5 grandes feitos das mulheres no mundo automotivo

Relembre grandes nomes femininos da indústria automotiva para comemorar mais um Dia Internacional da Mulher
Camila Torres
Por
08.03.2023 às 12:00
Relembre grandes nomes femininos da indústria automotiva para comemorar mais um Dia Internacional da Mulher

Mais um dia 8 de março para lembrar a força da mulher. Hoje não queremos relembrar apenas as lutas das mulheres, que são diárias, mas também suas vitórias - que foram muitas! 

Esse texto é a nossa mais singela homenagem a todas as mulheres. O mundo sempre contou com mulheres revolucionárias e, nesse exato momento, em vários lugares do globo, várias delas estão trabalhando em algo grandioso para a nossa humanidade.

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É muito complexo fazer um texto para mulheres. Mais difícil que qualquer texto técnico, que avaliar um Porsche ou escrever um guia de compra sobre como investir da melhor forma o seu dinheiro em um veículo. 

Por mais que nos esforçamos, nunca seremos capazes de listar todas as mulheres que mereciam estar aqui, muito menos enumerar suas peculiaridades e qualidades. Por isso, nos restringimos a uma lista de cinco delas que marcaram o segmento automotivo. 

Vale ressaltar que não estamos falando sobre as melhores ou maiores, isso não é uma competição. Mas são nomes notáveis para indústria e que fizeram história em tempos nenhum um pouco favoráveis para mulheres interessadas no setor.

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5 Mulheres que revolucionaram o mundo automotivo 

Shirley Muldowney: Você gosta de correr?

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Dirija como uma menina, dirija como Shirley Muldowney! Você gosta de acelerar? Talvez não tanto quanto ela. Duvida? 500 km/h parece o bastante para você? Ah, meu amigo, ela poderia voar. 

Muldowney ficou internacionalmente conhecida por correr no Top Fuel, uma categoria de Drag Racing. É basicamente uma prova de arrancada em linha reta que o piloto pode chegar perto dos 540 km/h em uma distância de 305 metros. Quem cumprir a prova no menor tempo, vence.  

Em 1977, ela ganhou a prova pela primeira vez. Um feito gigantesco para qualquer pessoa, mas principalmente para uma mulher na década de 70 em um esporte considerado tão masculino. 

Espera que a história não acaba por aqui. Em 1980 e 1982, ela ganhou novamente o Top Fuel, sendo a primeira pessoa a ser campeã três vezes na mesma categoria. Uma lenda que está viva até os dias de hoje. 

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Bertha Benz: a grande mulher por trás da Mercedes

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Bertha Benz pode ser facilmente conhecida pelo sobrenome, e é a pessoa responsável por dar um baita empurrão na carreira de Karl Benz, um dos fundadores da Mercedes-Benz. 

Essa, sem dúvidas, é uma das melhores histórias do mundo automotivo, afinal, Bertha Benz foi a primeira pessoa a realizar uma viagem em um carro particular. 

Em 1888, carros ainda não passavam de um invento. Karl Benz trabalhava em seus protótipos chamados Motorwagen, que ainda passavam muita estranheza e insegurança para as pessoas da época. 

Certo dia sua esposa decidiu viajar até a casa da mãe que ficava a 106 quilômetros de distância. Acordou cedo, convocou seus dois filhos de 13 e 15 anos para a aventura. Para que seu plano não fosse frustrado, ela e os filhos empurraram o carro até uma distância suficiente para que o marido não ouvisse quando a partida no motor fosse dada. 

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Por uma estrada precária, Bertha encarou sua primeira viagem de carro com os filhos. Era um veículo de três rodas, com motor de 2,5 cv e que chegava a 40 km/h. Sem GPS, ela seguiu as marcas no chão deixadas pelas carruagens para não se perder. 

No trajeto, o carro quebrou algumas vezes, mas ela sabia o que fazer, pois sempre se interessou por mecânica e observou atenciosamente seu marido realizando os ajustes no Motorwagen. 

