Renault Kwid: os principais problemas, segundo os donos

Subcompacto é o carro mais barato no Brasil e promete economia em preço, manutenção e economia, mas também tem seus problemas
JC
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18.04.2022 às 09:53
Subcompacto é o carro mais barato no Brasil e promete economia em preço, manutenção e economia, mas também tem seus problemas

Por Fernando Miragaya

O Renault Kwid é um daqueles carros que já nasceram controversos. Projeto indiano, o pequenino subcompacto sempre aparentou fragilidade, mas nunca escondeu a proposta de ser um modelo racional, com consumo eficiente e baixo custo de manutenção. 

De fato, perdura como o carro 0 km mais barato do país, sendo ainda é um dos carros mais econômicos do país, mas também coleciona queixas, como você verá em mais esta reportagem da série da Mobiauto sobre os principais problemas, segundo os donos.

A trajetória do hatch (vendido pela marca como um SUV) também pouco contribuiu. Apresentado no Salão de Buenos Aires de 2017, o Kwid chegou ao Brasil em agosto do mesmo ano com a proposta de carro popular e barato. Porém, com pouco mais de um ano, contabilizou três recalls - um deles relativo aos criticados freios.

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Subcompacto é o carro mais barato no Brasil e promete economia em preço, manutenção e economia, mas também tem seus problemas

O sistema de frenagem, modificado na linha 2020, com a adoção de freios dianteiros a discos ventilados no lugar dos sólidos, é só uma das ocorrências. 

No site do Reclame Aqui e em grupos virtuais de discussão do Kwid, são comuns queixas a respeito de outros componentes mecânicos e de construção do veículo, como câmbio, caixa de direção e acabamento interno frágil. 

A boa notícia é que boa parte dos casos foi resolvida pela marca ou pela rede. Enquanto isso, o modelo acaba de ser renovado. Ganhou controles de estabilidade e tração, mas perdeu a versão de entrada Life - que não tinha nem ar-condicionado ou direção assistida. 

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Subcompacto é o carro mais barato no Brasil e promete economia em preço, manutenção e economia, mas também tem seus problemas

Como dissemos, continua como o modelo mais barato do mercado, com preço inicial de R$ 61.090 na Zen, enquanto a topo de linha, Outsider, sai por R$ 68.690 - preços sugeridos para todo o Brasil, exceto São Paulo e coletados em 14/4/2022.

O carro mantém o motor 1.0 SCe 12V flex de três cilindros, que foi recalibrado para atender as normas do Proconve L7, gerando 68/71 cv de potência e 10,5/10,7 kgfm de torque (G/E). As acelerações ficaram mais espertas e o consumo de combustível melhorou, especialmente pela adoção do sistema start-stop. Veja a avaliação completa do modelo aqui.

A linha também acabou de ganhar a variante elétrica e-Tech, que virá importada da China a partir de agosto - conforme revelado em primeira mão pela Mobiauto -, por R$ 142.990. Será, assim, o veículo elétrico mais barato do país. Sem mais delongas, confira quais são as falhas mais relatadas por donos de Kwid no mercado brasileiro.

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Câmbio

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O câmbio manual de cinco marchas costuma ser fonte de dor de cabeça para os donos de Kwid. Proprietários de veículos com cerca de 20.000 km e menos de três anos de uso reclamam de barulhos exagerados ao engatar a ré.

Há também relatos de vazamento do fluido da transmissão, trepidação excessiva e até quebra da caixa. A boa notícia é que boa parte ou foi resolvida ou respondida pela montadora.

Relatos: Caso 1, Caso 2, Caso 3, Caso 4, Caso 5 e Caso 6

Freios

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Os freios sempre foram uma questão no Kwid. Nas primeiras avaliações da mídia, eram constantes as observações sobre o baixo poder de frenagem do subcompacto, além de pedal esponjoso, o que foi corroborado por muitos clientes. 

São muitas as ocorrências de falhas e até perda do freio de modelos com menos de 20.000 km. O modelo, inclusive, teve um recall a respeito (que será tratado mais abaixo), e chegou a mudar os discos e outros componentes na linha 2020.

Relatos: Caso 1, Caso 2, Caso 3, Caso 4, Caso 5 e Caso 6

Leia também: Avaliação: Renault Kwid Zen, o que tem o carro mais barato do Brasil?

Direção

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Folgas na direção são queixas recorrentes em relação ao hatch produzido em São José dos Pinhais (PR). Mas há relatos mais graves, de quebras na caixa de direção, algo que chama a atenção mesmo em carros que passaram da garantia. Muitas das reclamações foram atendidas.

Relatos: Caso 1, Caso 2, Caso 3, Caso 4 e Caso 5

Na mão 

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O acabamento do Kwid é alvo de muitas críticas pela fragilidade e simplicidade. Só que muitos proprietários do carrinho já perceberam isso na prática. São incontáveis as ocorrências no Reclame Aqui sobre maçanetas que quebram. Tem carro com pouco mais de 10.000 km que já trocou as quatro alavancas internas das portas…

Relatos: Caso 1, Caso 2, Caso 3, Caso 4, Caso 5 e Caso 6

Leia também: Renault Kwid 2023: as diferenças entre as 3 versões em 24 fotos

Correia do alternador

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Tem relato de dono do Kwid que diz que já trocou a correia do alternador a cada 10 mil km… Rompimento da peça é outro tema constante que envolve o subcompacto da Renault, deixando até muitos motoristas a pé. Mais uma vez, vários dos casos foram, pelo menos, respondidos pela marca francesa.

Relatos: Caso 1, Caso 2, Caso 3 e Caso 4

Recalls

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Substituição do sistema de freios
Ano de fabricação: 01/03/2016 até 02/11/2017
Chassis Envolvidos (não sequencial): HJ524902 até JJ999218

Substituição do tubo de combustível
Ano de fabricação: 01/03/2016 até 27/09/2017
Chassis Envolvidos (não sequencial): HJ524902 até JJ999218

Substituição do berço do motor
Ano de fabricação: 09/09/2017 até 16/09/2017
Chassis Envolvidos (não sequencial): JJ003408 até JJ998344

Imagens: Murilo Góes/Mobiauto e Divulgação/Renault

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