VW Tarok enfim tem data de chegada para peitar a Toro e matar a Amarok

Picape compacta-média derivada do SUV Taos será produzida na Argentina, mas ainda terá alguns anos até o lançamento. Má notícia é que vai dar ruim para a Amarok

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Por Leonardo Felix

01.09.2021 às 09:30

O projeto VW Tarok – que, assim como o Tarek, que originou o SUV atualmente conhecido como Taos, é um nome provisório e que pode ser alterado no lançamento do modelo – deve finalmente sair do papel, após anos de espera desde a apresentação de um protótipo da futura picape rival da Fiat Toro, no Salão do Automóvel de São Paulo de 2018.

Mão não será tão já. Segundo um informe da consultoria internacional IIHS Markit, divulgado pelo jornal argentino Ámbito Financiero, o modelo está previsto para sair do papel apenas daqui a quatro anos, em 2025. A informação vai ao encontro do que foi publicado recentemente pelo colega Marlos Ney Vidal, do site Autos Segredos.

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Conforme eu venho escrevendo desde 2018, no UOL, depois em 2020, na Quatro Rodas, e mais recentemente no ano passado, já aqui na Mobiauto, a Tarok utilizará a plataforma MQB A e aproveitará boa parte da estrutura do Taos, de quem será uma espécie de irmã gêmea. Por isso seu código original de projeto é o VW317, enquanto o do Taos era VW316.

Do SUV, a picape deve herdar boa parte da carroceria – do balanço dianteiro até a coluna B –, da cabine e do painel, recebendo ajustes visuais, de estamparia e de acabamento. Da segunda fileira de assentos para trás, terá elementos inéditos, incluindo um entre-eixos alongado para perto dos 2,99 m da Toro e caçamba com capacidade de carga de 1 tonelada.

Picape compacta-média derivada do SUV Taos será produzida na Argentina, mas ainda terá alguns anos até o lançamento. Má notícia é que vai dar ruim para a Amarok

Apresentada como conceito em 2018, Tarok deve mudar de nome e atualizar visual na versão de produção, mas será diretamente derivada do SUV Taos (Projeções: Kleber Silva/@kdesignag)

Isso porque a Tarok, também conforme venho informando desde 2018, deve trazer o atual motor 2.0 TDI quatro-cilindros turbodiesel de 180 cv e 42,8 kgfm da Amarok nas versões de topo, a fim de brigar com a Toro 2.0 4x4 MultiJet.

Tal trem de força seria quase 100% extraído da Amarok, incluindo a tração integral 4Motion, o bloqueio de diferencial e o câmbio automático de oito marchas da ZF, com as primeiras velocidades operando como reduzida.

Já as opções de entrada devem trazer propulsão turboflex, mas não se espante se a Tarok for um dos seis modelos híbridos flex que a VW promete lançar no Brasil nos próximos cinco anos. Qual motor seria desenvolvido para isso? Este ainda é um grande mistério.

Apesar do chassi monobloco e das dimensões menores, a Tarok será na prática uma substituta da Amarok na linha de produção de General Pacheco (localizado na região metropolitana de Buenos Aires, a capital da Argentina).

Motorização do conceito era 1.4 TSI, mas da Tarok da vida real deve ser turbodiesel e, possivelmente, turboflex híbrida (Divulgação/Volkswagen)

Inicialmente, a VW produziria uma nova geração da picape média junto com a Ford (que já confirmou o investimento para fazer a nova geração da Ranger em solo hermano), mas desistiu desse projeto na América Latina. A Amarok deve, então, ser aposentada em nosso mercado logo antes do início da produção da Tarok.

O informe divulgado pela IHS Markit seria a primeira consequência de um pacote de investimentos do governo federal argentino para fomentar a indústria automobilística local. Além da Tarok, ele divulga que uma nova geração do Fiat Doblò e o SUV Ford Everest, derivado da picape Ranger, começarão a ser produzidos por lá nos próximos anos.

Além da Toro, a Tarok deve encarar a Ford Maverick e a Hyundai Santa Cruz no mercado brasileiro.