VW Polo 50 anos: como o hatch deu vida a três novos SUVs no Brasil
Não é fácil ser chamado de cinquentão, ainda mais chegar com essa história sendo o carro de passeio mais vendido pelo segundo ano seguido no Brasil. Claro que, por aqui, o Volkswagen Polo estreou em 2002, quando já tinha seus sóbrios 32 anos de história. Mesmo assim, o hatch foi o responsável por iniciar uma era que acabou dando origem a outros três novos SUVs da marca alemã.
Mas como um hatch pode ter servido como base para a chegada de SUVs? Simples, o VW Polo foi o responsável por estrear a plataforma MQB A0, uma base modular que deu certo e tornou o caminho mais fácil para a chegada de VW Nivus, VW T-Cross e VW Tera – que estreia neste semestre.
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O VW Nivus é o mais parecido com o irmão hatch. Até o entre-eixos do Polo e do SUV são os mesmos: 2,56 metros. Como a MQB A0 é modular, permite compartilhar a mesma base veículos de diferentes segmentos.
A plataforma estreou em 2017 no Brasil com o Polo e, inicialmente, estava prevista para estar em outros quatro modelos. O Virtus foi o segundo a nascer da plataforma, o T-Cross veio na sequência, e o último produto (até agora) foi o Nivus.
O próximo produto com essa estrutura será o VW Tera, posicionado como o SUV de entrada da marca alemã, abaixo do Nivus. Pouco se sabe do modelo inédito, mas certo é que ele terá praticamente as mesmas dimensões que as do Polo.
A modulação da plataforma permitiu também o uso de motorizações diferentes. No Polo, por exemplo, temos desde o 1.0 MPI aspirado, que rende até 84 cv de potência e 10,3 kgfm de torque.
Nas versões superiores ainda temos o 1.0 170 TSI, que oferta até 116 cv de potência e 16,8 kgfm de torque. Para Virtus, Nivus e T-Cross de entrada a calibração é um pouco diferente, tendo também a versão 200 TSI, que rende 128 cv e 20,4 kgfm.
No Polo GTS, T-Cross Highline e Virtus Exclusive, o 1.4 TSI de quatro cilindros, que rende 150 cv e 25,5 kgfm de torque. Um propulsor maior, o qual mostra toda versatilidade da plataforma MQB A0.
Todas essas variações foram possíveis devido ao sucesso que o VW Polo conquistou em sua sexta geração no Brasil. Sem falar que, em terras brasileiras dominadas pelo SUVs, o hatch substituiu o VW Gol a altura, com o Polo Track, e mantem a chama dos hatches acesa.
Repórter
Encontrou no jornalismo uma forma de aplicar o que mais gosta de fazer: aprender. Passou por Alesp, Band e IstoÉ, e hoje na Mobiauto escreve sobre carros, que é uma grande paixão. Como todo brasileiro, ainda dedica parte do tempo em samba e futebol.