Os vícios do motorista brasileiro que mais irritam no trânsito

O trânsito em si já é irritante, mas os brasileiros ainda aprontam algumas peripécias para torná-lo ainda mais estressante. Já passou por alguma dessas situações?
Renan Bandeira
Por
29.09.2021 às 14:44
O trânsito em si já é irritante, mas os brasileiros ainda aprontam algumas peripécias para torná-lo ainda mais estressante. Já passou por alguma dessas situações?

Ser motorista no Brasil não é fácil, principalmente nos grandes centros. O trânsito muitas vezes é um teste de paciência para quem dirige. Afinal, quem nunca se estressou dirigindo por longos congestionamentos e resmungou por demorar a chegar em casa?

Além do estresse corriqueiro por enfrentar horas de engarrafamentos e semáforos fechados, alguns vícios dos motoristas locais são capazes de irritar ainda mais e tornar o trajeto ainda mais chato. 

A Mobiauto conversou com condutores que enfrentam trânsito diariamente e elegeu uma lista das manias mais irritantes. E aí, já passou por alguma situação parecida? Você é a pessoa que causa esses problemas? 

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Parar em fila dupla

A área de estacionamento da via está completamente lotada e não há nenhum espacinho para o motorista colocar o carro e os ocupantes desembarcarem. A brilhante ideia é: “Vou parar rapidinho aqui mesmo na rua, só para o pessoal descer”. 

Se estiver em um local movimentado, uma coisa é certa: uma fila de carros vai se formar atrás do espertinho que criou uma fila dupla e bloqueou/afunilou a passagem de outros carros. Não bastasse o enrosco causado, as buzinas vão formar uma sinfonia para tornar tudo mais estressante.

Fica, também, o alerta: de acordo com o CTB (Código de Trânsito Brasileiro), estacionar em fila dupla é infração grave, sujeita a multa de R$ 195,23 e cinco pontos na CNH.

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Caminhões ultrapassando na subida

Quem não enfrentou uma rodovia em região de serra, na subida e se deparou com dois caminhões carregados, lentos, bloqueando as duas únicas faixas da estrada, não sabe o que é um verdadeiro teste de paciência.

Não há o que fazer e resta apenas esperar. A sensação é que duas tartarugas gigantes sobre rodas estão à frente em uma batalha de velocidade. 

Como geralmente as curvas não dão campo de visão e a faixa contínua não permite ultrapassagem, a melhor opção é aliviar o pé e rezar para que o caminhão da direita faça o mesmo para a ultrapassagem acabar o mais rápido possível.

Motociclistas buzinando sem parar

“bi, bi, bi, bi...”. O semáforo fica vermelho, as filas de carros se formam e os motociclistas invadem os corredores tocando as buzinas sem parar. Tentar alguma conversão e mudar para a faixa do lado, por exemplo, é garantir que todas as buzinas sejam direcionadas a você.

Vale lembrar que o uso da buzina, segundo o artigo 41 do CTB, deve ocorrer em dois casos, sempre com toques breves: para avisar aos outros usuários da via sobre algum risco à segurança viária e, fora das áreas urbanas. Ou seja, a prática sequer é permitida pela lei.

Subir os vidros e aumentar o volume do rádio nem sempre é uma alternativa, já que é necessário estar atento ao que acontece na via para se precaver de algum acidente. Então, aguente firme.

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Motoristas que fecham corredor

Os motoristas reclamam dos motociclistas, mas também são alvos de reclamações. Para quem roda de moto, uma das situações mais irritantes no trânsito é a que motoristas fecham a passagem dos famosos corredores. 

Independentemente se for para tentar uma conversão e ficar enroscado entre as faixas ou simplesmente ignorar a passagem, fechar o corredor vai te render umas boas buzinadas na orelha.

O corredor, no caso, é permitido pela legislação apenas em casos de trânsito muito lento ou parado.

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Farol alto o tempo todo

A visibilidade para dirigir durante a noite é reduzida e o farol alto, que é o estágio máximo de iluminação das luzes dianteiras do seu carro, é um bom recurso para auxiliar e melhorar o campo de visão. 

O problema é que nem todos usam isso corretamente. Estar dirigindo dentro da cidade e até mesmo na estrada e topar com um farol alto na direção contrária deixa tanto a cabeça quanto os olhos de qualquer motorista irritados. 

A boa notícia é que muitos veículos novos estão saindo de fábrica com farol alto automático, que acaba com esse problemão - quando ativado, claro. No entanto, para os donos de carros mais velhos, é necessário bom senso. 

O trânsito em si já é irritante, mas os brasileiros ainda aprontam algumas peripécias para torná-lo ainda mais estressante. Já passou por alguma dessas situações?

Devagar na faixa da esquerda

O Artigo 30 do Código de Trânsito Brasileiro diz que “todo condutor, ao perceber que outro que o segue tem o propósito de ultrapassá-lo, deverá, se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se para a faixa da direita, sem acelerar a marcha.”

A regra é clara, mas nem sempre é levada a sério pelos motoristas. Não é difícil, seja na cidade ou na estrada, ser atrapalhado no trânsito por algum condutor paciente demais e que anda devagar pela faixa da esquerda. 

Neste momento, resta apenas usar os recursos de farol e indicação de seta para tentar escapar dessas tartarugas.

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Mexendo no celular

O congestionamento é uma briga árdua por um espaço nas filas de carros que se formam. Se a faixa da direita está mais livre, por exemplo, é fato que veículos da esquerda vão tentar a sorte trocando as faixas para diminuir o tempo do trajeto.

O problema é que nem todos têm a mesma missão de chegar em casa mais cedo e muitos aproveitam o momento para se entreter no celular. Além de estressar os outros motoristas por causar situações como dirigir devagar, não se atentar ao sinal verde etc, a atitude é proibida pela legislação (infração gravíssima, com multa de R$ 293,47 e sete pontos na CNH) e pode gerar acidentes. 

Não usar seta

Por fim, a principal reclamação apontada pelos motoristas é: não usar seta - ou mantê-la acionada sem o propósito de fazer uma conversão.

Você está dirigindo normalmente e de repente alguém invade a sua faixa sem sinalizar. Além disso, há casos em que um veículo simplesmente entra em alguma via sem acionar as setas para indicar a direção.

Se isso já dá um susto em quem está dirigindo um carro, imagine para motociclistas e ciclistas que têm menos proteção contra colisões? Não há desculpas: a luz indicativa de direção é um item de série de todos os carros do Brasil e tem de ser usada.

Imagens: Shutterstock

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