Quanto será a redução real no preço dos combustíveis
A Petrobras anunciou, na última terça-feira (16), o fim da política de Paridade de Preço de Importação (PPI) para gasolina e diesel. Como consequência, os preços dos combustíveis fósseis foram reduzidos em 12,8% para diesel e 12,6% para gasolina, baixando R$ 0,44 e R$ 0,40, respectivamente.
Para quem não está familiarizado, a PPI basicamente regulava os preços dos combustíveis de acordo com a precificação do barril de petróleo no mercado internacional e também a cotação do dólar. Com a queda, a nova política vai avaliar o “custo alternativo do cliente” e um “valor marginal para a Petrobras” para adotar novos preços.
No bolso do consumidor é diferente
Embora a entidade tenha divulgado a redução na casa das quatro dezenas de centavo, o consumidor verá uma redução menor na bomba de combustível. Esses novos preços são para os litros vendidos para as distribuidoras, e os combustíveis ainda terão a adição de impostos (26,1%), custo do etanol na mistura (15,1%) e o lucro dos postos (16,6%), antes de chegar ao tanque dos carros.
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Com isso, de acordo com a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil), a redução prática deve ser de R$ 0,29 por litro de gasolina no bolso, por exemplo.
Preço igual em todo o Brasil
Vale lembrar que os brasileiros terão pouco tempo para aproveitar essa redução nos preços, já que em 1º de junho haverá uma alta já programada.
Afinal, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) terá um valor único em todo o Brasil de R$ 1,22, a partir da data citada acima. Hoje em dia temos essa taxa definida individualmente por cada estado, e que custa R$ 1,08.
A boa notícia é que o fato desse índice não ser padronizado em nosso território é o motivo para não termos o mesmo preço dos combustíveis em todos as unidades federativas. Com a unificação, as etiquetas devem ser iguais em todo o país a partir do próximo mês - ou bem próximas.
Vigilância contra fraude
Com algumas suspeitas de aumentos irregulares dos preços dos combustíveis após o anúncio da Petrobras, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), enviou ofício aos Procons para fiscalização desse tipo de prática.
A ideia é justamente assegurar que os novos valores serão praticados, conta Wadih Damous, secretário Nacional do Consumidor. “Nós queremos monitorar se essa redução chegou ao bolso das consumidoras e dos consumidores. Neste sentido eu solicitei aos Procons de todo o Brasil que exerçam a devida fiscalização”, justificou.
Jornalista Automotivo