completar dois anos de mercado. Foi o caso do carro que ficou mais tempo sendo esperado do que de fato vendido. O seu calcanhar de aquiles? A alta do dólar.

Chevrolet Sonic

Lançado em 2012 em terras tupiniquins, o Chevrolet Sonic fez sua estreia naquela época como um hatch compacto premium, ou seja, um modelo que visava brigar com carros mais equipados como VW Polo e Fiat Punto.

O Sonic chamava a atenção pelo design agressivo e o painel digital que remetia a motos esportivas, mas acabou “derrapando” por conta do preço elevado e também por um “fogo amigo”: o Chevrolet Onix, que estreava com mais espaço e central multimídia, sem contar o fator novidade.

Volkswagen Apollo

Eis aqui o VW Apollo, modelo marcado por ser o primeiro carro oriundo da Auto-Latina, a famosa parceria feita entre a Volkswagen e Ford na região da América do Sul entre 1987 e 1996. Basicamente Apollo e Verona eram o mesmo modelo, sendo o primeiro da VW e o segundo da Ford.

O VW tinha visual com pegada mais esportiva por conta das lanternas fumê, para-choques pintados e aerofólio na tampa traseira, mas de resto era igual ao do irmão da marca do oval azul. Vendido entre 1990 e 1992, teve pouco mais de 50 mil unidades comercializadas e definitivamente não foi bem no mercado, sobretudo porque era 20% mais caro que o irmão gêmeo Verona. E marca alemã ainda tinha Voyage e Santana.

Jeep Compass (1º geração que veio ao Brasil)

Antes do lançamento da segunda geração, o Jeep Compass não era um modelo conhecido da marca em “terra brasilis”. Pois é, caso não saiba, o Jeep Compass foi vendido no mercado nacional em sua primeira geração que, convenhamos, não tinha um desenho nada inspirado – passando longe dos ares de Cherokee do Compass atual.

Vendido entre 2011 e 2015 no Brasil, o utilitário médio nunca figurou entre os mais emplacados naqueles anos. Seu melhor desempenho foi no início, em 2012, quando vendeu 1.226 carros, passando para 742 unidades em 2014, e caindo ainda mais nos anos seguintes. Para ter um parâmetro, no acumulado dos primeiros sete meses de 2023, o Compass já vendeu 35.056 unidades.  

Hyundai i30 CW

Apenas os entusiastas das saudosas peruas vão se lembrar dela: Hyundai i30 CW. Diferente do i30 com carroceria hatch, que fez muito sucesso em sua fase inicial, a i30 CW acabou passando de forma despercebida no mercado nacional.

A perua foi oferecida apenas por dois anos no Brasil (de 2011 a 2012) e se destacava por oferecer o bom desempenho do motor 2.0 de 147 cv do hatch à usabilidade de uma perua. Nem isso fez ela decolar no mercado, seja pela proporção “diferentona” (tinha teto alto e era um pouco mais comprida) ou mesmo pela baixa procura mesmo por modelos do segmento.

Fiat Linea

Podemos dizer que o Fiat Linea era um sedan até que competente pelo pacote que oferecia, mas sua falta de sucesso passou por seu posicionamento de preço errado no Brasil. Em 2008, quando foi lançado no País, o sedan desembarcou com valor muito próximo ao de modelos tradicionais, como os sedans médios Toyota Corolla e Honda Civic.

Porém, suas medidas eram mais próximas ao do Honda City, por exemplo, trazendo a mesma proposta de ser um sedan compacto um pouco maior e mais equipado. Mesmo a versão T-Jet com motor 1.4 turbo de 152 cv de potência e 21,1 kgfm de torque de proposta mais esportiva e elegante não foi capaz de alçar o modelo a alcançar o sucesso em nosso mercado.

Ford Territory (1ª geração)

A primeira geração do Territory está dizendo adeus ao nosso mercado, que aguarda a já anunciada segunda geração do SUV. O modelo de porte médio da marca do oval azul, que vem importado da China, e que ainda hoje é comercializado por R$ 219.990, não se deu muito bem em nosso mercado.

No acumulado de janeiro a julho deste ano, foram apenas 634 unidades vendidas, bem longe do volume de vendas dos principais veículos da categoria. São vários os motivos para o Territory não ter caído no gosto do consumidor, mas podemos elencar que o modelo é basicamente o Yusheng S330, um SUV chinês, e acabava destoando do design Ford, sem contar que ele chegou num momento complicado para a marca do oval azul (mesma época em que anunciou o fechamento das fábricas no Brasil).

A boa notícia é que a nova geração do Territory vem aí bem mais alinhada à proposta da marca e com visual mais inspirado.

Volkswagen Eos

Vendido no Brasil entre 2009 e 2011, o VW Eos era importado da Europa para cá e trazia um visual até que interessante quando chegou, com faróis e lanternas de elementos redondos – uma marca do design da VW na época.

O destaque mesmo era o teto rígido retrátil, o que consequentemente deixava o conversível ainda mais caro. Aliás, seu preço proibitivo e a dinâmica não tão inspirada (até vinha com motor 2.0 TSI de 200 cv, mas não foi suficiente) foram um dos fatores da sua baixa procura no mercado nacional. Vale dizer que nem mesmo na Europa ele decolou nas vendas.

Renault Symbol

É capaz de muitas pessoas não se lembrarem do Renault Symbol, sedan compacto que teve a missão de substituir o Renault Clio Sedan, vindo importado da Argentina. Não é preciso falar que ele não vingou, sendo comercializado entre 2009 e 2013 em terras tupiniquins, tendo apenas 925 unidades emplacadas em seu último ano. Seu melhor ano foi em 2010 com mais de 8 mil unidades vendidas, mas pouco pela realidade do mercado naqueles tempos, onde um Fiat Siena vendia 120 mil unidades anuais.

Seu visual pouco inspirado, além de concorrentes de peso com valor baixo e maior espaço interno, contribuíram para sua derrocada. Tinha até um modelo mais competente dentro de casa: o Renault Logan.

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