VW Fusca 1965 é o 1º carro a receber nova placa preta Mercosul. Veja

Formato foi adaptação do projeto original para veículos de coleção do país não perderem o “charme”, mas ele só vale dentro de nosso território
LF
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06.06.2022 às 11:00
Formato foi adaptação do projeto original para veículos de coleção do país não perderem o “charme”, mas ele só vale dentro de nosso território

A nova placa preta padrão Mercosul, uma solução criada pelo governo para contentar colecionadores de automóveis brasileiros, entrou em vigor no início deste mês. A Mobiauto contou como ficará a legislação neste outro artigo.

Faltava ver como os automóveis de coleção ficaram seguindo o novo padrão de identificação. Não falta mais. Este VW Fusca 1965 pode ter sido o primeiro automóvel no Brasil a receber a placa renovada. Pelo menos no Paraná ele foi o primeiro, conforme divulgado no último dia 2 pelo Detran (Departamento Estadual de Trânsito) daquele Estado.

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O Fusca 65 que recebeu a primeira placa preta Mercosul

Para marcar a estreia do formato, o Sindicato das Empresas Estampadoras de Placas Automotivas do Estado do Paraná (Seepa-PR) chegou a fazer um evento, no qual colocou o diretor-geral do departamento, Adriano Furtado, para estampar a placa AJY-8G62 que identificará o Fusca.

Antônio Carlos Domanski Junior, à esquerda, junto dos diretores do sindicato das estampadoras e do Detran-PR

O veículo, por sua vez, pertence ao empresário Antônio Carlos Domanski Junior, morador da capital, Curitiba. “O retorno da placa preta foi uma conquista, melhor caracterizando os veículos de coleção. Para mim, foi uma honra ter sido um dos primeiros a ter a placa instalada. Estava ansioso por este momento”, declarou o colecionador.

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Carros de coleção terão “duas placas”

A nova placa preta padrão Mercosul

Como o nome diz, a placa padrão Mercosul não foi adotada apenas no Brasil. É resultado de um esforço de padronização entre as placas de identificação de veículos de diversos países do bloco sul-americano. Por isso mesmo, também é usada em Argentina, Paraguai e Uruguai. Na Bolívia, está presente apenas em caminhões que fazem trajetos que ultrapassam suas fronteiras.

Por aqui, um dos principais impactos desse novo padrão seria a extinção da chamada placa preta. Afinal, o novo formato previa o uso padronizado de chapas com fundo branco e uma tarja azul no topo identificando o país de origem do veículo. Seria somente a cor das letras e números, não mais o fundo, o fator de diferenciação entre os diferentes tipos de veículo.

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No caso dos automóveis de coleção, a placa teria o código alfanumérico em tom prata. Colecionadores de automóveis antigos começaram a reclamar que a mudança acabaria com um dos principais charmes de um veículo de coleção, a placa preta, que identifica de longe um carro com mais de 30 anos de uso que conserva boa parte de sua originalidade.

O governo brasileiro, então, abriu uma exceção e voltou a regulamentar o uso de placa padrão Mercosul com fundo preto. Ela é composta pela mesma tarja azul no topo, porém com fundo negro e códigos alfanuméricos brancos.

https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Placa+Mercosul/Placa+Preta/VW+Fusca+1965/VW+Fusca+1965+placa+preta+Mercosul+estampada.jpg

Uma particularidade é que esse tipo de identificação será permitido somente dentro do território brasileiro. Quem resolver viajar com seu modelo de coleção para fora do país terá de trocar as chapas de fundo preto pelas brancas com letras e números prateados.

Imagens: Divulgação/Detran-PR

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