Novo Jeep Compass: 5 coisas que queríamos que mudasse no SUV

SUV compacto-médio mais vendido no país será renovado em breve, e estes são os cinco itens que, para a Mobiauto, mais precisam de mudanças
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29.03.2021 às 16:36
SUV compacto-médio mais vendido no país será renovado em breve, e estes são os cinco itens que, para a Mobiauto, mais precisam de mudanças

Não é exagero dizer que o Jeep Compass é um dos carros mais importantes lançados no Brasil nos últimos cinco anos. Afinal, sua chegada estabeleceu novos padrões para o mercado de SUVs, mostrando que existe demanda por modelos maiores que um Honda HR-V, Jeep Renegade, VW T-Cross, Chevrolet Tracker, Nissan Kicks ou Hyundai Creta.

Enquanto as concorrentes povoavam até a saturação o segmento de SUVs compactos, o Compass passou a reinar sozinho desde setembro de 2016 no andar de cima, sendo o único produto nacional de porte compacto-médio brigando com uma série de rivais importados.

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Mudanças na dianteira do Compass serão sutis

Só em 2021, cinco anos depois, as primeiras concorrentes despertaram para esse nicho ainda pouco explorado: a Toyota, com o recém-chegado Corolla Cross, e a Volkswagen, com o Taos.

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Antecipando-se a isso, a Stellantis deve apresentar no começo de abril o facelift do Compass brasileiro. Como a Mobiauto adiantou em novembro, o modelo receberá mudanças visuais sutis por fora, porém com uma forte reformulação dentro da cabine, além da estreia do motor 1.3 turboflex de 180 cv e a recalibração do propulsor 2.0 turbodiesel para mais de 200 cv.

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Novos para-choques devem deixar o Compass levemente mais comprido

Se as atualizações serão suficientes para mantê-lo soberano, só o tempo dirá. De qualquer forma, resolvemos fazer um exercício e apontar cinco elementos ou detalhes do projeto que a Stellantis não apenas deveria, como precisa ajustar neste facelift.

Será que nossas expectativas serão cumpridas? Veja a “lista de desejos” e diga nos comentários o que mais você gostaria que mudasse no novo Compass em relação ao atual.

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Traseira vai mudar menos ainda

Maior eficiência em consumo

Talvez uma das características do Compass que mais incomodem seus proprietários seja o elevado consumo de combustível da configuração 2.0 Tigershark flex. Também pudera: além de o motor, com seus bons 166 cv de potência, ser cria antiga da casa, é responsável por empurrar um SUV com cerca de 1.550 kg, até 150 kg a mais que um Corolla Cross XRE 2.0.

Resultado: no programa de etiquetagem veicular do Inmetro, o Compass registra 6,1 e 7,5 km/l com etanol, respectivamente nos ciclos urbano e rodoviário, sendo 8,8 e 10,8 km/l quando abastecido com gasolina. Como comparação, o Corolla Cross 2.0 flex alcança 8 e 9 km/l bebendo o combustível vegetal, sendo 11,5 e 12,8 km/l com o derivado do petróleo.

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Motor 2.0 Tigershark do Compass atual

A estreia da usina GSE T4, um quatro-cilindros turbo com 16 válvulas (quatro por cilindro), injeção direta e sistema MultiAir, que proporciona uma variação inteligente do tempo e da amplitude da abertura das válvulas de admissão, deve resolver essa questão, tornando o Compass flex bem mais eficiente.

Ao mesmo tempo, sua potência subirá de 159 cv com gasolina para 180 cv e o torque, de 19,9 para 27,5 kgfm. Se o combustível for o etanol, os valores devem aumentar de 166 cv e 20,5 kgfm para cerca de 185 cv e 28 kgfm. 

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Porta-malas maior

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Porta-malas do Jeep é o menor da categoria e precisa crescer

Com os atuais 410 litros de capacidade, o Compass tem um porta-malas menor que os 440 litros do Corolla Cross e bem menor do que os 498 litros que serão oferecidos pelo VW Taos. O volume, inclusive, é menor que os 437 l de um Honda HR-V, os 432 l de um Nissan Kicks e e os 431 l de um Hyundai Creta, SUVs do segmento compacto.

Em outros mercados, o bagageiro do Jeep chega a 438 litros. A ver se a Stellantis vai aproveitar a oportunidade para rearranjar o espaço do compartimento e fazer esse número aumentar também no Brasil, assim como fez no passado com o Renegade.

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Central multimídia e GPS com menos bugs

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Central do Compass será totalmente nova, mas resolverá de vez os velhos problemas?

Já virou uma espécie de tradição esperar que a central multimídia dos modelos da antiga FCA, atual Stellantis, apresente problemas após pouco tempo de uso. Travamentos e apagões de tela, sensibilidade ao toque comprometida e imprecisão de localização nos sistemas de navegação online projetados via Android Auto ou Apple CarPlay são os mais recorrentes.

Modelos com a versão mais antiga do sistema UConnect, como Fiat Argo, Cronos e Toro, além do próprio Compass e do Renegade, costumam apresentar todas essas falhas em frequência praticamente simultânea. Já a nova Fiat Strada, munida de uma nova geração da central, parece ter dirimido quase todas, com exceção ao persistente problema de localização do GPS.

O novo Compass ganhará um multimídia ainda mais moderno que o da Strada, com projeção de celulares Android e Apple sem fio, uma melhor resolução de tela e maior velocidade de funcionamento. Tudo isso em uma telona de 10,25 polegadas ao estilo flutuante, destacada do painel. A ver se desta vez todos os fantasmas desaparecem.

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Fim das falhas no sistema elétricos e start-stop

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Painel do novo Compass mostra como mudanças internas serão mais profundas

Outros defeitos dos quais donos de Fiat e Jeep costumam reclamar corriqueiramente estão relacionados à parte elétrica e ao sistema start-stop dos veículos. Isso inclui o atual Compass. 

No caso do conjunto elétrico, não é incomum ver relatos de falhas em chicotes ligados a travas das portas, central multimídia, ar-condicionado, vidros etc, e que acabam gerando uma pane generalizada de todo o sistema elétrico. Como consequência, luzes internas e externas podem deixar de funcionar, o alarme pode fica maluco e o veículo pode até parar de dar partida.

Em relação ao start-stop, o sistema é igualmente temperamental e funciona quando quer, assim como o do Fiat Argo. Em casos mais graves, o erro leva o veículo a entrar em modo de proteção da bateria ou a desligar sozinho em movimento. Esperamos muito que tais problemas sejam extinguidos pela fabricante na reestilização.

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Ar-condicionado mais simples e menos problemático

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Comandos de ar-condicionado do novo Compass

Leva um certo tempo até entender a miscelânea de botões, seletores e ilustrações do ar-condicionado do Compass. Com a reestilização apresentada na China, já sabemos que os comandos do sistema serão todos trocados e tendem a ficar mais organizados no console.

Mas o que queríamos que acabasse mesmo são as reclamações de falha no funcionamento do sistema, incluindo alguns casos mais crônicos de vazamento de água para dentro do painel e da cabine, gerando problemas como mofo, mau cheiro e... a já mencionada pane elétrica.

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