Fiat Toro: qual o futuro da picape com a chegada da nova Titano?

Com oito anos de mercado, picape intermediária é a próxima da fila para receber novas tecnologias
Diego Dias
Por
04.04.2024 às 17:00
Com oito anos de mercado, picape intermediária é a próxima da fila para receber novas tecnologias

O segmento das picapes médias ganhou uma nova integrante nessas últimas semanas, a Fiat Titano, que estreou com preços competitivos, que vão de R$ 219.990 a R$ 259.990. A questão é que muita gente pode ter se perguntado: como fica agora a Fiat Toro, a irmã menor da Titano que hoje é a terceira picape mais vendida do Brasil?

Primeiramente, vale lembrar que as duas picapes atendem públicos diferentes e não se confrontam no mercado. A Fiat Titano é uma picape feita sobre chassi e concorre no segmento das picapes médias contra Toyota Hilux e Chevrolet S10, por exemplo, sendo que também tem uma proposta mais voltada para o trabalho pesado devido a sua configuração.

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Prova disso é que a Titano tem uma versão mais voltada ao trabalho, a Titano Endurance, que abre mão de pintura no para-choque e traz até rodas de ferro. Por outro lado, tem a maior capacidade volumétrica de carga no segmento com 1.108 litros e pode até levar 1.020 kg de carga. Independentemente da configuração, a Titano sempre contará com uma maior robustez por conta da sua construção.

Já a Fiat Toro é mais próxima a um veículo de passeio, pois é produzida com base monobloco, utilizando assim a plataforma Small Wide de SUVs como o Jeep Commander, Compass, entre outros. Além disso, ela rivaliza diretamente com picapes intermediárias como Renault Oroch e Ford Maverick (que é mais cara), custando entre R$ 146.990 e R$ 212.990.

Nova geração não demora

Vendida no Brasil desde 2016, quando fez sua grande estreia no mercado nacional e mudou o patamar da Fiat, a Toro já carrega consigo bons anos nas costas e pede por uma atualização. A última mesmo foi realizada em 2021, quando a caminhonete recebeu um leve facelift que resultou em nova grade, para-choque dianteiro e capô, além de um farol um pouco mais estreito com iluminação full-LED. Na linha 2024 unificou a grade mais esportiva das versões Ultra e Ranch para toda a gama, e só.

Com oito anos de trajetória, a Fiat Toro é o produto há mais tempo sem novidades relevantes na gama da marca (isso depois do Compass 2.0 Hurricane, que será lançado em breve) e, por isso, deve ser o próximo produto do grupo Stellantis a receber uma grande atualização. Com seu design que marcou época, a Toro tem quase uma década e certamente vai dar trabalho para os designers que pensarão em sua próxima geração, já que desenhos autorais são justamente os mais difíceis de mexer.

Dessa forma não é difícil pensar que ela será a próxima a ganhar uma nova geração, que neste caso seria a segunda na história da picape. Dado este cenário, a nova Fiat Toro deve aposentar de vez a plataforma Small Wide, que já conta com bons anos nas costas para, assim, adotar a nova plataforma STLA Medium.

Toro pode ser primeira híbrida-flex da Fiat

Um ponto interessante é que a nova Fiat Toro baseada na plataforma STLA Medium poderá estrear com motorização eletrificada, pois tal base já atende modelos deste tipo como o próprio Jeep Compass 4xe, um SUV híbrido plug-in que combina o motor 1.3 turbo de 185 cv a outro elétrico para alcançar os 245 cv.

Vale lembrar que no projeto Bio Hybrid a ideia é que o atual 1.0 turbo da Stellantis, que hoje equipada Fiat Pulse e Fastback, Peugeot 208 e Citroën C3 Aircross, receba a tecnologia híbrida-leve. Já o 1.3 turbo de 185 cv e 27,5 kgfm de torque, por sua vez, deve ser o padrão para variantes híbridas do tipo pleno e plug-in.

Porém, ainda não é possível bater o martelo sobre qual a estratégia que será seguida para a nova Fiat Toro, que sem dúvidas poderá surgir até mesmo como o primeiro veículo híbrida-leve flex (MHEV) da empresa no Brasil. Caso receba um motor elétrico para substituir o alternador, tal projeto faria o motor 1.3 T270 flex subir sua potência dos atuais 185 cv para aproximadamente 220 cv, o que não seria nada mal. Por ser um modelo vitrine para a Fiat no país, a escolha da picape para estrear a tecnologia MHEV flex também não seria também má ideia.

Não podemos esquecer que tal plataforma atende ainda carros elétricos do grupo, à exemplo do Peugeot 3008 europeu. Por fim, a plataforma STLA Medium comporta motores elétricos com potência entre 217 cv e 287 cv, mas arriscamos dizer que uma Toro movida apenas por bateria ainda está num horizonte distante – mas se a Fiat precisar, ela estará preparada para isso.

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