Esperta e determina, fez do alfinete do seu chapéu uma ferramenta para limpar o cano de combustível, usou uma de suas cinta-liga para isolar o fio de ignição e criou até uma lona de freio pelo caminho. 

Chegou ao destino após 12 horas de estrada e atraindo muitos curiosos. Quando decidiu retornar para sua casa, jornalistas a esperavam. Com isso, o Motorwagen se tornou conhecido e uma série de encomendas foram feitas. 


Florence Lawrence: seta, por favor!

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Enquanto muitas mulheres são subestimadas no trânsito exclusivamente pelo seu gênero, foram elas que criaram várias soluções que não conseguiríamos ficar sem. Tanto que as setas indicadoras de direção e o alerta de frenagem, são obrigatórios em todos os veículos até hoje. 

Florence Lawrence, conhecida também por ser a primeira estrela de cinema lá pelos idos de 1910, foi a criadora da seta, que na época se tratava de bandeirinhas atrás do paralamas do carro. Quando acionadas através de botões ou alavancas no habitáculo, a bandeirinha da esquerda ou da direita se levantava. 

O alerta de frenagem também foi ideia dela, só que não por luzes de freio como temos hoje. Quando o motorista pisava no pedal de freio, uma placa com a palavra “Stop” ( ou “Pare”, traduzido do inglês) se levantava para alertar ao motorista que estava atrás. 

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Mary Anderson: inventora do limpador de para-brisa

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Por volta de 1902, em uma viagem até Nova Iorque, nos EUA, Mary Anderson ficou incomodada com o trânsito caótico causado principalmente devido ao clima de inverno, que comprometia a visibilidade. 

Então, ela rascunhou em seu caderno o primeiro limpador de para-brisas. Era algo como um rodo que poderia ser acionado através de uma manivela na cabine e não muito diferente do que temos atualmente – só que totalmente mecânico.

Porém, sua invenção, que é indispensável nos dias de hoje, pareceu pouco útil para a época. Afinal, naquele momento não havia tantos carros e o para-brisas ainda era um item removível.

Depois de alguns anos, o limpador de para-brisas ganhou espaço e se tornou popular. Só que não através de Anderson e sim de outras patentes. Porém, toda a indústria a reconhece como a grande criadora da tecnologia. 

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Denise McCluggage: no hall da fama automotivo 

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Denise McCluggage se destacou por ser um grande nome na indústria automotiva. Ela foi uma das primeiras mulheres a atuar como jornalista automotiva, um segmento que até hoje é majoritariamente masculino e que era muito hostil para o sexo feminino na década de 60. 

Mas McCluggage nunca se permitiu desacelerar e enfrentou todos os desafios e pesares da profissão que escolheu. Em entrevista ao Automotive Hall of Fame, ela contou que era submetida a situações muito diferentes dos outros jornalistas: 

“Eu tinha que entrevistar pilotos através das cercas de arame porque eles não permitiam que mulheres entrassem no pit, na garagem, ou na área de imprensa da Indy. Me falaram que as pessoas não iriam aceitar notícias escritas por uma mulher”, relembrou. 

Criadora do site especializado na imprensa automotiva AutoWeek, ela não se restringiu apenas ao jornalismo, e também foi piloto, fotografa e esquiadora. 

Com tantos feitos, em 2001, McCluggage foi a primeira profissional mulher de jornalismo a ser indicada ao hall da fama automotivo fundado em 1939 e que conta com quase 300 nomes. 

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Agradecimentos

Shirley Muldowney, Bertha Benz, Florence Lawrence, Mary Anderson e Denise McCluggage foram apenas algumas das muitas mulheres que fizeram história - e não apenas do mundo automotivo - mostrando os efeitos da essência feminina. 

A elas e a todas as outras, deixamos aqui todo nosso respeito e mais sinceros agradecimentos por terem quebrado paradigmas, revolucionado e ido muito além de qualquer limite que lhe foram colocadas. 

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