Volkswagen proíbe venda de Towner japonesa transformada em Kombi
Muito famosos no Japão, os Kei cars são subcompactos de vários segmentos, porém com dimensões reduzidas. Aqui no Brasil, talvez o Kei mais conhecido é a Asia Towner, que serviu de veículo comercial por vários anos. Pois bem, uma dessas minivans, a Daihatsu Atrai, ano 1998, foi colocada à venda após ser transformada em uma Volkswagen Kombi. Claro que a marca alemã não gostou nada disso.
É normal ver pela internet veículos transformados, como um Cyberfusca, versão brasileira da picape elétrica. Só que a transformação da minivan em Kombi foi o suficiente para chamar a atenção da Volkswagen, que pediu a retirada do anúncio de venda do R$ 180.348.
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A Kombi versão japonesa estava anunciada no Cars & Bids, um site de leilão, que emitiu um pronunciamento nos comentários do próprio anúncio.
“No início desta semana, recebemos uma carta de cessação e desistência de uma empresa que representa a VW da América do Norte, afirmando que o design desta van infringe várias de suas marcas registradas — incluindo seu logotipo, bem como o design do VW Bus. Não acreditamos que haja qualquer mérito nessas alegações. No entanto, queremos garantir que nem o vendedor nem o vencedor do leilão encontrem quaisquer problemas e, como resultado, tenham tomado a difícil decisão de cancelar este leilão.”
O que levanta a pergunta óbvia: por que a Volkswagen se importa se alguém coloca emblemas e tintas falsas em um veículo que, para a maioria das pessoas, nunca, jamais será confundido com um Microbus Tipo II real? Bem, a realidade é que, até certo ponto, ela tem que ir atrás desses veículos.
No anúncio, consta que a parte mecânica da Daihatsu Atrai foi mantida. Assim, o motor da minivan tem 659 cilindradas, o câmbio é automático de três marchas, além do modelo ter tração 4x4.
Outro ponto que lembra a Towner vendida aqui é a pouca rodagem da Atrai, com apenas 37.200 km rodados. Afinal, era mais fácil encontrar uma Towner estacionada, servindo de lanchonete móvel, do que rodando por pelas ruas.
Repórter
Encontrou no jornalismo uma forma de aplicar o que mais gosta de fazer: aprender. Passou por Alesp, Band e IstoÉ, e hoje na Mobiauto escreve sobre carros, que é uma grande paixão. Como todo brasileiro, ainda dedica parte do tempo em samba e futebol.