Como funcionam os sistemas híbridos da Volkswagen que podem chegar ao Brasil

Hibrído leve ou plug-in e quais os modelos que podem receber o sistema da marca alemã
Vinicius Moreira
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10.04.2025 às 21:03 • Atualizado em 08.05.2025
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Hibrído leve ou plug-in e quais os modelos que podem receber o sistema da marca alemã

A Volkswagen prometeu veículos híbridos dentro do seu investimento total de R$ 20 bilhões até 2028. Os modelos chegarão, assim como um novo motor com fabricação nacional e plataforma (MQB hybrid). No exterior, VW Tiguan (ou Tayron), Golf e T-Roc já são híbridos e é exatamente esses conjuntos que devem chegar ao Brasil em breve.

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Como a Mobiauto adiantou em 2024, os primeiros híbridos flex da marca serão VW T-Cross e Nivus. No entanto, diferente do que era cogitado, os primeiros híbridos não serão do tipo híbrido leve (MHEV), como Fiat Pulse e Fastback, mas sim híbrido pleno (HEV), além de plug-in (PHEV) para outros modelos.

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VW híbrido leve (HEV)

Nos VW europeus, os modelos híbridos plenos combinam o motor elétrico de 48V, que oferta 14 kW (19 cv) e 5,7 kgfm de torque com um 1.5 TSI Evo2 de 150 cavalos de potência e 25,5 kgfm de torque. Uma bateria de 48V é responsável por fornecer energia para a usina elétrica e a potência combinada não foi divulgada. O mais recente a utilizar esse sistema é o VW Tiguan.

Basicamente, esse híbrido leve foca na economia de combustível e menor nível de emissões de poluentes. Não só isso, o motor elétrico atua como um booster para potencializar o desempenho, podendo elevar a velocidade máxima, no caso do Tayron (Tiguan) para 204 km/h. A VW declara que no ciclo WLTP, o Tayron híbrido leve tem um consumo de 16,2 km/l.

Só como comparação, o Haval H6 HEV2 tem um consumo declarado no Inmetro de 13,2 km/l na cidade e 12 km/l na estrada.

VW híbrido plug-in (PHEV)

O Tayron europeu também é equipado com conjunto híbrido plug-in. O mesmo 1.5 TSI Evo2 com 150 cv e 25,5 kgfm é combinado a outros dois motores elétricos, esses últimos abastecidos por uma bateria de íons de lítio de 19,7 kWh, que pode ser recarregada externamente via carga lenta a 11 kW ou rápida em até 50 kW. A transmissão DSG de seis velocidades.

Um dos motores é acoplado a transmissão DSG de seis velocidades, enquanto a outra usina elétrica é uma unidade de potência. Combinados, são 204 cv e 35,7 kgfm de torque na versão básica, 150 cv do 1.5 TSI Evo2 e 115 cv da usina elétrica.

Já na versão superior do SUV, o motor turbo a gasolina é de 177 cv, que combinada com o motor elétrico pode chegar aos 272 cv e 40,8 kgfm de torque.

Motor 1.5 TSI Evo2

O motor 1.5 TSI Evo2 é uma evolução do já conhecido 1.4 TSI que equipa Virtus, Taos, T-Cross, Polo GTS (fora de linha) e o futuro Nivus GTS. São os mesmos quatro cilindros, bloco, assim como a potência e torque. Apesar da expansão na litragem para 1.5L, o foco do propulsor é a eficiência.

Tanto que o propulsor trabalha no ciclo Miller, que atrasa o tempo de expansão da câmara de combustão e diminui a compressão. Essa atuação foca no aumento de eficiência e economia de combustível. Diferente do ciclo Otto, voltado para desempenho. Vale lembrar que a usina será flex, ou seja, apta para etanol e gasolina no tanque.

Outro fator que contribui para a economia de combustível é o gerenciamento inteligente dos cilindros. Batizado de ACTplus, basicamente o segundo e o terceiro cilindros são desativados enquanto o motor atua em baixas rotações. Basta um toque no acelerador para que a dupla volte a operar.

Soma-se a isso o turbo de geometria variável e injeção direta de combustível que gera até 350 bar de pressão, o 1.5 TSI oferta mais potência e torque, permite eletrificação e ainda faz menos esforço para entregar no mínimo os 150 cv e 25,5 kgfm que o 1.4 TSI já oferta.

Já conhecido lá fora, o 1.5 TSI Evo2 será fabricado no Brasil em São Carlos (SP). Assim como no exterior, a usina que pertence à família EA211 vai equipar os futuros modelos híbridos leve e plug-in da Volkswagen no país.

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