Chevrolet S10 é a última picape média flex a ser extinta no Brasil

Com a ascensão do segmento compacto-médio, grandalhonas como S10, Hilux e Ranger apostam todas as suas fichas agora no diesel
LF
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04.01.2022 às 16:09
Com a ascensão do segmento compacto-médio, grandalhonas como S10, Hilux e Ranger apostam todas as suas fichas agora no diesel

Não há mais picapes médias com motor que não seja a diesel – ou elétrico, no caso da JAC Iev330p – no mercado brasileiro. Nesta terça-feira (4), a General Motors confirmou o fim de linha da S10 movida pelo veterano motor 2.5 quatro-cilindros Ecotec 16V flexível, capaz de render 197/206 cv e 26,3/27,3 kgfm (G/E). 

Agora, o modelo segue empurrado apenas pelo 2.8 turbodiesel, que gera 200 cv de potência e 44,9 kgfm de torque com câmbio manual de seis marchas, sendo 51 kgfm quando equipado com uma caixa automática também de seis velocidades. Confira o comunicado da fabricante na íntegra:

Consulte o valor do seu carro na Tabela Fipe 

“A GM informa que, a partir de janeiro, a produção da Chevrolet S10 para o mercado brasileiro será concentrada nas versões equipadas com motor turbo diesel, em sintonia com a atual demanda do consumidor de picapes médias. A empresa anunciou recentemente que trabalha no desenvolvimento da Nova Montana, que irá complementar a linha de picapes da Chevrolet na região, ampliando ainda mais a presença da marca no segmento.”

A morte da S10 flex é mais um reflexo do Proconve L7, nova legislação de eficiência energética e emissões que entrou em vigor no país a partir deste ano. Também foi ele o responsável pela extinção de Joy e Joy Plus, os antigos Onix e Prisma de primeira geração.

Um mês e meio atrás, a Toyota já havia anunciado a descontinuação de Hilux e SW4 com o propulsor 2.7 flex de 159/163 cv e 24,9 kgfm. O motivo foi o mesmo, mas não fica apenas nas questões de legislação.

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Com a ascendência do segmento de picapes monobloco compactas-médias, liderado pela Fiat Toro, a presença de utilitários com caçamba maiores, construídos sobre chassi, providos desse tipo de motorização deixou de fazer sentido. Os índices de vendas ínfimos já vinham indicando a tendência de migração.

Ainda mais quando sabemos que já em 2022 a Toro ganhará a concorrência de Ford Maverick e da nova Chevrolet Montana. E que, nos próximos anos, deve ver ainda o ingresso de outras rivais, como Hyundai Santa Cruz, VW Tarok e um modelo ainda sem nome da Caoa Chery.

Assim, não valeria a pena nem para as duas líderes de mercado, Hilux e S10, manterem suas versões flex em linha, especialmente num cenário em que suas fabricantes teriam que investir em atualizações dos motores e de todo o sistema de alimentação e escapamento das picapes.

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