Por que o Nissan Kicks atual vai conviver com a nova geração

Marca japonesa confirmou os planos de manter duas gerações do SUV compacto em linha no Brasil
Renan Rodrigues
Por
20.03.2024 às 13:00
Marca japonesa confirmou os planos de manter duas gerações do SUV compacto em linha no Brasil

A Nissan confirmou na última terça-feira, 19, que fabricará a nova geração do Nissan Kicks no Brasil, mais precisamente em seu complexo industrial de Resende, no Rio de Janeiro. Não só isso, a marca também confirmou que o atual Kicks irá conviver com a novidade.

A Mobiauto já havia antecipado essa informação em julho de 2023. Antes disso, em abril de 2022, a Mobiauto já havia confirmado os planos para a chegada da nova geração. No entanto, sua produção está atrasada graças ao roubo do maquinário fabril no México.

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Os planos da Nissan são ousados, já que a ideia é quadruplicar a produção. Atualmente, são produzidos cerca de 50 mil unidades por ano. A capacidade produtiva total é de 100 mil exemplares, mas a ideia é chegar aos 200 mil carros feitos por ano.

Portanto, para que isso seja alcançado, a ideia é ter dois Kicks brigando em patamares diferentes do mercado. O modelo atual estará na base do segmento de SUVs, brigando com versões mais caras de Fiat Pulse, Renault Kardian e Volkswagen Nivus, além das versões mais baratas dos rivais tradicionais, como Jeep Renegade e Volkswagen T-Cross.

Já a segunda geração, que não sabemos como a Nissan irá distinguir na questão dos nomes – seria a volta do V-Drive como ocorreu com o Versa? -, concorreria diretamente com os novos Hyundai Creta, Honda HR-V e o futuro Toyota Yaris Cross, que são (ou serão) SUVs compactos com ticket médio mais alto.

Dessa forma, mesmo que não traga um SUV menor que o Kicks para o Brasil, a Nissan conseguiria competir nas duas faixas do mercado.

Como será o Novo Nissan Kicks

A carroceria, o visual e a arquitetura elétrica do Kicks G2 serão inteiramente novos, prevendo equipamentos como sistema ADAS de assistências ativas de segurança, com frenagem autônoma emergencial e ACC (controle de cruzeiro adaptativo).

A plataforma será a CMF-B, quer dizer, a RGMP, que é o nome dado para a plataforma modular da Renault no Brasil - mas são basicamente a mesma base. Há diferenças apenas na estrutura dos balanços dianteiro e traseiro.

Em termos visuais, terá queda mais acentuada da coluna C, que indica ser um SUV cupê, e a dianteira receberá forte inspiração no Pathfinder chinês.

Ou seja, teremos um SUV com uma grade frontal robusta e repleta de linhas horizontais bem-marcadas. No irmão maior, as luzes de condução diurna se misturam com a grade deixando parte dela iluminada. Não há como saber se o Kicks receberá a mesma filosofia de design, no entanto, podemos esperar que ele tenha o conjunto de iluminação dividido em duas partes – afinal, isso virou moda na indústria.

Os motores e câmbio já são conhecidos, estamos falando dos 1.0 e 1.3 TCe, ou seja, os motores turbo usados pelos Renault Duster e Kardian. Já a transmissão é a automatizada de dupla embreagem que estreou no Kardian. Vale lembrar que tanto os motores, como câmbio e plataforma são adequados para modelos híbridos.

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