Você pagaria R$ 200.000 neste Logan de corrida com motor de Sandero RS?
O Renault Logan é um projeto de baixo custo desenvolvido para mercados emergentes pela Dacia, marca romena que pertence à Renault há mais de 20 anos.
Sem pretensões esportivas, o pacato sedan compacto é geralmente reconhecido pelo bom espaço interno e robustez, o que faz dele um dos carros preferidos dos taxistas e motoristas de aplicativos aqui no Brasil.
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Mas em seu país de origem, a Romênia, um Dacia Logan serviu de base para um projeto inusitado. O piloto profissional Cosmin Ion anunciou em um grupo no Facebook um Logan de segunda geração (que é vendido atualmente no Brasil) transformado em carro de corrida.
De acordo com o anúncio, o três-volumes sofreu profundas modificações em 2020 para participar de provas de subidas de montanha, nas quais os veículos têm de completar um percurso em subida no menor tempo possível.
Segundo o criador do projeto, as únicas partes originais do carro são o chassi e os faróis. A carroceria foi toda refeita em fibra de vidro para reduzir o significativamente o peso do veículo, que recebeu para-choques com spoilers e difusores para favorecer a aerodinâmica em altas velocidades.
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O vendedor diz que os moldes da carroceria acompanham o carro para que o comprador possa confeccionar novas peças, em caso de quebra provocada em um eventual acidente. Dois jogos de rodas de liga leve de 17 polegadas de competição, calçadas em pneus Avon e Michelin, serão enviadas junto com o veículo.
Já o interior do Logan foi todo refeito, mantendo apenas os instrumentos necessários para a orientação do piloto, os bancos de competição OMP com cintos de segurança de seis pontos, o volante Momo e o freio de mão de corrida, para auxiliar no contorno de curvas fechadas. Para garantir segurança, a cabine é protegida com uma gaiola tubular e sistema de extinção de incêndio.
Pesando apenas 1.050 kg – graças à carroceria de fibra e às janelas de plexiglass no lugar dos vidros – o Logan de corrida deve entregar bom desempenho proporcionado pelo veterano motor F4R, descontinuado na Europa há uns bons anos.
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Esse propulsor 2.0 de quatro cilindros é o mesmo utilizado pelo Renault Sandero RS fabricado no Brasil até o ano passado.
Bastante modificado e sobrealimentado com um turbocompressor, o motor entrega cerca de 220 cv de potência, segundo o dono do carro. Essa cavalaria é despejada nas rodas dianteiras e o câmbio original foi substituído por uma caixa sequencial Sadev de seis marchas.
Para lidar com o maior desempenho, o Logan recebeu suspensões de competição com três níveis de ajuste e freios a disco nas quatro rodas.
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Como era de se esperar, o preço pedido por um carro modificado para participar de corridas está longe de ser baixo. O vendedor pede pelo Logan de corrida a bagatela de 36 mil euros, cerca de R$ 194.000 na cotação atual.
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Jornalista Automotivo