Caoa Chery tem reclamações por falta de peças e demora chega a 4 meses

Problema atinge do SUV compacto de entrada Tiggo 5X a modelos mais caros, como Tiggo 8 Pro
Diego Dias
Por
09.06.2023 às 17:00
Problema atinge do SUV compacto de entrada Tiggo 5X a modelos mais caros, como Tiggo 8 Pro

A operação da Chery no Brasil está aos cuidados da Caoa desde 2017, quando um novo direcionamento foi dado para a marca chinesa no mercado nacional. A partir daí uma série de novos produtos foram lançados, com foco principal no segmento de SUVs e produtos de maior valor agregado.

Mais sofisticados sob o comando da parceria sino-brasileira, os modelos da Caoa Chery agora enfrentam problemas com faltas de peças em concessionárias. Atualmente, a o portfólio da marca conta com Tiggo 5X, Tiggo 7, Tiggo 8, Arrizo 6 e iCar. Os três primeiros são vendidos em versões a combustão e híbridas, o sedan apenas como híbrido e o último, só elétrico.

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Alguns desses modelos, até mesmo outros que já saíram de linha, como os SUVs Tiggo 2 e Tiggo 3X, estão com muitas reclamações por conta de falta de peças. Os proprietários insatisfeitos comentam em grupos de carros da marca nas redes sociais e publicam suas reclamações em sites como o Reclame Aqui.

As queixas

As reclamações são um tanto diversas que, como citamos logo acima, atingem praticamente toda a gama comercializada atualmente pela Caoa Chery. Além de veículos novos e mais antigos, há também modelos que saem da loja 0km e que apresentam problemas com pouca quilometragem, sendo depois submetidos a longas paradas nas oficinas autorizadas da empresa.

Neste relato do site Reclame Aqui, o proprietário de um Tiggo 5X 2021 aponta que teve problemas com câmbio automático com apenas 14.000 km rodados. Segundo o relato, a concessionária não tem peças de reposição e que não há um prazo para entregá-las e assim fazer o reparo.

Em outras queixas do utilitário é comum ver até peças básicas, como portas e rodas, sem estoque. Além disso, há reclamações de donos que não conseguem dar a partida no carro, bem como reclamações por trancos excessivos e aquecimento na transmissão automatizada de dupla embreagem DCT6.

este caso apontado também no site chama a atenção pelo tempo que o proprietário está sem o carro: nada menos do que quatro meses. De acordo com o dono de um Tiggo 2 2020, seu carro sofreu uma colisão que acabou afetando a roda do veículo, o que deixou o carro sem possibilidade de rodar. A justificativa da concessionária, segundo ele, é que não há peças e nem mesmo prazo para entregá-las. Vale lembrar que o Tiggo 2 saiu de linha no ano passado.

Nas redes sociais as queixas são parecidas. Uma proprietária de um Tiggo 5X 2020 disse que seu carro acendeu a luz de injeção e que o SUV estava perdendo força, motivo que o levou a ser guinchado até a concessionária em março deste ano.

Desde então o veículo encontra-se parado, fora que a dona apontou que o veículo ficou um mês passando por diagnóstico para localizar o problema. Nesse caso, algumas das peças foram entregues, mas não o suficiente para sanar o problema. A má notícia? Faltam chegar mais componentes e, de novo, sem previsão de entrega.

A falta de componentes afeta também um dos modelos mais caros à venda pela Caoa Chery no Brasil: o Tiggo 8. Em grupos das redes sociais há proprietários que reclamam por estarem esperando há 50 dias por peças do SUV grande de 7 lugares. Como publicamos recentemente em nossa seção de manutenção, é comum depoimentos de donos do utilitário sobre defeitos no coxim do motor, que é apontado nesta queixa no site do Reclame Aqui. E detalhe: a peça não está incluída dentro da garantia.

Mercado

Atualmente a Caoa Chery é a 12ª marca mais vendida do mercado brasileiro, ficando atrás de fabricantes como Peugeot e Citroën. No acumulado de vendas até maio a marca sino-brasileira emplacou 7.830 unidades.

Recentemente, a empresa lançou o novo Tiggo 5X Sport por R$ 119.990, modelo este que certamente vai ampliar o número de vendas da Caoa Chery.

A redação da Mobiauto entrou em contato com a marca para saber como está resolvendo o problema de falta de peças, mas não foi respondida até a publicação da reportagem.



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