Novo Renault Duster: projeção prevê visual de inédito SUV-cupê nacional

Visual com teto caído no utilitário o deixou com desenho musculoso, mas design definitivo ainda é segredo
Diego Dias
Por
05.01.2024 às 14:03
Visual com teto caído no utilitário o deixou com desenho musculoso, mas design definitivo ainda é segredo

Não é segredo para ninguém que a Renault está promovendo uma atualização em sua gama de produtos no mercado brasileiro. A marca do losango começará sua renovação com o Kardian, SUV compacto que terá seu lançamento comercial em março, mas espere também por um inédito SUV-cupê derivado do novo Duster. Agora temos uma projeção que pode prever o estilo do novo utilitário.

As projeções que você confere aqui são do X-Tomi Design, que mostra a nova geração do Renault Duster recentemente revelada para o mercado europeu, mas aqui trazendo teto com caimento em direção a traseira para assumir ares de SUV-cupê. Vale lembrar que o visual da novidade ainda é incerto, mas não custa nada imaginar como poderia ficar o utilitário com perfil de cupê baseado no Duster.

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Como adiantamos em dezembro, o novo utilitário será feito com base na plataforma CMF-B Low, a mesma que será utilizada para a irmã Niagara, conceito de picape que antecipa a produção de uma caminhonete monobloco na Argentina, mas isso a partir de 2025. O novo SUV-cupê dividirá a base, mas será produzido na fábrica da Renault em terras paranaenses, algo também previsto para 2025.

A projeção basicamente mantém o visual frontal da terceira geração do Duster, que por enquanto não deverá ser vendida no Brasil. A ideia da Renault é prolongar a geração atual do Duster, que recentemente ganhou os faróis em “Y” do aposentado Dacia Duster da segunda fase no velho continente. Basicamente a projeção mostra o utilitário com caimento acentuado do teto rumo à traseira, estilo que acabou deixando o carro com visual “musculoso”.

Novo SUV-cupê da Renault

Embora não esteja previsto para ser vendido no Brasil neste primeiro momento, o Duster de terceira geração vai ceder boa parte da sua carroceria para o futuro SUV-cupê nacional. É algo que faz muito sentido, principalmente quando lembramos que o Dacia Sandero Stepway europeu cedeu sua estrutura para o desenvolvimento do novo Kardian, projetado em terras tupiniquins.

Basta notar com mais atenção as linhas laterais dos dois modelos, que são idênticas, enquanto dianteira e traseira se diferenciam bastante. Méritos da engenharia brasileira em seu desenvolvimento. É um caminho que certamente será repetido no inédito SUV-cupê nacional.

Na prática isso revela que elementos como underbody, para-brisa, colunas A e B, teto, portas laterais dianteiras, painéis de acabamento interno, bancos, conjuntos de freio, de suspensão e arquitetura elétrica e eletrônica virão do Dacia Duster de terceira geração. Por outro lado, para ostentar um visual mais autoral, o novo SUV-cupê terá para-choques, faróis, grade, capô, para-lamas e todo o balanço traseiro serão exclusivos. É algo que não vemos nesta projeção, mas que nos dá uma noção de proporção.

O que o projeto D1312 herdará do novo Duster

Assimcomo falamos em julho deste ano, e confirmamos em outubro, o projeto D1312 vai se desvencilhar do Duster em proposta e nome por dois motivos. O primeiro é para seguir com a estratégia da marca francesa de se descolar da subsidiária romena de baixo custo para oferecer produtos com ar mais sofisticado e maior rentabilidade. O Kardian mesmo já nos dá uma dimensão do trabalho que será feito daqui para frente.

O segundo é porque o atual Duster brasileiro, construído sobre a plataforma B0, será renovado em 2024 como linha 2025. Depois dessa alteração é previsto para o famoso SUV seguir em produção pelo menos até 2028, algo que revelamos em primeiríssima mão em abril de 2022. Vale lembrar que o modelo já ganhou seis airbags e novos faróis na linha 2024.

Motor turbo e (talvez) híbrido

Outro ponto importante é a motorização. O mais certeiro é que o inédito SUV cupê nacional da Renault terá o conhecido motor 1.3 turbo flex quatro-cilindros 16V da família TCe, com injeção direta de combustível. Rende até 170 cv e 27,5 kgfm de torque, sendo que a novidade deverá ser o câmbio EDC (automatizado de dupla embreagem) com seis marchas, já em preparação para ser eletrificado.

Vale lembrar que a Renault já havia anunciado um investimento de R$ 100 milhões através da Horse, sua nova subsidiária de trens de força, para fabricar localmente o motor turbinado de 1,3 litro em São José dos Pinhais, junto do motor 1.0 turbo da mesma família e do 1.6 SCe naturalmente aspirado.

Porém, esqueça o uso do motor 1.0 TCe de 125 cv do Kardian no projeto D1312, que acabaria não sendo o suficiente para mover um utilitário para brigar com Compass, Corolla Cross e Taos. A grande sacada estará na oferta, talvez em um segundo momento do projeto, de versões híbridas, aliando o motor 1.6 SCe a outro elétrico, formando 145 cv combinados.

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