Ford Maverick reencarna como picape urbana híbrida que faz 17 km/l

Nova rival da Fiat Toro deve chegar ao Brasil até o ano que vem. Enquanto versão híbrida foca em consumo, a 2.0 a gasolina rende 253 cv
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08.06.2021 às 14:23 • Atualizado em 12.11.2024
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Nova rival da Fiat Toro deve chegar ao Brasil até o ano que vem. Enquanto versão híbrida foca em consumo, a 2.0 a gasolina rende 253 cv

Se você acredita em reencarnação, talvez não se surpreenda tanto com o fato de o velho Ford Maverick, um cupê com cara de malvado que foi um dos maiores fracassos da marca no Brasil, mas entrou no imaginário popular graças à icônica versão esportiva GT, ter se tornado uma picape com porte de Fiat Toro para uso urbano.

O modelo é o segundo inspirado diretamente no projeto da antiga FCA (atual Stellantis), acompanhando os passos da Hyundai Santa Cruz. E, curiosamente, enquanto a Toro faz sucesso em solo nacional, Maverick e Santa Cruz vão desbravar primeiro o mercado dos Estados Unidos, onde a concorrente da Fiat por enquanto não atua.

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Nome Maverick, que serviu a uma família de carros médios no passado, foi ressuscitado para denominar uma picape

De qualquer forma, é bem provável que a Ford coloque a nova Maverick para brigar diretamente com a Toro em nosso país até o ano que vem. Como a fabricante americana fechou suas fábricas nacionais, ela deve vir importada do México, da mesma forma como acontece com o recém-lançado SUV Bronco Sport.

Nova rival da Fiat Toro deve chegar ao Brasil até o ano que vem. Enquanto versão híbrida foca em consumo, a 2.0 a gasolina rende 253 cv
Configuração híbrida tem proposta mais urbana e voltada à eficiência energética

Falando nele, é dos SUVs Bronco e Bronco Sport que a Maverick herdou a plataforma C2, a mesma usada pela nova geração da família Focus, descontinuada na América do Sul, mas ainda viva no exterior. Isso significa que a picape estreante segue a cartilha da Toro ao usar carroceria monobloco com suspensões independentes nos dois eixos.

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Potência é de bons 194 cv, mas torque é de apenas 21,4 kgfm

A inspiração é tamanha que até as dimensões se parecem. A Maverick tem quase 13 cm a mais em comprimento (5.072 mm contra 4.945 mm) e 8,6 cm extras em entre-eixos (3.076 mm ante 2.990 mm da rival), mas a largura (1.844 mm vs 1.845 mm) e a altura (1.745 mm vs 1.734 mm) são praticamente as mesmas. Até o (ruim) diâmetro de giro de 12,2 m é igual.

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Diâmetro de giro é tão ruim quanto o da Toro: 12,2 m

O que muda sensivelmente nos dois projetos é a motorização. Enquanto a Toro aposta em um conjunto 1.3 turboflex automático de seis marchas com 180/185 cv e 27,5/27,5 kgfm (gasolina/etanol), e num 2.0 turbodiesel automático de nove velocidades com 170 cv e 37,5 kgfm, a Maverick traz um motor 2.0 turbo a gasolina e outro 2.5 híbrido de ciclo Atkinson.

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Esta é a configuração 2.0 turbo a gasolina de 253 cv com tração integral, suspensões reforçadas, rodas aro 17 e pneus de uso misto

A primeira opção é voltada a quem quer desempenho. Rende 253 cv de potência e 38,3 kgfm de torque, e se alia a uma caixa epicíclica de oito marchas com tração dianteira na versão de entrada (XL) ou integral nas duas de topo (XLT e Lariat). A segunda foca em consumo, prometendo média de 17 km/l e autonomia de até 800 km.

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Maverick utiliza chassi monobloco e aproveita a plataforma C2 do Bronco Sport

Na configuração híbrida, a Maverick une um propulsor quatro-cilindros naturalmente aspirado de 2,5 litros e ciclo Atkinson a outros dois elétricos, um gerador e outro de tração. A potência combinada é de 194 cv e o torque, de 21,4 kgfm. A surpresa está na escolha de um câmbio CVT, pouco usual em uma picape.

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Assim como a Toro, Maverick é sempre configurada em cabine dupla com cinco lugares

Construída sempre com cabine dupla e espaço para cinco passageiros, a Ford Maverick quer conquistar consumidores com soluções inteligentes na cabine e na caçamba.

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Sob o assento traseiro, um generoso porta-objetos

Por exemplo, o habitáculo conta com o que a marca chama de “acomodação inteligente de objetos”, incluindo apoios de braço divididos nas portas laterais, a fim de acomodar garrafas de até 1 litro, um amplo porta-objetos sob o assento traseiro e uma tomada de 110 Volts para recarga rápida de eletrônicos.

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Apoio de braço das portas é dividido em dois para comportar um porta-garrafas totalmente na vertical

Na caçamba, há outra dessas tomadas, além de duas entradas de 12 Volts com pré-fiação para encaixe de uma corrente elétrica externa, caso o dono queira ligar algum utensílio elétrico mais pesado sem sobrecarregar o sistema elétrico da picape. O compartimento também oferece encaixes para ganchos, barras e tábuas para criar divisórias internas, além de um abridor de garrafas, como no Bronco Sport.

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Caçamba da Maverick é cheia de truques, mas capacidade de carga fica abaixo de 700 kg

Sua capacidade de carga não empolga tanto: 680 kg, 10 kg a mais do que a nova Toro Turbo 270 flex, verdade, mas bem abaixo da 1 tonelada alcançada pela Toro 4x4 diesel. Já a de reboque é de pouco mais de 900 kg por padrão, passando de 1.800 kg com um pacote opcional que otimiza o transporte de carga rebocada. 

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Uma das possibilidades é criar divisórias no compartimento usando tábuas de plástico ou ripas de madeira

A Maverick conta ainda com carregador de celular sem fio, quadro de instrumentos com computador de bordo digital colorido de 7”, central multimídia Sync 3 de 8” (com projeção de celulares via cabo, diferentemente da Toro) e o sistema Ford Pass Connect, que permite controlar funções do carro remotamente via aplicativo no smartphone (mas não pela Alexa).

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Painel da Maverick lembra muito o do SUV Bronco Sport

Na parte de segurança, ela traz de série assistente pré-colisão com frenagem autônoma emergencial e farol alto automático na versão básica. As mais caras possuem também controle de cruzeiro adaptativo com reaceleração após parada total de até 3 segundos, alerta de ponto cego, assistente de tráfego traseiro cruzado e auxílio ativo à permanência em faixa.

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Padrão de acabamento é um pouco mais simples que o do Bronco Sport, sem tantos requintes

Nas configurações com tração dianteira, a Maverick tem cinco modos de condução – Normal, Eco, Sport, Escorregadio e Reboque. Quando a tração é integral (ou FX4, como chama a Ford), o modelo ganha outros dois modos – Lama e Areia –, pneus de uso misto, suspensões mais preparadas para off-road, protetor de cárter e controle de velocidade em descidas.

Com rodas de liga leve aro 17 nas configurações a gasolina e de 18 polegadas nas híbridas, a nova Ford Maverick parte de US$ 19.995 nos EUA, o equivalente a pouco mais de R$ 100.000, sem contar o imposto de aquisição. As vendas por lá começam no segundo trimestre deste ano.

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