Nova VW Amarok baseada em picape chinesa chega em 2027 importada da Argentina

Nova geração da picape será projeto exclusivo para a América do Sul e poderá ter motorização híbrida
GS
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03.04.2025 às 17:49 • Atualizado em 25.04.2025
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Nova geração da picape será projeto exclusivo para a América do Sul e poderá ter motorização híbrida

A Volkswagen anunciou nesta quinta-feira (3) um investimento de US$ 580 milhões (cerca de R$ 3,2 bilhões na cotação atual) no Centro Industrial de Pacheco, na Argentina, onde será produzida a nova geração da picape Amarok, desenvolvida em parceria com a fabricante chinesa SAIC exclusivamente para a América do Sul. A novidade deverá estrear em 2027.

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A nova Volkswagen Amarok foi anunciada apenas sete meses depois do lançamento da reestilização da primeira geração, que vem obtendo bons resultados nas vendas na Argentina, mas ainda não conseguiu aumentar a sua participação nos mercados para onde é exportada. No Brasil, a Volkswagen Amarok somou modestos 7.328 emplacamentos em 2024, superando somente a Fiat Titano (6.223 unidades) no segmento de picapes médias.

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O fraco desempenho da picape na região contraria a declaração do então CEO da Volkswagen para a América Latina, Pablo Di Si, que chegou a afirmar que a Amarok atual poderia seguir no mercado ‘por mais dez anos”. O executivo, aliás, foi o responsável pela decisão de reestilizar a picape ao invés de produzir no país vizinho a nova geração, baseada na Ford Ranger e fabricada na África do Sul.

"O crescimento regional e a localização são elementos chave do nosso plano global de futuro. Este investimento reforça nossa posição em uma região estrategicamente importante para a marca Volkswagen. A nova Amarok será desenvolvida, desenhada e produzida na América do Sul para a América do Sul. Isso significa que atenderá perfeitamente as necessidades específicas de nossos clientes neste mercado”, declarou o CEO da Volkswagen, Thomas Schäfer.

Batizada de Projeto Patagônia, a nova Volkswagen Amarok destinada à América do Sul terá a identidade visual chefiada pelo designer brasileiro José Carlos Pavone, autor de outros modelos da marca, como o Up!, Nivus e, mais recentemente, o SUV compacto Tera.

Recentemente, um dirigente do SMATA, o sindicato dos metalúrgicos da Argentina, confirmou à uma rádio local que esteve na sede da Volkswagen, na Alemanha, para conhecer o projeto da picape que substituirá a Amarok exclusivamente na América do Sul. De acordo com o sindicalista, a nova picape terá motorização híbrida.

A nova Amarok será baseada na picape chinesa Maxus T90, modelo da submarca de veículos comerciais da SAIC. O modelo tem porte parecido com o da Amarok, medindo 5,37 metros de comprimento, 1,90 m de largura, 1,81 m de altura e 3,15 m de entre-eixos.

A motorização da nova Amarok ainda não foi divulgada, mas a Maxus T90 é vendida na Argentina com um 2.0 turbodiesele quatro cilindros de 218 cv de potência e 50,9 kgfm de torque. O câmbio automático de oito marchas fornecido é o mesmo da Amarok (da alemã ZF), mas há também a opção de caixa manual de seis velocidades. A picape conta com tração 4x4 temporária com reduzida.

No país vizinho também é comercializada uma versão elétrica dotada de um motor de 174 cv e 31 kgfm, alimentado por baterias de 88,5 kWh, que fornecem autonomia de 330 km em ciclo combinado ou 471 km na cidade. A tração é apenas traseira.

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