Nissan confirma que Frontier virá importada do México. O que muda?
A nova Nissan Frontier mostrou sua silhueta no novo pacotão de novidades que a marca japonesa divulgou há pouco. Serão oito novos carros no plano global, entre eles a renovação da Nissan Frontier, que antes era importada da Argentina, mas com o fim das operações da Nissan no vizinho sul-americano, a picape virá ao Brasil do México.
A mudança era esperada, mas a Mobiauto conseguiu a confirmação junto à Nissan. O diretor de Novos Projetos do Complexo Industrial da Nissan em Resende (RJ), Marco Biancolini, foi questionado como ficaria a logística da Frontier e confirmou: “Nossa Frontier deixa de ser produzida em Córdoba [Argentina]. Ela [Frontier] vai vir do México”.
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Com isso, a Frontier passará a chegar ao Brasil da fábrica mexicana de Morelo a partir de 2026, quando sua nova versão será lançada. Esse movimento faz parte da reformulaçãoda Nissan para tentar afastar a crise financeira da marca.
A nova Frontier está prometida para 2026, ainda sem confirmar uma nova geração, mas com atualizações no visual e ganho de tecnologia e equipamentos. Em comunicado, a montadora revelou que a nova Frontier/Navara terá: “um design evoluído, central multimídia melhorada e um impressionante conjunto de tecnologias avançadas de assistência à condução.”
Em um teaser divulgado pela Nissan, é possível ver que a linguagemvisual da nova picape vai beber muito da fonte que vimos já na nova geração do Nissan Kicks. Ou seja, iluminação dianteira em vários níveis alinhados com as linhas da grade central.
Basicamente, a receita da Nissan seguirá os passos da rival Chevrolet S10, mudanças profundas na dianteira, mais amenas na traseira e a lateral quase intocada. Tudo isso do lado de fora, mas por dentro, a picape média da Nissan precisa mesmo de um banho de loja.
O que não deve mudar é o coração da Frontier. O motor 2.3 turbo diesel de quatro cilindros, que rende 190 cavalos de potência e 45,9 kgfm de torque tem tudo para continuar sobre o capô da nova picape. Construída nos moldes chassi-cabine, a Frontier pode levar até 1.040 kg na caçamba, algo não deve mudar caso o conjunto mecânico não se altere.
Do ponto de vista logístico e financeiro faz mais diferença para Nissan do que para o consumidor brasileiro o local de produção. Mesmo com a distância maior, compensa a mudança para a Nissan, do contrário, a Frontier seria feita na Argentina ainda.
Repórter
Encontrou no jornalismo uma forma de aplicar o que mais gosta de fazer: aprender. Passou por Alesp, Band e IstoÉ, e hoje na Mobiauto escreve sobre carros, que é uma grande paixão. Como todo brasileiro, ainda dedica parte do tempo em samba e futebol.